quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O AVIVAMENTO GERADO PELA PALAVRA

 

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. (Mt 24:35)

* Breve Relato do Avivamento na vida de Mario Roberto Lindstrom, Alidio Flora Agostinho e os demais...

* Muitas coisas, métodos, estratégias, formulas “magicas”, Festas, e tantas outras coisas, sem a ESSÊNCIA: “Palavra e Fé”, de nada adiantam. (Am 5:4, 21-27).

- Israel falhou, Judá falhou por diversas vezes... Festas vazias, Ofertas vazias. Perderam Jesus nas festas, agradando seus corações... (Lc 2:42-46)

* Em meio a tanta “SUPERFICIALIDADE” em Judá, a PALAVRA havia se perdido.

- Um homem se sentiu impactado pelo poder da PALAVRA. (2 Rs 22:1-10)

- A palavra aberta e lida provocou uma “REAÇÃO” em Josias (2 Rs 22:11)

- A palavra aberta hoje tem que causar reação em nossas vidas...

* A falta de atenção a PALAVRA causa IRA em nosso Deus. (2 Rs 22:12-13)

- Uma grande destruição estava projetada devido a “MUDANÇA DE FOCO” do povo Israelita.

* O Rei como líder Tomou medidas extremas e Nós como líderes precisamos fazer o mesmo: (2 Rs 23:1-3).

- Fidelidade a Palavra.

- Ensino da Palavra.

- Purificação (Fora toda espécie de Idolatria e costumes pagãos).

- Escolha de BONS Líderes e afastamento dos MAUS Líderes.

- Purificação do Templo.

* Após estas mudança pela PALAVRA, Josias fez uma "FESTA VERDADEIRA" e esta com a "ESSENCIA" (2 Rs 23:21-23)

O RECONHECIMENTO VEM DO ALTO E É CONFIRMADO PELA PALAVRA (2 Rs 23:25)

Os sucessores não fizeram o mesmo, mas uma coisa Josias levou com ele:

EU FIZ A MINHA PARTE!

Pr. Alecs – IEAB VILA EMA!!!
Palavra Ministrada no café de Pastores em Pq. Imigrantes. 29/10/2014

O MINISTÉRIO DE PROFETA

Texto Base:1Co 12:27-29; Ef 4:11-13

“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.

o ministerio de profeta (1)

INTRODUÇÃO

Na Aula 05, quando discorremos sobre os Dons de Elocução, fizemos comentários sobre o Dom Espiritual de Profecia (1Co 12:10). Nesta Aula, o foco é o Dom Ministerial de Profeta (Ef 4:11). De início, parece não haver diferença entre um e outro, mas há alguns aspectos a considerar. Uma pessoa pode ter o dom espiritual de profecia sem ter o dom ministerial de profeta. No Novo Testamento, o ministério de profeta foi instituído por Cristo (Ef 4:7,11), para a Igreja, com o propósito de ser o porta-voz de Deus, não mais para a revelação do plano de Deus ao homem, mas para trazer mensagens divinas ao Seu povo no sentido de encorajar o povo a se manter fiel à Palavra e para nos fazer lembrar as promessas contidas nas Escrituras. Neste Novo Pacto, a profecia precisa ser entendida dentro de um contexto específico. Ela não pode ser considerada superior à revelação escrita, ou seja, a própria Escritura Sagrada. Nenhuma palavra “profética” pode ter o objetivo de substituir ou revogar a Revelação Escrita, pois esta é a suprema profecia.

I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO

No Antigo Testamento, o ofício profético era uma das peculiaridades que Deus destinou ao Seu povo, Israel. Nenhuma outra nação teve este privilégio. Conforme Êxodo 19:5,6, Israel é considerado propriedade peculiar de Deus entre as nações da Terra. Assim, para que o povo não se corrompesse (cf. Pv 29:18), Deus sempre levantou no meio de Israel profetas, que eram seus porta-vozes, como havia sido prometido ainda no deserto através de Moisés (Dt 18:20,21), ele próprio um profeta de Deus (Dt 34:10).

1. Conceito. O vocábulo “profeta” é a transliteração do termo grego “prophétês”, que significa “aquele que prediz” ou “aquele que conta de antemão”, comum na descrição dos profetas do Antigo Testamento. O Senhor Deus fazia dele o Seu porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na Terra. “Quando Deus levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nação israelita, e até mesmo a povos ou nações estranhas (Jr 1:5). Ao longo de toda a história veterotestamentária o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome: Samuel, o último dos juízes e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm 3.19,20), Elias e Eliseu (1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25), a profetisa Hulda (2Rs 22.14-20) e muitos outros, como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel” (LBM).

O povo de Deus aprendeu ouvir e crer nos profetas. O conselho era: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (2Cr 20:20). Este era o grande segredo: crer em Deus e nos seus profetas. Estes se tornaram tão importantes entre os judeus, que eram consultados pelo povo e pela classe dominante. Deus os considerava tanto que disse que não faria coisas alguma sem antes revelar aos seus servos, os profetasCertamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”(Am 3:7).

2. O Oficio. O profeta era o "porta-voz" de Deus (Êx 4:10-16; 7:1); era alguém que falava em nome do Senhor: "Serás como a minha boca" (Jr 15:19). A sua missão principal era transmitir a mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança.

Através da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas. Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o Espírito lhes revelava. Expressões como “veio a mim a palavra do Senhor” e“assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a mensagem (Jr 1:4; Is 45:1). Nunca aparecia o “eu”: “eu profetizo”, não!.

Também, eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade, tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm 12:6). Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar (Oséias 12:10; Hb 1:1).

Tinham, ainda, como missão: lutar contra a idolatria, zelar pela pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus. Suas mensagens deveriam ser recebidas integralmente por toda a nação como Palavra de Deus (2Cr 20:20). Não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus (1Rs 18:18).

Com a divisão do reino de Israel em duas partes – Reino de Norte e reino Sul – a atuação dos profetas foi muito importante. Eles tentaram de todas as formas trazer novamente Israel à unidade, mas não conseguiram. Eles pagaram um alto preço pelo seu ofício: foram perseguidos com grande violência, pois suas profecias confrontavam diretamente a prepotência dos seus líderes, a dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (vide Jr 1:18,19; Is 58:1-12).

Também, os profetas do Antigo Testamento vaticinaram a vinda do Profeta por Excelência, Jesus Cristo, o Messias prometido. O apóstolo Pedro assim se expressou: “Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer”(At 3:18). A obra redentora de Cristo Jesus pode ser encontrada, tipológica e profeticamente, na Lei de Moisés e nos Profetas: "E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias"(Atos 3:24). No texto em apreço, o apóstolo Pedro apresenta o perfil de Cristo no Antigo Testamento, provando, assim, que os últimos episódios eram o cumprimento das Escrituras.

3. O profetismo. No ministério mosaico iniciou-se a atividade profética em Israel (Nm 11:25). Entretanto, o profetismo, como movimento, surgiu séculos depois, no período aproximado do século VIII a.C., de forma mais efusiva quando da divisão da monarquia de Israel. Nos períodos monárquicos dos reinos de Judá e de Israel(reino do Norte), observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (cf 1Rs18:18). O profeta Joel deu início esse movimento e João Batista não somente encerrou o profetismo em Israel, mas também foi o arauto de Cristo.

O objetivo precípuo desse movimento era “restaurar o monoteísmo, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, e proclamar o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo”. Nesse período, sobressai a característica do sofrimento e marginalização dos profetas; de homens dignos de reverência passaram a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis em virtude de sua mensagem denunciar os interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (ler Hb 11:36-38). Eles foram cruelmente surrados, presos e mortos.

Profetismo sem Bíblia. Hoje, escutamos frequentemente: “Eu profetizo!”; “Profetize pra seu irmão”. A Bíblia ensina que a profecia não depende do "eu" querer: “... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo”(2Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: “Assim veio a mim a palavra do Senhor...” (Jr 1:4); “Assim diz o Senhor...” (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); “Ouví a palavra do Senhor...” (Jr 2:4); “E veio a mim a palavra do Senhor”(Jr 2:1; 16:1); (...) “disse o Espírito Santo...” (At 13:2); “... Isto diz o Espírito Santo...” (At 21:11); “Mas o Espírito expressamente diz...” (1Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "eu", aparece a pessoa divina.

II. O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO

1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento. Em Efésios 4:11 e 1Coríntios 12:28, o termo “profeta” aparece em segunda posição nas duas listas, e na epístola aos Efésios o termo é identificado três vezes.

O Ministério de Profeta, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares da igreja do primeiro século (Ef 2:20). O profeta era porta-voz de Deus; recebia revelações diretamente do Senhor e as transmitia à igreja; aquilo que falava por meio do Espírito Santo era a Palavra de Deus. Portanto, os profetas são partes do fundamento da igreja, por meio dos quais a revelaçãosalvífica foi dada, conforme registrada na Bíblia Sagrada. Neste sentido, a profecia se findou com a formação do último livro do Novo Testamento, não havendo mais qualquer revelação salvífica que devamos esperar para o plano redentivo, pois este está concluído na revelação bíblica.

Hoje em dia não temos mais profeta no sentido técnico da palavra; seu ministério acabou quando a fundação da igreja foi concluída e o cânon do Novo Testamento se completou. Contudo, a função profética por meio da proclamação de Palavra para a edificação da igreja (cf. At 13:1,2) e evangelização dos incrédulos, continua presente nos dias de hoje. O Dom de Profeta, hoje, envolve a iluminação da Palavra divina, e não sua revelação.

2. O Oficio do profeta neotestamentário. Em lugar algum do Novo Testamento alguém é estabelecido como profeta ou ungido ou separado como tal. Parece que o ofício profético está mais ligado a uma comunidade local, a uma igreja local, como edificador, em diferença do profeta do Antigo Testamento, que era um andarilho, com visão e ministério além de sua comunidade local. Seu ofício principal consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja (At 3:12-26; 1Co 14:3). O profeta neotestamentário é mais um edificador da igreja local do que um ledor de futuro. Além do mais, o profeta neotestamentário:

a) É um instrutor do povo de Deus dentro da Palavra de Deus. Ele ensina os preceitos da nova aliança, e proclama, em nome de Deus, a maneira correta de proceder. Ele fala não apenas em nível individual, mas também em nível coletivo. Mostra os pecados de pessoas e de instituições. Denuncia o pecado individual e estrutural e aponta o caminho correto: arrependimento. A crise de alguns segmentos de nossas denominações e de outros órgãos evangélicos não deve ser camuflada nem varrida para baixo do tapete. Se há pecado, se há desvios de recursos, se há desonestidade, ou simplesmente incompetência, isso deve ser tratado como tal. O profeta não se conforma com o pecado estrutural, também. Os profetas do Antigo Testamento não denunciavam apenas os pecados de Assíria, Egito e Babilônia, mas também os do povo de Deus. Não só de pessoas, mas da instituição. Assim deve ser o “profeta” neotestamentário.

b) É um consolador. Ao mesmo tempo em que anuncia o juízo e chama ao arrependimento, traz a mensagem de Isaías 40.1: “Consolai, consolai o meu povo”. O “profeta” não é apenas anunciador de catástrofes, como alguns presumem, mas é o arauto de um novo tempo, é pregoeiro do amor e da misericórdia de Deus; mostra o que Ele pode fazer na vida das pessoas.

3. O objetivo do Dom Ministerial de Profeta. Conforme Efésios 4:16, o objetivo é o aperfeiçoamento da igreja, com vistas à sua maturidade espiritual, pois como um organismo vivo, a igreja, deve desenvolver-se para a edificação em amor (Ef 4:16). Se ao “profeta” não foi permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertências denunciando o pecado e a iniquidade (João 16:8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do Espírito Santo (2Tm 3:1-9; 2Pe 2:1-3,12-22). Desta feita, a igreja caminhará para decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalismo quanto ao ensino da Bíblia.

III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO

A Palavra de Deus adverte-nos de que haverá entre nós, na própria igreja, falsos profetas (2Pe 2:1-3; Leia também At 20:30; 1Tm 4:1; 1Jo 4:1). Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás. Sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt 7:15-23). Como identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?

1. Discernindo o caráter da pessoa. O caráter é o conjunto de qualidades boas ou más de um individuo, que determina a sua conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. Essas especificidades são responsáveis pela maneira como uma pessoa age, regulando suas escolhas e decisões (Pv 16:2,9; 20:6,11). Portanto, o caráter de uma pessoa não apenas define quem ela é, mas também descreve seu estado moral e a distingue das demais de seu grupo (Pv 11:17; 12:2;14:14:20:27); é o traço distintivo de uma pessoa; é a sua marca.

Não nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida. Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença do caráter cristão na sua vida. O apóstolo Paulo denomina o caráter do autêntico cristão de “Fruto do Espírito”(Gl 5:22).

2. Simplicidade x arrogância. Alguns pastores e pregadores gostam muito do termo “profeta” e gostam mais ainda de usá-lo para si, para terem o direito de falarem o que querem, arrogando-se a famosa “voz profética”. Via de regra, quando alguém alega ter “voz profética”, fico atemorizado, pois sei que vem impropérios contra as pessoas. É uma postura arrogante de quem emite conceitos sobre a vida alheia com muita facilidade, e não raro, descuidando da sua vida pessoal.

Concordo com o pr. Elinaldo Renovato quando diz que a simplicidade e o amor são duas características do verdadeiro profeta. Ainda que a Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a sua conduta simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor. Lembremo-nos de Jeremias (Jr 38:14-27); Oséias (Os 8:12) e do próprio Senhor Jesus (Mt 23:27). Já o falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios. Profetiza objetivando a autopromoção. Ele mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Hananias, o profeta mentirosa que enfrentou Jeremias (Jr 28:10-12).

3. Pelos frutos os conhecereis (Mt 7:15-20). É pelos frutos que conhecemos quem é crente e quem não o é. A árvore má não pode dar frutos bons. Disse Jesus: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.

Vivemos tempos difíceis, o povo de Deus está famélico da palavra profética autêntica. Entretanto, muitos falsos profetas têm se levantado nestes últimos dias enganando o povo com mensagens antibíblicas e plenamente nocivas ao crescimento espiritual da igreja do Senhor, e que tem enganado muitos crentes incautos e fiéis cristãos à apostasia, desviando-as do foco principal: a Salvação e a Prosperidade Espiritual. A igreja precisa aprender a julgar as profecias e discernir os espíritos. A profecia precisa ser confrontada com a Palavra de Deus, já que o nosso Deus nunca se contradiz e foi Ele, através do seu Espírito, quem a inspirou.

Paulo orienta os crentes a serem ouvintes criteriosos. Ele diz: “[...] e os outros julguem” (1Co 14:2). O que é julgar? Porventura, significa que você deve ir para a igreja com o pé atrás, com um espirito crítico? Não! Devemos fazer a seguinte avaliação:

a) A mensagem é de Deus? Você precisa questionar se a mensagem está sendo um instrumento para a glorificação de Deus ou para a exaltação do pregador. Se Deus não está sendo glorificado, então, essa profecia não é verdadeira. O apóstolo Pedro ordena: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém” (1Pe 4:10,11).

b) A mensagem está de acordo com as Escrituras? O apóstolo Pedro escreveu: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1Pe 4:11). Nós não podemos ser ouvintes sem discernimento espiritual. Paulo elogiou a igreja de Beréia, que examinava as Escrituras para ver se o que ele estava falando era de fato a verdade (At 17:11). Cabe aos membros da igreja ouvir o pregador com a Bíblia aberta, examinando as Escrituras para saber se de fato o pregador está ensinando de acordo com a Palavra de Deus.

c) A mensagem edifica a igreja? (1Co 14:3,4,5,12,17,26). A profecia tem como finalidade a edificação da igreja. O apóstolo Paulo é claro quanto a isso: “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando” (1Co 14:3). Quando alguém fala uma mensagem sobre sua vida dizendo que é profecia, mas o deixa cheio de condenação ou medo, esta mensagem não vem de Deus.

d) A profecia produz frutos e concorda com o Espírito Santo em conduta e caráter? Um homem que profetiza e não paga suas contas é um falso profeta. Um homem que profetiza e vive em imoralidade sexual ou irresponsabilidade financeira está em engano profundo e é um falso profeta. A profecia deve concordar com o fruto do Espírito, que em Gálatas afirma ser “amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Se a profecia não tem amor, alegria ou paz, ela não vem de Deus. Mt 7:15,16 afirma que os falsos profetas vêm como lobos em pele de cordeiro; parecem boas pessoas; até agem como cordeiros; mas, seus propósitos são devorar e enganar o corpo de Cristo.

Chequemos o caráter daqueles que estão em evidência e são capazes de influenciar a vida espiritual de um indivíduo ou de uma coletividade. Devemos aferir suas atitudes com base na Palavra de Deus. A primeira coisa que um falso profeta ou qualquer pessoa que está em engano nos dirá é: “não me julgue!”. Você não está julgando; está simplesmente checando seus frutos.

Estamos nos últimos dias da Igreja do Senhor nesta Terra; não devemos, pois, vacilarmos no final da nossa jornada de fé rumo à Terra Prometida (Fp 3:20).

CONCLUSÃO

O “profeta” neotestamentário não tem a missão de ungir governantes ou seu sucessor, mas tem a imperativa responsabilidade de transmitir a mensagem de Deus, nos momentos necessários, no tempo certo, para pessoas não cristãs ou para a comunidade cristã. Essa mensagem é de grande valia, para denunciar as ameaças ou existência de pecados que comprometem a integridade espiritual do Corpo de Cristo.

Fonte: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista.

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.

William Macdonald - Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão.

Dr. Caramuru Afonso Francisco - Os Dons do Espírito Santo. PortalEBD.

Pr. Elinaldo Renovato - Dons Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário). CPAD.

Efésios (Igreja, noiva gloriosa) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

Wayne Grudem - Teologia Sistemática. Vida Nova.

Carlos Alberto R. de Araújo – A Igreja dos Apóstolos. CPAD

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Esboço dos Evangelhos

Mateus (Mt)
Autor:
Mateus
Data: Cerca de 50—75 dC

Autor
Embora este evangelho não identifique seu autor, a antiga tradição da igreja o atribui a Mateus, o apóstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, além de seu nome e ocupação. A tradição diz que, nos quinze anos após ressurreição de Jesus, ele pregou na Palestina e depois conduziu campanhas missionárias em outras nações.

Data
Evidências externas, como citações na literatura cristã do Séc I, testemunham desde cedo a existência e o uso de Mt. Líderes da igreja do Séc. II e III geralmente concordavam que Mt foi o primeiro Evangelho a ser escrito, e várias declarações em sues escritos indicam uma data entre 60 e 65 dC.

Conteúdo
O objetivo de Mt é evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mt em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. Cada divisão termina com uma fórmula como: “Concluindo Jesus estes dircusos...” (7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1).
No prólogo (1.1-2.23), Mt mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância dele para os gentios.
A primeira parte (caps. 3-7) contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus.
A Segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instruções de Jesus a seus discípulos quando ele os enviou para a viagem missionária.
A Terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana necessária.
A Quarta parte ( 13.53-18.35) o principal discurso aborda a conduta dos crentes dentro da sociedade cristã (cap 18).
A quinta Parte (19.1-25.46) narra a viagem final de Jesus a Jerusalém e revela seu conflito climático com o judaísmo. Os caps. 24-25 contêm os ensinamentos de Jesus relacionados à últimas coisas. O restante do Livro (26.1-28.20) detalha acontecimentos e ensinamentos relacionados à crucificação, à ressurreição e à comissão do Senhor à Igreja. A não ser no início e no final do Evangelho, a disposição de Mt não é cronológica e não estritamente biográfica, mas foi planejada para mostrar que o Judaísmo encontra o cumprimento de suas esperanças em Jesus.

Cristo Revelado
Este Evangelho apresenta Jesus como o cumprimento de todas as expectativas e esperanças messiânicas. Mt estrutura cuidadosamente suas narrativas para revelar Jesus como cumpridor de profecias específicas. Portanto, ele impregna seu Evangelho tanto com citações quanto com alusões ao AT, introduzindo muitas delas com a fórmula “para que se cumprisse”.
No Evangelho. Jesus normalmente faz alusão a si mesmo como o Filho do Homem, uma referência velada ao seu caráter messiânico (Dn 7.13,14). O termo não somente permitiu a Jesus evitar mal-entendidos comuns originados de títulos messiânicos populares, como possibilitou-lhe interpretar tanto sua missão de redenção (como em 17.12,22; 20.28; 26.24) quanto seu retorno na glória (como em 13.41; 16.27; 19.28; 24.30,44; 26.64).
O uso do título “Filho de Deus” por Mt sublinha claramente a divindade de Jesus ( 1.23; 2.15; 3.17; 16.16). Como o Filho, Jesus tem um relacionamento direto e sem mediação com o Pai (11.27).
Mt apresenta Jesus como o Senhor e Mestre da igreja, a nova comunidade, que é chamada a viver nova ética do Reino dos céus. Jesus declara: “a igreja” como seu instrumento selecionado para cumprir os objetivos de Deus na Terra (16.18; 18.15-20). O Evangelho de Mt pode ter servido como manual de ensino para a igreja antiga, incluindo a surpreendente Grande Comissão (28.12-20), que é a garantia da presença viva de Jesus.

O Espírito Santo em Ação
A atividade do ES é evidente em cada fase e ministério de Jesus. Foi por meio do poder do Espírito que Jesus foi concebido no ventre de Maria (1.18-20).
Antes de Jesus começar seu ministério público, ele foi tomado pelo Espírito de Deus (3.16) e foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo como preparação adicional a seu papel messiânico (4.1). O poder do Espírito habilitou Jesus a curar (12.15-21 e a expulsar demônios (12.28).
Da mesma forma que João imergia seus seguidores na água, Jesus imergirá seus seguidores no ES (3.11). Em 7.21-23, encontramos uma advertência dirigida contra os falsos carismáticos, aqueles que na igreja, profetizam, expulsam demônios e fazem milagres, mas não fazem a vontade do Pai. Presumivelmente, o mesmo ES que inspira atividades carismáticas também deve permitir que as pessoas da igreja façam a vontade de Deus (7.21)
Jesus declarou que suas obras eram feitas sob o poder do ES, evidenciando que o Reino de Deus havia chegado e que o poder de satanás estava sendo derrotado. Portanto, atribuir o ES ao diabo era cometer um pecado imperdoável (12.28-32).
Em 12.28, o ES está ligado ao exorcismo de Jesus e à presente realidade do Reino de Deus, não apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discípulos) também praticavam exorcismo (12.27). Mas precisamente, o ES está executando um novo acontecimento com o Messias—”é chegado a vós o Reino de Deus” (v.28).
Finalmente, o ES é encontrado na Grande Comissão (28.16-20). Os discípulos são ordenados a ir e a fazer discípulos de todas as nações, “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do ES” (v.19). Isto é, eles deveriam batizá-los “no/com referência ao “ nome— ou autoridade– do Deus Triúno. Em sua obediência a esta missão, os discípulos de Jesus têm garantida sua constante presença com eles.

Esboço de Mateus

Prólogo: Genealogia e narrativa da infância 1.1-2.23

genealogia de Jesus 1.1-17
O nascimento 1.18-25
A adoração dos magos 2.1-12
Fuga para o Egito e matança nos inocentes, a volta para Israel 2.13-13

I. Parte um: Proclamação do Reino dos Céus 3.1-7.29

Narrativa: Início do Ministério de Jesus 3.1-7.29
Discurso: O Sermão da Montanha 5.1-7.29

II. Parte Dois: O ministério de Jesus na Galiléia 8.1-11.1

Narrativa: Histórias dos dez milagres 8.1-11.1
Discurso: Missão e martírio 9.35-11.1

III. Parte Três: Histórias e parábolas em meio a controvérsias 11.2-13.52

Narrativa: Controvérsia que se intensificam 11.2-12.50
Discurso: Parábolas do Reino 13.1-52

IV. Parte Quatro: Narrativa, controvérsia e discurso 13.53-17.27

Narrativa: Vários episódios precedentes à jornada final de Jesus em Jerusalém 13.53-17.27
Discurso: Ensino sobre a igreja 18.1-35

V. Parte Cinco: Jesus na Judéia e em Jerusalém 19.1-25.46

Narrativa: A jornada final de Jesus e a instauração do conflito 19.1-23.39
Discurso: Os ensinos escatológicos de Jesus 24.1-25.46

A narrativa da Paixão 26.1-27.66
A narrativa da ressurreição 28.1-20
Fonte: Bíblia Plenitude


Marcos (Mc)
Autor:
Marcos
Data: Cerca de 65—70 dC

Autor
Mesmo que o Evangelho de Mc seja anônimo, a antiga tradição é unânime em dizer que o autor foi João Marcos, seguidor próximo de Pedro ( 1Pe 5.13) e companheiro de Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária. O mais antigo testemunho da autoria de Mc tem origem em Papias, bispo da Igreja em Hierápolis (cerca de 135-140 dC), testemunho que é preservado na História Eclesiástica de Eusébio. Papias descreve marcos como “interprete de Pedro”. Embora a igreja antiga tenha tomado cuidado em manter a autoria apostólica direta dos Evangelhos, os pais da igreja atribuíram coerentemente este Evangelho a Marcos, que não era um apóstolo.

Data
Os fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Mc foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero por volta de 67 dC. O Evangelho em si, especialmente o cap. 13, indica ter sido escrito antes da destruição do Templo em 70 dC. A maior parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 dC.

Contexto Histórico
Em 64 dC, Nero acusou a comunidade cristã de colocar fogo na cidade de Roma, e por esse motivo instigou uma temerosa perseguição na qual Paulo e Pedro morreram. Em meio a uma igreja perseguida, vivendo constantemente sob ameaça de morte, o evangelista Marcos escreveu suas “boas novas”. Está claro que ele quer que seus leitores tomem a vida e exemplo de Jesus como modelo de coragem e força. O que era verdade para Jesus deveria ser para os apóstolos e discípulos de todas as idades. No centro do Evangelho há pronunciamentos explícito de “que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria” (8.31) Esse pronunciamento de sofrimento e morte é repetido (9.31; 10.32-34), mas torna-se uma norma para o comprometimento do discipulado: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me” (8.34). Marcos guia seus leitores à cruz de Jesus, onde eles podem descobrir o significado e esperança em seu sofrimento.

Conteúdo
Mc estrutura seu Evangelho em torno de vários movimentos geográficos de Jesus, que chega ao clímax com sua morte e ressurreição subseqüente. Após a introdução (1.1-13), Mc narra o ministério público de Jesus na Galiléia (1.14-9.50) e Judéia (caps 10-13), culminando na paixão e ressurreição (caps 14-16). O Evangelho pode ser visto como duas metades unidas pela confissão de Pedro de que Jesus era o Messias (8.17-30) e pelo primeiro anúncio de Jesus e sua crucificação (8.31).
Mc é o menor dos Evangelhos, e não contém nenhuma genealogia e explicação do nascimento e antigo ministério de Jesus na Judéia. É o evangelho da ação, movendo-se rapidamente de uma cena para outra. O Evangelho de João é um retrato estudado do Senhor, Mt e Lc apresentam o que poderia ser descrito como uma série de imagens coloridas, enquanto que Mc é como um filme da vida de Jesus. Ele destaca as atividades dos registros mediante o uso da palavra grega “euteos” que costuma ser traduzia por “imediatamente”. A palavra ocorre quarenta e duas vezes, mais do que em todo o resto do NT. O uso freqüente do imperfeito por Mc denotando ação contínua, também torna a narrativa rápida.
Mc também é o Evangelho da vivacidade. Frases gráficas e surpreendentes ocorrem com freqüência para permitir que o leitor reproduza mentalmente a cena descrita. Os olhares e gestos de Jesus recebem atenção fora do comum. Existem muitos latinismos no Evangelho (4.21; 12.14; 6.27; 15.39). Mc enfatiza pouco a lei e os costumes judaicos, e sempre os interpreta para o leitor quando os menciona. Essa característica tende a apoiar a tradição de que Mc escreveu para uma audiência romana e gentílica.
De muitas formas, ele enfatiza a Paixão de Jesus de modo que se torna a escala pela qual todo o ministério pode ser medido: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”(10.45). Todo o ministério de Jesus (milagres, comunhão com os pecadores, escolha de discípulos, ensinamentos sobre o reino de Deus, etc.) está inserido no contexto do amor oferecido pelo Filho de Deus, que tem seu clímax na cruz e ressurreição.

Cristo Revelado
Esse livro não é uma biografia, mas uma história concisa da redenção obtida mediante o trabalho expiatório de Cristo. Mc demonstra as reivindicações messiânicas de Jesus enfatizando sua autoridade com o Mestre (1.22) e sua autoridade sobre satanás e os espírito malignos (1.27; 3.19-30), o pecado (2.1-12), o sábado (2.27-28; 3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doença (5.21-34), a morte (5.35-43), as tradições legalistas (7.1-13,14-20), e o templo (11.15-18).
Título de abertura do trabalho de Mc, “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1), fornece sua tese central em relação a identidade de Jesus como o filho de Deus. Tanto o batismo quanto a transfiguração testemunham sua qualidade de filho (1.11; 9.7). Em duas ocasiões, os espíritos imundos o reconhecem como Filho de Deus (3.11; 5.7). A parábola dos lavradores malvados (12.6) faz alusão à qualidade de filho divino de Jesus (12.6). Por fim, a narrativa da crucificação termina com a confissão do centurião: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” (15.39)
O titulo que Jesus usava com mais freqüência para si próprio, num total de catorze vezes em Marcos, é “Filho do Homem”. Como designação para o Messias, este termo (ver Dn 7.13) não era tão popular entre os Judeus como o título “Filho do Homem” para revelar e para esconder seu messianismo e relacionar-se tanto com Deus quanto com o homem.
Mc, atentando para o discipulado, sugere que os discípulos de Jesus deveriam ter um discernimento amplo ao mistério de sua identidade. Mesmo apesar de muitas pessoas interpretarem mal sua pessoa e missão, enquanto os demônios confessam sua qualidade de filho de Deus, os discípulos de Jesus precisam ver além de sua missão, aceitar sua cruz e segui-lo. A segunda vinda do Filho do Homem revelará totalmente seu poder e glória.

O Espírito Santo em Ação
Junto com os outros escritores do Evangelho, Mc recorda a profecia de João Batista de que Jesus “vos batizará com o ES” (1.8), Os crentes seriam totalmente imersos no Espírito, como os seguidores de João o eram nas águas.
O ES desceu sobre Jesus em seu batismo (1.10), habilitando-o para seu trabalho messiânico de cumprimento da profecia de Isaías (Is 42.1; 48.16; 61.1-2). A narrativa do ministério subseqüente de Cristo testemunha o fato de que seus milagres e ensinamentos resultaram da unção do ES.
Mc declara graficamente que “o Espírito o impeliu para o deserto” (1.12) para que fosse tentado, sugerindo a urgência por encontrar e vencer as tentações de satanás, que queria corrompê-lo antes que le embarcasse em uma missão de destruir o poder do inimigo nos outros.
O pecado contra o ES é colocado em contraste com “todos os pecados” (3.28), pois esses pecados e blasfêmias podem ser perdoados. O contexto define o significado dessa verdade assustadora. Os escribas blasfemaram contra o ES ao atribuírem a satanás a expulsão dos demônios. Que Jesus realizava pela ação do ES (3.22). Sua visão prejudicada tornou-os incapazes do verdadeiro discernimento. A explicação de Mc confirma o motivo de Jesus ter feito essa grave declaração (3.30).
Jesus também refere à inspiração do AT pelo ES (12.36). Um grande estímulo aos cristãos que enfrentam a hostilidade de autoridades injustas é a garantia do Senhor de que o ES falará através deles quando testemunharem de Cristo (13.11).
Além das referências explícitas ao ES, Mc emprega palavras associadas com o dom do Espírito, como poder, autoridade, profeta, cura, imposição de mãos, Messias e Reino.

Esboço de Marcos

Introdução 1.1-13

Declaração sumária 1.1
Cumprimento da profecia do AT 1.2-3
O ministério de João Batista 1.4-8
O batismo de Jesus 1.9-11
A tentação de Jesus 1.12-13

I. O Ministério de Jesus na Galiléia 1.14-9.50

Princípio: Sucesso e conflito iniciais 1.14-3.6
Etapas posteriores: Aumento de popularidade e oposição 3.7-6.13
Ministério fora da Galiléia 6.14-8.26
Ministério no caminho para a Judéia 8.26-9.50

II. O Ministério de Jesus na Judéia 10.1-16.20

Ministério na Transjordânia 10.1-52
Ministério em Jerusalém 11.1-13.37
A Paixão 14.1-15.47
A ressurreição 16.1-20

Fonte: Bíblia Plenitude

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