segunda-feira, 31 de março de 2014

Esboços Profetas Maiores

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Isaías (Is)
Autor:
Isaias
Data: Entre 700 - 690 aC

Autor
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaias” significa “O SENHOR é salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quaro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em 2Rs e quatro vezes em 2Cr.
O Livro de Is é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos favorecem a autoria única: 1) palavras– chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro; 2) referências à paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Is pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.

Data
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e oca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 aC, o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.

Contexto Histórico
Isaias profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14). Embora estivesse para vir mais uma avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 aC), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças européia ainda não estavam preparada para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de sua fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 aC.

Cristo Revelado
Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “explicava-lhes o que dele se achava em todas a Escrituras” (Lc 24.27). Para fazer isso, ele deve ter extraído muita coisa do Livro de Is, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”
O Cap. 53 é o grande capítulo do AT que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõe de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente nove ou dez vezes por escritores do NT: 52.15 (Rm 15.21); 53.1 (Jo 12.38; Rm 10.16); 53.4 (Mt 8.17); 53.5 (Rm 4.25; 1Pe 2.24); 53.7-8 (At 8.32-33); 53.9 (1Pe 2.22); 53.10 (1Co 15.3-4); 53.12 (Lc 22.37). Também existem muitos cumprimentos de detalhes no cap. 53 em adição às citações diretas.

O Espírito Santo em Ação
O ES é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do ES pode ser descrita:

A unção do Espírito sobre o Messias pra fortalece-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (61.1-3; Lc 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos (59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (59.21). Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o ES (63.10; Ef 4.30)
A operação do ES na criação e na preservação da natureza (40.30; ver também 48.16)

O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do ES, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, pra fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.

Esboço de Isaías

I. Profecia de denúncia e convite ( parte I) 1.1-35.10

Mensagem de Julgamento e promessas 1.1-6.13
Mensagem concernentes ao Emanuel 7.1-12.6
Mensagem de Julgamento sobre as nações 13.1-24.23
Mensagem de Julgamento, louvor, promessa 25.1-27.13
Os infortúnios dos descrentes imorais em Israel 28.1– 33.24
Resumo 34.1-35.10

II. O procedimento de Deus com Ezequias 36.1-39.8

Deus liberta Judá 36.1-37.38
Deus cura Ezequias 38.1-22
Deus censura Ezequias 39.1-8

III. Profecia de consolo e paz (parte II) 40.1-66.24

A garantia de consolo e paz 40.1-48.22
O Servo do Senhor, o Autor do consolo e da paz 49.1-57.21
A realização do consolo e da paz 58.1-66.24

Fonte: Bíblia Plenitude
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Jeremias (Jr)
Autor: Jeremias
Data: Entre 626—586 aC

Autor
Jeremias, filhos de Hilquias, foi um profeta da cidade leveita de Anatote e talvez tenha sido descendente de Abiatar. O significado do seu nome é incerto, mas “O SENHOR exalta” e “O Senhor lança” são possibilidades. A vida pessoal desse profeta é mais conhecida do que a de qualquer outro profeta do AT porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos, preocupações e frustrações.
Jeremias recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos para ilustrar a sua mensagem: o julgamento era iminente, e a próxima geração seria exterminada. Seu companheiro e amigo chegado era o seu escriba Baruque. Jeremias tinha poucos amigos além dele. Ao que parece, são qualificados como amigos apenas Aicão, Gedalias, filho de Aicão e Ebede-Meleque. Isso de deve em parte por causa da mensagem de ruína proclamada por ele, uma mensagem contrária à esperança do povo e que incluía um sugestão de rendição aos babilônios. Apesar dessa mensagem de ruína, da sua severa repreensão aos líderes e do desprezo pela idolatria, o seu coração doía pelo povo, pois abia que a salvação de Israel não esta desassociada da fé em Deus e de um relacionamento de aliança correto, expresso pela obediência.

Data
Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaqui, Jeconias e Zedequias. O seu chamado é datado de 626 aC, e o seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 aC. O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a Jeremias e Naum, Habacuque e Obdias forma contemporâneos seus. Ezequiel foi um contemporâneo mais jovem, profeizando na Babilônia de 593 aC a 571 aC.

Contexto Histórico
Jeremias iniciou seu ministério no reinado de Josias, um rei bom que adiou temporariamente o juízo de Deus prometido por causa do governo terrível de Manassés. Os acontecimentos estavam mudando rapidamente o Oriente Próximo. Josias tinha iniciado uma reforma, a qual incluía a destruição dos lugares altos pagãos em Judá e Samaria. Entretanto, a reforma teve um efeito pouco duradouro sobre o povo. Assurbanipal, o último grande rei assírio, morreu em 627 aC. A Assíria estava enfraquecendo, e Josias expandindo o seu território para o norte. A Babilônia, sob o domínio de Nabopolasar, e o Egito, sob Neco, estavam tentando sustentar sua autoridade sobre Judá.
Em 609 aC, Josias foi morto em Megido ao tentar impedir o Faraó Neco de ir contra o que restava da Assíria. Três filhos de Josias (Joacaz, Jeoaquim e Zedequias) e um neto (Joaquim) sucederam-no no trono. Jeremias viu a insensatez da linha de ação política desses reis e alertou-os sobre os planos de Deus para Judá, mas nenhum deles deu atenção à advertência. Jeoaquim foi abertamente hostil a Jeremias e destruiu um rolo enviado a ele, cortando-o em algumas colunas e jogando-as no fogo. Zedequias foi um governante fraco e vacilante, buscando às vezes os conselhos de Jeremias, outras vezes permitindo que os inimigos de Jeremias o maltratassem e o aprisionassem.

Conteúdo
O livro consiste principalmente em uma breve introdução (1.1-3), uma coleção de oráculos contra Judá e Jerusalém, que Jeremias ditou ao seu escriba Baruque (1.4-20.18), oráculos contra nações estrangeiras (25.15-38; caps 46-51), acontecimentos sobre Jeremias escritos em terceira pessoa, provavelmente por Baruque (caps 26-45), e um apêndice histórico (cap 52), que é quase idêntico a 2Rs 24-25. As profecias do livro não estão em ordem cronológica.
Jeremias tinha um coração compassivo para com o seu povo e orou por ele mesmo quando o Senhor lhe disse que não fizesse isso. Ainda assim, condenou os governantes, os sacerdotes e os falsos profetas por levar o povo à perdição. Atacou também o povo por sua idolatria e proclamou um juízo severo a menos que o povo se arrependesse. Conhecendo as intenções de Deus, defendeu a rendição à Babilônia e escreveu aos que já estavam no exílio para que se estabelecessem e vivessem suas vidas normalmente. Foi estigmatizado por muitos como traidor por causa da sua pregação. Entretanto, Jeremias tinha em seu coração o melhor para o povo. Sabia que a nação seria destruída caso a aliança de Deus não fosse honrada. Mas Deus também se interessava pelos indivíduos e seu relacionamento para com ele. Como Ezequiel, Jeremias enfatizou a responsabilidade individual.
Jeremias era apenas um jovem quando foi chamado para carregar uma severa mensagem de ruína ao seu povo. Tentou evitar essa tarefa, mas foi incapaz de permanecer calado. O povo tornara-se tão corrupto sob Manassés que Deus resolveu dar um fim à nação. Derrotado e levado ao exílio, o povo iria refletir sobre o que lhe acontecera e por quê. E depois do castigo e arrependimento apropriados, Deus traria uma remanescente de volta a Judá, puniria as nações que os havia punido e cumpriria a sua antiga aliança com Israel, Davi e os levitas. E ainda lhes daria uma nova aliança e escreveria a sua lei em seus corações. O trono de Davi seria novamente estabelecido, e sacerdotes fiéis serviriam ao povo.
Os oráculos contra as nações estrangeiras ilustram a soberania de Deus sobre todo o mundo. Todas as nações pertencem a ele e todas devem a ele por sua conduta.

Cristo Revelado
Através de sua ação e atitude, Jeremias retrata um estilo de vida similar ao de Cristo e, por esta razão, pode ser considerado um tipo de Cristo no AT. Ele demonstrou grande compaixão pelo seu povo e chorou por ele. Sofreu muito nas mãos do povo, mas perdoou. Jeremias é uma das personalidades mais parecidas com Cristo no AT.
Diversas passagens de Jeremias são aludidas por Jesus em seu ensino: “é, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, um caverna de salteadores aos vossos olhos?” (7.11; Mt 21.13); “que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvido e não ouvis” (5.21; Mc 8.18); “achareis descanso para a vossa alma”(6.16; Mt 11.19); “ovelhas perdidas forma o meu povo” (50.6; Mt 10.6).

O Espírito Santo em Ação
Um símbolo do ES é o fogo. Deus assegurou a jeremias: “converterei as minhas palavras na tua boca em fogo” (5.14). Em certo momento, Jeremias quis parar de mencionar a Deus, mas “isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (20.9). Hoje, chamaríamos a isso a obra do ES em Jeremias.
Além do trabalho normal de inspirar o profeta e revelar-lhe a mensagem de Deus, também é o ES quem cumpre a promessa do novo concerto que irá colocar a lei de Deus na mente de seu povo e escrevê-la no seu coração.

Esboço de Jeremias

I. O chamado de Jeremias 1.1-9
II. Coleção de discursos 2.1-33.26

Primeiro oráculos 2.1-6.30
Sermão do templo e abusos no culto 7.1-8.3
Assuntos diversos 8.4-10.25
Eventos na vida de Jeremias 11.1-13.27
Seca e outras catástrofes 14.1-15.21
Advertência e promessas 16.1-17.18
A santificação do sábado 17.19-27
Lições do oleiro 18.1-20.18
Oráculos contra leis, profetas e povo 21.1-24.10
O exílio babilônico 25.1-29.32
O livro de consolação 30.1-35.19

III. Apêndice histórico 34.1-35.19

Advertência a Zedequias 34.1-7
Revogada a libertação de escravos 34.8-22
O exemplo dos recabitas 35.1-19

IV. Julgamentos e sofrimentos de Jeremias 36.1-45.5

Jeoaquim e os rolos 36.1-32
Cerco e queda de Jerusalém 37.1-40.6
Gedalias e o seu assassinato 40.7-41.18
A fuga para o Egito 42.1-43.7
Jeremias no Egito 43.8-44.30
Oráculos para Baruque 45.1-5

V. Oráculos contra nações estrangeiras 46.1-51.64

Contra o Egito 46.1-28
Contra os filisteus 47.1-7
Contra Moabe 48.1-47
Contra os amonitas 49.1-6
Contra Edom 49.7-22
Contra Damasco 49.23-27
Contra Quedar e Hazor 49.28-33
Contra Helão 49.34-39
Contra a Babilônia 50.1-3

VI. Apêndice histórico 52.1-34

O reinado de Zedequias 52.1-3
Cerco e queda de Jerusalém 52.4-27
Sumário de três deportações 52.28-30
Libertação de Joaquim 52.31-34

Fonte: Bíblia Plenitude
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Lamentações (Lm)
Autor:
Jeremias
Data: 587 aC

Autor
Como era o costumes, os judeus usavam a primeira palavra do livro como seu título, e isso originalmente ficou conhecido como “ekah, “como!” Essa palavra era comumente usada para significar “Ai!” compara com seu uso em 2.1; 4.1 Is 1.21. Alguns também de referiam ao livro como qinot ou “lamentações”, e é assim que chegamos ao títulos que usamos.
O autor não é mencionado, mas tradições que vêm de muito antes de Cristo sustentam que Jeremias o tenha escrito. Existe muitas semelhanças entre os textos de Lm e Jeremias

Contexto Histórico
O povo de Judá foi capaz de pensar que eles eram a única raça escolhida por Deus. Como tal, eles sentiram que poderiam sempre experimentar boas coisas. Deus tinha feito um concerto de bênçãos com eles, mas isto tudo era condicional. Uma descarada desobediência poderia significar que os bons aspectos das bênçãos poderiam ser substituídos por um castigo. O cumprimento das promessas de bênção podiam sempre pular algumas gerações de israelitas que eram desobedientes.
Os Livros de 2Rs e 2Cr descrevem o declínio moral do Reino de Judá (apesar das advertências proféticas), que conduzia à derrota e ao cativeiro (ver 2.17). Quando o rei Zedequias se rebelou contra os babilônios, aos quais o povo de Judá ficou sujeito. Nabucodonosor atacou Jerusalém (2Rs 24.20). Enquanto ele estava sitiando a cidade, o povo que estava dentro da cidade estava faminto. Quanto eles romperam o muro, Zedequias e os soldados procuraram fugir (2Rs 25.4). Mas eles logo foram levados cativos. Nubuzaradã, capitão da guarda de Nabucodonosor, destruiu a mairo parte de Jerusalém, queimou o templo e levou a todos, exceto as pessoas mais pobres, para o exílio (2Rs 25.8-12)
Os poemas deste livro parecem ter sido compostos durante e após o tempo no qual tudo isso estava acontecendo. Esses poemas se tornam especialmente penetrantes quando contratam as antigas bênçãos e forças de Judá com o caos e o sofrimento que seus pecados haviam levado sobre si. O povo escolhido e protegido tinha perdido tudo e estava numa situação de desesperança. Tudo que tinha significado para esse povo havia sido destruído. Mas os poemas também descreve o ministério de Jeremias, mandado novamente como profeta para falar a respeito das circunstância modificadas do povo de Deus. Ele ajudou o povo a dar a expressão necessária para as suas aflições e também deu conforto para ele. Ele também os ajudou a pensar a respeito da mão de Deus sobre eles em forma de castigo e ajudou para se submetessem penitentemente ao julgamento que eles mereceram até que isso tivesse passado (3.28-33) Somente após uma completa humilhação é que o povo estaria em condições de pensar sobre uma restauração.

Temas
As lamentações caracterizam seis temas principais, todos relacionados com o conceito de sofrimento:

O sofrimento deles era o resultado dos seus pecados. Esse forte tema é visto em cada capítulo ( como em 1.5; 2.14; 3.42; 4.13; 5.16). No tempo em que foram escritos, isso era obviamente aceiro. Até mesmo os babilônios reconheceram o fato (Jr 40.3). Eles sabiam que o seu sofrimento não havia v indo sobre eles por acaso. Ele foi devido à ira de Deus provocada por seus pecados (2.1). Ele estava lidando com a situação espiritual deles, e eles tinham de sentir isso de modo pessoal.
O sofrimento deles era visto como se causado por Deus e não por seres humanos.
O sofrimento deles poderia conduzi-los a Deus. O profeta está constantemente consciente de Deus, dos seus propósitos e do relacionamento de Deus com seu povo. Aqui não há indicação de que o sofrimento seja resultado de um total abandono de Deus ou de uma erradicação dos seus princípios da mente deles.
Sofrimento, lágrimas e oração devem andar juntos. Eles foram encorajados a abrir seu coração a Deus, chorar diante dele e contar a ela todos dos detalhes de sua dor, mágoa e frustração. Cada capítulo, exceto o 4, termina com uma oração.
A oração deve ser sempre feita buscando algum fio de esperança. A oração nunca deve ser derrotada pela aflição. Após detalhadas descrições de sofrimento e aflição, nos primeiros dois capítulos e meio, uma nova compreensão parece surgir em 3.21-24. Aqui, fala acerca da esperança e, também, da misericórdia, compaixão e fidelidade de Deus. Isso era uma prova de que uma manifestação da disciplina de Deus não significava que o seu amor havia cessado. Quando a disciplina tivesse atingido seu propósito, as circunstâncias mudariam (3.31,32). Deus pode ter usado a Babilônia, mas isso não significava que os babilônios eram seus eleitos ou que ele era a favor de seus métodos cruéis (3.34-36). O futuro continha um vindicação de Israel sobre seus inimigos (3.26.32)
A responsabilidade deles era de submeter pacientemente aos seus sofrimentos. As sua aflições tinha de ser aceitas com paciência, com a consciência de que isto iria terminar quando a vontade de Deus tivesse sido cumprida (3.26-32).

O Espírito Santo em Ação
A aflição divina sobre os pecados de Israel (2.1-6) no lembra que o ES é, freqüentemente, entristecido pelo nosso comportamento (Is 63.10). O arrependimento é também uma manifestação da obra do ES entre o povo de Deus (3.40-42; Jo 16.7-11)

Esboço de Lamentações

I. O primeiro poema: a miséria, o pecado e a oração de Jerusalém 1.1-22

A derrota, humilhação, sofrimento e pecado de Jerusalém 1.1-11
Falando ao mundo descuidado sobre seu castigo 1.12-19
Uma oração por ajuda em grande aflição 1.20-22

II. O segundo poema: a destruição mandada por Deus e a reação do profeta 2.1-22

Como o próprio Deus destruiu Israel 2.1-10
O sofrimento do profeta, desesperança e exortação à oração 2.11-19
A oração angustiada de Judá 2.20-22

III. O terceiro poema: a severidade e misericórdia de Deus; a submissão e a oração do povo 3.1-66

A severidade do castigo conduz a pensamentos de misericórdia 3.1-24
Submissão e humildade trazem misericórdia 3.35-39
O arrependimento deles chega tarde demais 3.40-47
O profeta e o povo confiam em Deus pra vindicação no fim 3.48-66

IV. O quarto poema: devastação, o resultado da desobediência 4.1-22

A devastação do povo e de seus líderes 4.1-11
A desobediência e seus resultados 4.12-20
Edom será castigado e Israel será ajudado 4.21.22

V. O quinto poema: uma oração registrando o sofrimento e apelos finais de Jerusalém 5.1-22

Uma lembrança de seu estado lamentável 5.1-10
Ninguém está isento do sofrimento 5.11-14
Todo o orgulho e a alegria se foram 5.15-18
O apelo final desesperado 5.19-22

Fonte: Bíblia Plenitude
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Ezequiel (Ez)
Autor:
Ezequiel
Data: Entre 593 - 573 aC

Autor
O autor, cujo nome significa “Deus fortalece”. É identificado como “Ezequeil, filho de Buzi, o sacerdote” (1.3). Embora essa identificação tenho sido questionada, parece não haver razão válida para se duvidar disso. Ele era, provavelmente, um membro da família sacerdotal dos zadoqueus, que se tornaram importantes durante as reformas de Josias (621 aC). Ele foi treinado para o sacerdócio durante o reinado de Joaquim, foi deportado para a Babilônia (1.1; 33.21; 40.1) em 597 aC e estabeleceu-se em Tel– Abibe, situada no canal do rio Quebar, perto de Nipur (1.1). Seu ministério coincidiu brevemente ao de Jeremias.

Data
O chamado de Ezequiel veio a ele em 593 aC, o quinto ano do reinado de Joaquim. A última data dada por oráculo (29.17) é, provavelmente, 571 aC, fazendo de seu ministério cerca de vinte anos de duração. A morte de sua esposa ocorreu ao mesmo tempo da destruição de Jerusalém, em 587 aC (24.1,15-17). Exilado por ocasião do segundo cerco de Jerusalém, por volta de sua iminente e completa destruição, incluído a partida da presença de Deus. Partes foram também, aparentemente escritas após a destruição de Jerusalém.

Conteúdo
A personalidade de Ezequiel reflete uma força mística. A proximidade de seu contato com o Espírito, suas visões e a freqüência com a qual a palavra do Senhor vinha até ele fornecem uma conexão entre os profetas extáticos mais antigos e os profetas e escritores clássicos. Suas experiências espirituais também anteciparam a atividade do ES no NT. A ele adequadamente pertence o título de “carismático”.
A mensagem de Ez foi endereçada ao resto dos pervertidos de Judá exilados na Babilônia. A responsabilidade moral do indivíduo é um tema de primeira importância em sua mensagem. A responsabilidade coletiva não mais resguarda o indivíduo. Cada um deve aceitar uma responsabilidade pessoal pela desgraça da nação. Cada um é responsável pelo seu pecado individual (18.24). Foi o peso do pecado acumulado de cada indivíduo que contribui para o rompimento do concerto de Deus com Israel, e cada qual leva uma porção da culpa pelo julgamento que resultou no exílio.
O livro está facilmente dividido em três seções: o julgamento de Judá (4-24), o julgamento das nações pagãs ( 25-32) e as futuras bênçãos pelo concerto de Deus com o povo (33-48).
Dois temas teológicos agem como um equilíbrio no pensamento do profeta. Na doutrina do homem em Ez, ele colocou a ênfase no dever pessoal (18.4: “a alma que pecar, essa morrerá”). Por outro lado, ele enfatizou a graça divina no renascimento da nação. O arrependimento do remanescente fiel entre os exilados resultaria na recriação de Israel a partir dos ossos secos (37.11-14). O divino Espírito os estimularia a uma nova vida. Por essa ênfase no ES na regeneração, Ez antecipava a doutrina do NT do ES, especialmente no Evangelho de João.

O Espírito Santo em Ação
Quer a revelação profética seja apresentada simbolicamente em visões, sinais, ações de parábolas ou em fala humana, Ez reivindica por eles o poder e a autoridade do ES. Além disso, há inúmeras referências ao Espírito de Deus no livro. Alguém pode quase que caracterizar o Livro de Ez como “os Atos do ES” no AT. Várias dessas referências merecem uma tenção em especial.
Em 11.5, o profeta afirma autobiograficamente que o Espírito do Senhor “caiu” sobre ele e lhe “disse”. O oráculo que segue é, desse modo, a Palavra de Deus nas palavras de Ezequiel, inspirado pelo ES. O mesmo (11.24) apresenta o Espírito como ativo em uma visão: “Depois, o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldéia, para os do cativeiro.”
Talvez a situação melhor conhecida da atividade do Espírito esteja no cap. 37, a visão do vale dos ossos secos: “Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em Espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos...”(v.1) A visão subseqüente relata o renascimento espiritual do restante do ovo que estava, até então, no exílio.
Um aspecto final da ação do Espírito na vida do profeta é achado em 36.26: “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo.” Não é somente um ato externo do Espírito o “cair sobre” alguém, mas também a profetizada experiência subjetiva da presença do Espírito dentro, tal como Ezequiel inigualavelmente experimentou quando o Espírito “entrou” nele (2.2). Ezequiel antecipou a experiência do concerto do “novo nascimento”, o qual seria dado pelo Espírito.

Esboço de Ezequiel

I. O início da visão e chamada de Ezequiel 1.1-3.21

Visões introdutórias 1.1-28
O encargo dos profetas 2.1-3.21

II. Profecias e visões sobre a destruição de Jerusalém 3.22-24.27

Oráculos de julgamento 3.22-7.27
Visões de idolatria no templo 8.1-11.25
O exílio e cativeiro de Judá 12.1-24.27

III. Oráculos da ruína contra nações estrangeiras 25.1-32.32

Contra Amom 25.1-7
Contra Moabe 25.8-11
Contra Edom 25.12-14
Contra a Filistia 25.15-17
Contra Tiro 26.1-28.19
Contra Sidom 28.20-26
Contra Egito 29.1-32.32

IV. Profecias de restauração 33.1-48.35

Ezequiel como vigia 33.1-33
Deus como Pastor 34.1-31
Julgamento contra Edom 35.1-15
Restauração de Israel 36.1-37.28
Julgamento contra Gogue 38.1-39.29
Restauração do templo 40.1-46.24
Restauração da terra 47.1-48.35

Fonte: Bíblia Plenitude
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Daniel (Dn)
Autor:
Daniel
Data: Final do séc. VI AC

Autor
Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 aC, para a Babilônia, onde viveu mais de sessentas anos. Possivelmente fosse de uma família de classe alta de Jerusalém. Isaias e Ezequias (Is 39.7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu como estagiário na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se conselheiro de reis estrangeiros.
A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mt 24.15.
O nome Daniel significa “Deus é meu juiz” Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram fortemente essa verdade na vida de Daniel.

Data
Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Rs 24.14). A data do cativeiro de Daniel costumeiramente aceita é de 605 aC. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida.

Contexto Histórico
Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 aC, os tesouros do palácio de Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.
Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo. Por causa de sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus forma selecionados para o programa de treinamento (1.4). Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).

Conteúdo
O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.
Daniel se compõe de três partes principais: Introdução à pessoa de Daniel (1), os testes decisivos do caráter de Daniel e o desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética (2-7) e a série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos futuros (8-12). Nesta parte final, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia. Muitos aspectos de profecias relacionadas com os tempos do fim dependem da compreensão deste livro. Os comentários de Jesus no Sermão do Monte das Oliveiras (Mt 24; 25) e muitas das revelações dadas ao apóstolo Paulo encontram harmonia e coesão em Dn (ver Rm 11; 2Ts 2). Da mesma forma, Daniel se torna um companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.
Embora a interpretação de Daniel, como também Apocalipse, seja feita de maneira bastante diversificada, para muitos o enfoque da dispensação tornou-se bastante aceito. Esse enfoque na interpretação encontra em Dn as chaves que ajudam a desvendar os mistérios de assuntos como o Anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições futuras e juízos. Esse enfoque também vê as profecias que ainda estão por se cumprir girando em torno de dois eixos principais: 1) o destino futuro da cidade de Jerusalém; 2) o destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais (9.24).
Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos, Babilônia e Medo– Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-4.37); Belsazar (5.1-31); Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).

Cristo Revelado
A primeira vez que se vê Cristo é na figura do “quarto” (homem) ao lado de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo (3.25). Os três permaneceram fiéis ao seu Deus; agora, Deus permanece fiel a eles no fogo do julgamento e livra-os, inclusive do “cheiro de fogo” (3.27).
Outra referência a Cristo se encontra na visão da noite de Daniel (7.13). Ele descreve “que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem”, referindo-se à segunda vinda de Cristo.
Outra visão de Cristo, se acha em 10.5-6, onde a descrição de Jesus é bastante idêntica à de João em Ap 1.13-16.

O Espírito Santo em Ação
O Espírito Santo nunca anuncia sua presença em Daniel, mas ele está nitidamente em ação. A habilidade de Daniel e dos outros hebreus de interpretarem sonhos se devia ao poder do ES. As profecias, tanto as que se aplicavam ao local quanto ao futuro, indicam discernimento sobrenatural dado a Daniel pelo ES.

Esboço de Daniel

Deus 1.1-21
I. As convicções religiosas de Deus 1.1-21

O exílio de Judá 1.1-2
A decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21

II. O primeiro sonho de Nabucodonosor 2.1-49

O sonho esquecido 2.1-28
A revelação e a interpretação de Daniel 2.29-45
Daniel é honrado através de promoção 2.46-49

III. A libertação da fornalha de fogo 3.1-30

Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7
A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18
Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25
O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30

IV. O segundo sonho de Nabucodonosor 4.1-37

O sonho de Nabucodonosor 4.1-37
A Interpretação da Daniel 4.19-27
O cumprimento do sonho 4.28-33
A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37

V. A festa blasfema de Belsazar 5.1-31

A escrita manual na parede 5.1-9
A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31

VI. Daniel na cova dos leões 6.1-28

Complô contra Daniel 6.1-9
Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17
Daniel é liberado 6.18-28

VII. A primeira visão de Daniel 7.1-28

O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14
A Interpretação de Daniel 7.15-28

VIII. A segunda visão de Daniel 8.1-27

O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14
A interpretação de Gabriel 8.15-27

IX. A profecia das setentas semana 9.1-17

A oração de Daniel 9.1-19
A Visão da Daniel 9.20-27

X. A visão final de Daniel 10.1-12.13

A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9
A visita de um anjo 10.10-21
Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45
O tempo da tribulação 12.1-13

Fonte: Bíblia Plenitude
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DEUS OS ABENÇOE…
PR. ALECS!!!

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