sexta-feira, 7 de abril de 2023

A Páscoa e o Cristão - O Verdadeiro Sentido da Páscoa.

Texto base: Êxodo 12:2-13


      Páscoa, na língua hebraica é pessach, que significa passagem ou passar por cima. E esta idéia esta implícita em versos que referendam a esta festa em Êx 12.11,23,27. A páscoa celebrava-se com a morte de um cordeiro no dia 14 de Abibe (cf. Êx13.4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico. Durante o exílio, este nome foi substituído pelo nome babilônico Nisã, que significa, começo, abertura. Em nosso calendário este mês corresponde a março- abril. Neste estudo, estudaremos acerca do significado da páscoa.


Significado da Páscoa


      O Homem moderno, em suas muitas ocupações, tem se esquecido do profundo significado da festa da Páscoa. Até porque, a versão secular desta data é apenas comercial e não religiosa. Exporemos aqui alguns significados que a páscoa tem dentro do contexto escriturístico.


      * Em primeiro lugar, a Páscoa significa libertação. A Páscoa surge como a festa que marcava o fim da opressão escravizadora de Faraó sobre o povo hebreu. A profecia a Abraão revelava que seus descendentes ficariam sob o domínio de uma terra estranha por 400 anos, mas que depois eles seriam libertados e sairiam com grande riqueza (cf. Gn 15: 13,14). E isto de fato ocorreu, mas não antes que esta festa fosse celebrada. E um pequeno detalhe, se esta festa era a festa da libertação, porque então ela foi celebrada antes da libertação propriamente dita?

      Porque Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a nossa obediência precedem a plena libertação, afinal, Israel não estava sendo libreto apenas de Faraó, mas também do Anjo Destruidor. E isto implica que a libertação espiritual sempre precede a física. Se o sangue do cordeiro não fosse derramado e aspergido sob os umbrais da casa, o povo de Israel teria sido destruído pelo Anjo. A libertação da páscoa reveste se, portanto, de um caráter introspectivo, por mostrar a necessidade pessoal de libertação por meio da substituição. E um caráter prospectivo, porque profetizava a libertação antes dela acontecer e prenunciava a obra de Cristo.

      Neste sentido, a Páscoa devia ser celebrado por nos com profunda reverência, afinal, Cristo foi a nossa Páscoa. Sua vida foi posta como cordeiro que sendo morto derramou seu sangue em favor de muitos. A nossa libertação espiritual plena foi conquistada por Cristo, a nossa Páscoa. João Batista o chamou de cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1.29). Paulo disse que ele é a nossa páscoa (1Co 5.7), e ele mesmo prometeu a libertação a todos quantos crerem nele (cf. Jo 8.32,36 e Mt 11.28).

      Aceitar o sacrifício de Jesus feito por nós como diz as Escrituras, é comer da páscoa, e estar no caminho da libertação espiritual. A Páscoa dos hebreus os libertou da escravidão, opressão, miséria e de seus pecados perante Deus. Esta libertação aponta para o começo de uma nova vida, liberta de todos os seus terrores e opressão.

 

      * Em segundo lugar, a Páscoa significa também salvação da família. "...Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro... para cada casa"(Êx 12:3). Observem que a promessa de Deus era que por meio do sacrifício de um cordeiro cada casa era salva do destruidor. Faraó havia dito ao povo hebreu que eles podiam ir, mas sem os seus filhos (cf. Êx 10:8-11) e nisto podemos entender a vontade do Diabo quanto as nossas famílias. Se você é um servo de Deus cuja vida Ele já libertou, Satanás irá tentar cativar seus filhos. E a Páscoa nos desperta para o fato de que a obra de Jesus foi suficiente para conceder libertação também a nossa família, lembre-se: ATRAVÉS DO ENSINAMENTO DIA APÓS DIA, “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas. (Dt 6:5-9)”. O Senhor nesta ocasião quer te despertar para o compromisso que você, pai e mãe, tem diante de Dele para com sua família de ENSINAR e MULTIPLICAR as VERDADES DE CRISTO.

      * E em último lugar, a Páscoa tem profundo significado para o cristão por representar a obra de Cristo para a nossa redenção. Eu já havia dito que a as festas eram "sombras das coisas futuras"( cf. Cl 2.17), ou seja, elas tipificavam aquilo que, como no caso da páscoa, um dia tornar-se-ia história na encarnação do Senhor. E a Páscoa era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no calvário. Observemos agora algumas similaridades do cordeiro da Páscoa e de Cristo a nossa Páscoa.


A pureza

 

O cordeiro pascoal era separado no décimo dia de Abibe (abril) e examinado minuciosamente antes do seu sacrifício no dia 14 de Abibe, pois o cordeiro tinha que ser "... imaculado".

      Quando Lucas registra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém poucos dias antes da crucificação, o faz exatamente na hora em que o povo estava trazendo os seus cordeiros pascoais para serem examinados pelos sacerdotes. Segundo Hebreus 7: 26 Jesus tinha que ser declarado "... Santo, irrepreensível, imaculado, e inviolado pelos pecadores".


O exame dos sacerdotes


      O cordeiro da Páscoa era submetido a um exame pelos sacerdotes que o julgavam, com base no exame de sua perfeição, apto para ser sacrificado. Quando lemos o relato de Mateus 22 do verso 15 ao 46, encontramos Jesus, o cordeiro de Deus, sendo examinado pelos herodianos, saduceus, escribas e fariseus e nenhum deles conseguiu achar nele nenhum defeito que o incriminasse e eles mesmo ficaram sem condições de responder-lhe nenhuma palavra ( cf. Mt 22:46).


Exame feito pelas autoridades civis


      Em Jo 18:12, 28, encontramos Jesus sendo preso e levado ao tribunal na casa de Caifás, e como era ocasião da páscoa, os judeus não podiam entrar no tribunal para não se contaminarem, pois se assim fizessem não poderiam comer da páscoa. Naquele momento também, os cordeiros pascoais estavam também sendo examinados.

      E Caifás queria evidências para o entregar a Pilatos, mas não as encontrou; por isso, ao invés de apresentar ofensa, disse apenas que se Ele não fosse ofensor não seria entregue (cf. Jo 18.29). Pilatos por sua vez, após ter examinado Jesus, "... não achou nele crime algum..." (cf. Jo 19.4). E com estas palavras, o veredicto legal e civil estava dado e três vezes Pilatos declarou que Jesus era inocente (cf. Jo 18: 28; 19: 4, 6).

      A lei dizia que o cordeiro teria que ser sem defeito algum, senão, ele não poderia ser sacrificado ao Senhor (cf. Dt 15:21). Jesus foi achado sem defeito diante de todos depois de profundo exame e só depois foi crucificado.

      Tendo em vista que o sacrifício do cordeiro pascoal era suficiente para justificar os hebreus diante do destruidor, o sacrifício de Cristo também foi suficiente para justificar o homem diante de Deus satisfazendo a justiça divina.


A aplicação da Páscoa

 

      A páscoa, como é comemorada pelo mundo, não nos traz qualquer beneficio, mas quando entendemos que nossa Páscoa é Cristo, então chega a hora de tiramos das reflexões e práticas correlatas, muitas importantes lições.

      Primeiramente aprendemos que se Cristo é a nossa páscoa, não faz sentido a comemorarmos com ovos e nem coelhinhos, tampouco com sacrifico de animais, mas através do sacramento ordenado por nosso Senhor Jesus Cristo, a ceia do Senhor.

      "E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus e, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus e, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós." (LC 22: 15- 20).

      Neste episódio, ocorrido pouco antes da prisão e morte de Jesus, Ele introduz naturalmente a Ceia como substituta da festa pascoal do Antigo Testamento. Se observarmos, esta evidente que o Senhor não terminou a refeição pascoal antes de instituir a Ceia, antes, a ceia esta intimamente ligada à refeição pascal. O pão que era comido com o cordeiro na páscoa foi consagrado para um novo uso pelo Senhor e o terceiro cálice, que era chamado de cálice da bênção, foi usado como segundo elemento na ceia. Desta forma percebemos que a Páscoa foi trocado por Jesus pela Ceia.

      Ademais, os sacrifícios pascoais tinham significado simbólico e apontavam para Cristo que haveria de ser apresentado em nosso lugar em sacrifício. Quando este estava a ponto de ser morto e cumprir as escrituras e tudo aquilo que estes sacrifícios pascoais prenunciavam há séculos, houve a necessidade de mudar o símbolo e o tipo. Afinal, haveríamos de continuar comendo cordeiros? Haveríamos de comer a carne de Cristo sendo Ele nosso cordeiro pascoal? É claro que não!

     

 

 

 

 

Mas como então comemorar este ato memorável feito por Cristo senão através da festa que ele instituiu, a CEIA DO SENHOR? (Algo externo: SIMBOLO, que expressa algo interno: FÉ, e uma ORDENANÇA de Cristo).


      Aprendemos ainda que na ocasião da páscoa e da ceia, deveríamos meditar na tão grande libertação que Cristo a nossa Páscoa nos proporcionou.

      Jamais deveremos esquecer o significado da páscoa e foi por isto que Jesus nos ensinou a Cear com a seguinte admoestação, "... fazei isto... em memória de mim...".

      A memória deste acontecimento nos permite gozar da certeza da libertação do pecado, da morte e da miséria na qual estávamos, e nos permite olhar para o futuro com esperança já que cada vez que ceamos anunciamos a morte do Senhor até que ele venha ( cf. 1 Co 11.26). A nossa celebração da ceia, tão como foi a primeira celebração da páscoa pelos Hebreus, prenuncia que Cristo vira nos livrar da opressão deste mundo. Estamos anunciando que ele vira nos libertar deste mundo de angústias e que enquanto ele não vem, estaremos protegidos do Anjo Destruidor por efeito do seu Sangue que esta aspergido sobre sua igreja.

IMPORTANTE: O CRISTÃO NÃO PODE DEIXAR DE CEAR, POIS, ESTARÁ FICANDO SUJEITO AO ATAQUE INIMIGO! “Jesus disse: Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. (Jo 6:53)”

 

     

Em cada ocasião como esta devíamos meditar no poder do Sangue de Jesus.


Aprendemos três coisas com relação ao sangue do cordeiro de Deus:


1. O sangue sempre será o instrumento de libertação espiritual e moral.

2. Pelo sangue somos protegidos do Destruidor.

3. O sangue de Jesus nos liberta e a guarda nossa família neste mundo, mediante nossos ensinamentos cotidianos transmitidos aos mesmos.

 

Eu não poderia terminar este artigo sem mencionar a questão do uso de símbolos como o ovo de páscoa e o coelhinho como representantes significativos da páscoa, por isto vejamos:


O ovo de Páscoa e o coelhinho


      Com o correr dos tempos muitas festas e tradições de diferentes povos acabaram se mesclando com a páscoa secular que atualmente conhecemos. Nas religiões orientais, na mitologia grega, nas tradições populares, o ovo sempre teve significado de principio de vida. O ovo aparentemente morto contém uma vida que surge repentinamente, acreditando-se por isto, que ele seja o símbolo da páscoa da ressurreição.

      Outro fato é que depois da quaresma e da semana santa, comer ovos era um método conveniente e nutritivo para a preparação da páscoa. Embora haja divergência sobre os ovos da páscoa vindo do antigo Egito, como por exemplo, para alguns os ovos enfeitados era uma tradição começou na Idade Média. Séculos antes, porém, os chineses já costumavam colorir ovos que eram distribuídos aos amigos na Festa da Primavera, como lembrança da continua renovação da vida.

      Para os historiadores, daí os missionários trouxeram o costume que acabou se transformando nos ovos confeitados. No século XVIII, a Igreja católica adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi aceito um costume originalmente pagão, e, pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes da distribuição entre os fiéis.

      As lendas e estórias sobre os coelhinhos apareceram muito mais tarde por volta 1215 na Aláscia, França. Uma mistura de mitologia pagã, onde coelhos eram símbolos de fecundidade e abundância, com a tradição católica. O próprio sentido dos ovos como símbolo de vida se perdeu na história, mas até hoje os ovos de chocolates são vendidos sob a propaganda de um coelhinho.

      Em nossos dias os ovos de chocolate e os coelhinhos de chocolate são os preferidos da meninada, porém é importante lembrarmos que estas coisas não possuem nenhuma relação com o sentido real da Páscoa. Também não são estes os elementos presentes na páscoa ou na ceia do Senhor, de forma que, se quisermos comprar ovos de chocolate, façamos isto como quem compra chocolate e não com reverência pascoal, por que a introdução, tanto do ovo como do coelho nesta data, e de origem paga e não cristã.

      Que nesta data, depois desta simples exposição que fizemos sobre a Páscoa, procure pensar no real significado desta festa para nós, aplicando as lições que este tema sugere na sua vida, para que você goze do privilégio da genuína libertação por meio de Cristo, nosso cordeiro pascoal.


Fonte: Missão Evangélica no Brasil

 

Pr. Alecs

Igreja Evangélica Avivamento Bíblico

quarta-feira, 7 de julho de 2021

DANIEL CAPÍTULOS 10 ao 12

Daniel 10 a 12 – Não há o que temer

Ao concluir a leitura do livro de Daniel temos um saldo de: três histórias de fidelidade ao Senhor, deixando claro que não existe um contexto perfeito e ideal para sermos fiéis a Deus. Uma oração que revela muito sobre um caráter íntegro e a importância de viver uma vida de dependência e oração. E por fim, quatro visões apocalípticas. Essa última visão é consideravelmente maior, durando três capítulos e mais detalhada que as outras e por isso requer uma atenção maior.

Acontecimentos

No capítulo 10, Daniel declara estar chorando há algumas semanas, ao dizer que está sem se ungir ele revela que recolheu-se para ter um tempo de oração e jejum. Tudo leva a crer que Daniel se encontra abatido por causa do povo de Deus. A essa altura alguns judeus já haviam voltado para Jerusalém, mas muitos acabaram gostando da Babilônia e escolheram ficar. Os que voltaram encontraram forte oposição e não estavam vivendo o proposito de Deus. No vigésimo quarto dia, um homem vestido de linho aparece enquanto Daniel estava a margem do rio Tigre com outros homens, que por não entenderem do que se tratava ficam com medo e fogem. Alguns estudiosos acreditam que esse homem seria Jesus Cristo, devido a semelhança com a descrição de Apocalipse 1.13-17. Outros defendem que não é possível aplicar isso a Cristo por conta do verso 13, em que esse mesmo homem diz: “mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Porém Miguel, um dos príncipes mais importantes, veio me ajudar”. Jesus é Deus onipotente, ou seja Todo Poderoso, sendo assim nenhuma criatura seria capaz de “resisti-lo” a ponto dEle ter que pedir reforços de um arcanjo. Ainda sobre esse verso, é bem possível que tenhamos aqui um relato de uma batalha no âmbito espiritual, Deus ouve Daniel no primeiro dia, mas o anjo só chega com a resposta no dia 24 por conta dessa resistência do “rei da Pérsia” que nesse caso seria uma figura maligna no campo espiritual.

Então vamos analisar o que se segue na perspectiva de que esse homem é um anjo que traz consigo glória e resplendor do próprio Deus. Daniel fica completamente sem forças ao se deparar com essa visão, ele cai com o rosto em terra em um profundo quebrantamento. Recebe um primeiro toque de conforto e consolo: “Não tenha medo”. Esse toque era para colocá-lo de pé. Ele não precisava temer porque ele era muito amado (v.11), suas orações haviam sido ouvidas desde o primeiro momento (v.12) e agora seriam respondidas (v. 14). Essa visão era algo tão sobrenatural que Daniel se cala e perde suas forças e assim, recebe mais dois toques, um para falar (v.16 e 17) e um para ser fortalecido (v.18 e 19).

O capítulo 11 é uma continuação do que o anjo veio revelar a Daniel. Deus está contando a história antes dela acontecer. Mais uma vez temos basicamente a mesma sequência de reinos dos capítulos 2, 7 e 8. Nos versos 1 e 2 vemos quatro reis persas: Cambises; Guamata; Dario; sendo o quarto rei Xerxes, que tentou conquistar a Grécia em 480 a.C. Nos versos 3 e 4 vemos a ascensão de Alexandre, o Grande. Do verso 5 ao verso 20, temos o Reino do Norte (representando a Síria) e o Reino do Sul (o Egito). Agora vamos identificar cada um por seu próprio nome. Primeiro o rei do Sul, Ptolomeu II, afim de formar uma aliança com o rei do Norte, Antíoco II (ainda não é protótipo do anticristo do cap. 8), oferece sua filha, Berenice, em casamento. O rei, deixa sua esposa para aceitar a oferta.

Porém quando o rei do Egito morre, Antíoco resolve voltar para sua ex-esposa, ela aceita, mas se vinga: assassinando Berenice e envenenando o seu Antíoco e o filho dele com Berenice (acontecimentos dos versos 5 e 6). O irmão de Berenice assume o reino e o Egito derrota a Síria para se vingar (v. 7-12). Passados alguns anos o Egito é derrotado pela Síria, surge um líder chamado Antíoco III Magno. Mais alguns anos se passam e surge um novo impasse entre os dois reinos e dessa vez, o rei da Síria é quem quer fazer uma aliança, oferecendo sua filha Cleópatra I em casamento a Ptolomeu V, a intenção dele era traição e não paz. Mas isso não acontece porque Cleópatra permanece fiel a seu marido e ao povo (v. 13-20). Referente aos versos 21 a 35, temos o sucessor de Antíoco III Magno, assumindo o governo e mandando um emissário à Jerusalém afim de roubar os tesouros do templo. Os historiadores afirmam que ele não segue as ordens do rei, e o rei é morto. E é nesse momento que aparece o irmão mais novo do rei, Antíoco Epifânio, já falamos sobre ele no capítulo 8, ele persegue o povo de Deus, mas acaba adoecendo e morrendo. Até aqui essa revelação ainda se cumpriria para a época de Daniel, contudo para nós já se cumpriu.

Os versos 35 a 45 já não se aplicam mais ao Antíoco, e sim a um rei satânico, o anticristo, esse assunto também já foi abordado anteriormente no capítulo 7. O verso 41 traz “Edom, Moabe e Amom” como representantes simbólicos dos inimigos do povo de Deus que irão se aliar ao anticristo. No verso 45 Daniel é informado que virá uma derrota sobre esse rei e não haverá ninguém para socorrê-lo. Fim do capítulo 11, mas não da revelação.

Por fim, o capítulo 12 traz sinais para nos nortear a respeito dos “últimos tempos” que será marcado por angustia e sofrimento nunca vistos antes (v.1). Quando chegar ao ápice do sofrimento e parecer que o mundo está vencendo a batalha, Deus virá e livrará a Igreja (paralelo à Apocalipse 14) e temos no verso 2 a descrição da ressurreição dos salvos para a vida eterna e dos perdidos para a condenação eterna. O verso 3 diz que sábios permanecerão firmes ensinando o povo mesmo em meio a perseguição.

“Quanto a você, Daniel, encerre as palavras e sele o livro, até o tempo do fim […] o saber se multiplicará” (v.4), era costume na Pérsia quando um livro terminava de ser escrito e concluído, ele era selado, era feito uma cópia e ela era colocada na biblioteca para uso público. Do verso 5 ao 13 temos uma dúvida: “quando se cumprirá estás maravilhas?”. A resposta: “Um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. E aqui eu vou usar as palavras do próprio Daniel para explicar: “eu ouvi, mas não entendi” (v.8). A melhor resposta que achei sobre o significado de “tempo” foi a de Calvino, um longo período. O verso 10 nos mostra que a perseguição não será capaz de destruir a Igreja de Cristo, ao contrário “os purificará”. A respeito dos versos 11 e 12, não é possível saber o que significam, e esse também não deve ser o nosso objetivo, apenas “siga o seu caminho até o fim. Você descansará e, ao fim dos dias, se levantará para receber sua herança” (v.13).

Aplicações

O livro de Daniel dá esperança para todas as futuras gerações do povo de Deus, a esse respeito o Pr Hernandes Dias Lopes declara que “o livro de Daniel está aberto como farol para a história da humanidade, tanto é que o Senho Jesus Cristo evoca a profecia de Daniel” (em Mateus 24). Apesar do livro não falar sobre as quedas e os pecados de Daniel, sabemos que ele era tão humano e falho quanto nós. Então, por que ele teve sonhos e visões? Mais uma vez vou usar as palavras do professor Paulo Paiva “porque a Bíblia não estava toda revelada, Daniel era um profeta de Deus”.

A profecia não tem como objetivo expor quando as coisas vão acontecer e seus mínimos detalhes. Seu propósito é revelar que, independente do que está por vir, Deus está no controle. Ele é o Senhor da história, e ela caminha para o seu fim. O tempo mais perverso, desumano e cruel está por vir, mas o povo de Deus não precisa temer Não há mais mistérios a ser revelado, existe a promessa e a certeza de um futuro. Um futuro em que Cristo condenará o anticristo, resgatará seu povo e trará seu Reino Eterno sobre todas as nações.

O ponto é: quando o dia chegar, e ele chegará, seremos achados entre o povo santo, prontos a reinar ao lado do nosso Senhor, ou seremos apóstatas perdidos à espera da condenação e da vergonha eterna?

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3.16-18 – grifo do autor).

Não há nada que possa ser feito depois da morte. O estudo de Daniel traz uma mensagem de esperança que deve motivar a fidelidade. Em Cristo há esperança, permaneça fiel!!!

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, darei o direito de sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com o meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.20-22)

 

FONTE: JG
Daniel 10 a 12 – Não há o que temer – A vida do siga-me

 

Com Amor
Pr. Alecs Ferreira!!!

domingo, 14 de junho de 2020

"OH DEUS! DÁ ME A ESCÓCIA, SENÃO EU MORRO". JOHN KNOX!

John Knox: Corajoso Defensor da Verdade

Não sabemos muita coisa sobre os primeiros anos da vida de John Knox, mas é bem provável que ele tenha nascido por volta do ano 1513, próximo de Edimburgo. Martin Lloyd Jones nos diz que Knox “foi criado numa família pobre, sem antecedentes aristocráticos e sem ninguém que o recomendasse.”[1] Mas, apesar disso, Knox estudou teologia e foi ordenado sacerdote aos vinte e cinco anos de idade. Com o tempo ele se tornou tutor dos filhos de alguns nobres que eram favoráveis ao protestantismo e também se aproximou de um ousado pregador do evangelho chamado George Wishart. Na verdade ele passou a ser guarda-costas desse intrépido pregador George Wishart.”[2]

Também, sabemos pouco sobre sua conversão, mas, ele possivelmente foi convertido ao ouvir as palavras de João 17.3, texto esse que ele guardou pro resto de sua vida e no qual ancorou os anelos de sua vida.

A Escócia dos dias de Knox era um mundo turbulento e corrupto, dominado por um clero avarento e por líderes civis inescrupulosos. A Igreja Católica havia corrompido especialmente a maneira de cultuar a Deus e sua forma de governar a igreja.

Naqueles dias as pessoas se curvavam diante de imagens e adoravam inúmeros objetos pagãos, repudiados pela palavra de Deus. Os mártires, os apóstolos e a virgem Maria ocupavam lugar especial na adoração e eram objetos de cultos. A igreja estava abarrotada de invenções humanas e aparatos papistas e precisava urgentemente de uma reforma.

Douglas Bond observa que Deus já vinha preparando o caminho para a reforma e isso desde os dias dos Lolardos, no fim do século XIV. Mais recentemente, Patrick Ha­milton, havia pregado de tal forma o evangelho na Escócia que chegou a ser preso e queimado na fogueira em 1528.[3]

Nesse ambiente de total apostasia, aprouve ao Senhor Deus reformar sua igreja por meio da fiel pregação da Palavra, e para isso Ele levantou esse corajoso e destemido pregador chamado John Knox.
O problema é que quando o evangelho começou a ser anunciado os líderes católicos começaram a ficar incomodados. O Cardeal David Beaton, que era um tirano inescrupuloso, decidiu varrer da Escócia todos os vestígios da Reforma. Em janeiro de 1544, por exemplo, ele ordenou que quatro homens fossem enforcados porque deixaram de observar a Quaresma e orar aos santos. Mandou também prender a esposa de um desses homens que estava grávida, pelo fato dela não invocar Maria e sim o nome de Jesus Cristo em suas dores de parto.

Por esse tempo, o pregador George Wishart ganhava espaço e a reforma avançava. Mas, não demorou para que Wishart fosse preso e condenado à morte na fogueira, a mandado do Cardeal David Beaton no ano de 1546. As notícias desse trágico episódio se espalharam pela Escócia e o povo criou profunda aversão ao Cardeal David Beaton e a todo o clero corrupto. A partir de agora todos os que defendiam a causa da reforma estavam marcados, e corriam sérios perigos. Mas, Knox não se importava mais com isso. Ele começou a abrir a boca e falar abertamente contra os erros da igreja e corrupção do clero e aos poucos as pessoas foram dando ouvidos às suas pregações.

Acontece que por conta da revolta contra a morte de George Wishart, diversos jovens invadiram o castelo de Saint Andrews e assassinaram o Cardeal David Beaton. Knox não participou desse ato, mas entendeu isso como sendo o justo juízo de Deus contra aquele perverso tirano. Mais tarde Knox se juntou aos jovens que agora ocupavam o castelo. Enquanto isso os exércitos de Mary Guise, a rainha regente se pre­paravam para invadir o castelo e prendê-los.

Os jovens do castelo pediram ajuda ao rei da Inglaterra, Henrique XVIII e estavam confiantes de que ele os livraria. Por outro lado, Mary Guise, a rainha regente, pedia apoio à corte francesa. O resultado é que a Inglaterra não enviou auxílio, enquanto que a França mandou um poderoso exército que bombardeou o castelo e os muros foram derribados, e em 31 de julho de 1547, Knox e seus companheiros se entregaram. Eles foram presos e condenados a viverem como escravos nas galés, acorren­tado a um remo de navio. Ali eles eram tratados com toda a indignidade e com uma intensa crueldade.[4] Nessa deplorável condição, Knox passou dezenove meses, o que deixou marcas terríveis na sua saúde para o resto da sua vida.

Em 1547 o Rei Henrique VIII morreu e foi sucedido por seu único filho, Eduardo VI. Eduardo era ainda um menino, e por isso ficou sob a tutela de vários homens piedosos. E foi nesse tempo, em fevereiro de 1549, que os conselheiros protestantes da corte de Edu­ardo conseguiram a libertação de Knox. Knox foi então para a Inglaterra e foi recebido com entusiasmo por líderes que buscavam uma reforma verdadeira.

Ele se tornou um dos capelães da Coorte e a partir de então passou a pregar todos os dias da semana. Muitas oportunidades lhes foram oferecidas as quais ele recusou, pois suspeitava dos bispos da Inglaterra. Em um determinado momento chegou mesmo a se desentender com o arcebispo Thomas Cranmer pelo fato de Cranmer dizer no Livro de Oração Comum que a postura correta para receber a ceia do Senhor era ajoelhado, enquanto Knox dizia que esse ato cheirava a paganismo medieval e era uma invenção humana.

Por esse tempo, Knox também foi enviado a servir como pregador em Berwick, na fronteira com a Escócia e foi nesse período que se firmou como grande pregador. O Rei Eduardo VI morreu em 1553 e foi sucedido pela sua meia irmã, Maria Tudor, a quem Knox chamava de a “Jezabel idólatra”. Essa mulher recebeu o merecido título de Maria a Sanguinária. Maria era filha de Ca­tarina de Aragão, ex-mulher de Henrique VIII, e queria reestabelecer o catolicismo na Inglaterra, por isso deu início à uma sangrenta perseguição contra os protestantes.

Knox e muitos outros tiveram que fugir e “acabaram indo para o continente europeu e começaram a estudar aos pés de João Calvino, em Genebra”.[5]  Em 24 de Setembro de 1554 Knox recebeu convite para pastorear uma igreja de língua inglesa em Frankfurt. Ele foi, porém teve sérios problemas por lá, porque a igreja seguia a forma anglicana de culto, a qual Knox considerava idólatra. Por conta disso ele foi expulso e teve que voltar para Genebra.

Como aluno de Calvino, John Knox aprendeu acerca da centralidade de Cristo na pregação, sobre a forma de governo bíblico e os princípios bíblicos da adoração cristã. Agora sim, ele estava pronto para a batalha pela fé reformada.

Knox amava a Escócia e sentia forte desejo de retornar. Por isso, em 1555, a pedido de alguns nobres escoceses, ele voltou, e aproveitou a oportunidade para casar com sua noiva Marjory Bowes. Knox começa a pregar abertamente a fé reformada, declarando publicamente guerra contra a idolatria católica.  Obviamente o clero e a rainha odiavam sua pregação, mas, os Escoceses viram em Knox o homem que o país precisava para reformar a Igreja.

Ele precisou voltar à Genebra onde permaneceu de 1556 a 1559, e foi nesse tempo (1558) que ele, aborrecido com o governo de Maria a Sanguinária, escreveu o livro “O Primeiro toque do clarim contra o mons­truoso governo de mulheres”. Sua intenção era denunciar os males da rainha Sanguinária, mas, o livro caiu nas mãos de Elizabeth I, que passou a ter certa aversão a Knox.

Dezembro de 1557 foi um período importante para a fé reformada, pois foi nesta época que os nobres escoceses protestantes fizeram um pacto de usar suas vidas e seus bens para estabelecer a Palavra de Deus na Escócia. E nessa conjuntura, Knox deveria voltar para implantar o calvinismo e fundar a igreja presbiteriana escocesa. E isso aconteceu em 1559. Ele retornou e começou a pregar o Verdadeiro Evangelho e logo as ameaças vieram. Mas, mesmo diante de ameaças, ele continuava bradando como um profeta de Deus. Como resultado, um poderoso avivamento sobreveio à Escócia em 1559.

Em 1560, os nobres e membros do Parlamen­to escocês abraçaram a bandeira de Knox e passaram a defender o evangelho reformado. Nesse tempo Knox e outros elaboraram a “Confissão Escocesa”, que depois de pronta foi aprovada pelo parlamento como o credo da Igreja Nacional, rejeitando assim a autoridade do papa e proibindo a missa. Knox também foi o principal autor do Livro de Disciplina, que traçava uma forma presbiteriana de governo para a Igreja, seguindo o mesmo plano da Igreja Protestante Francesa. Em decorrência dessas medidas, reuniu-se neste mesmo ano, 1560, a primeira Assembléia Geral da Igreja da Escócia. A nação, por todas as suas classes, deu boas-vindas à nova ordem, e a Reforma foi concluída e solidificada, embora não ainda com plena legalidade.

Em 1560 Marjory, a esposa de Knox, mor­reu e isso o machucou bastante, mas mesmo assim ele prosseguia, lançando os fundamentos da igreja. Nesse interim, Maria Stuart, retornou à Escócia para assumir seu posto de rainha e trazer de volta o país ao papado. Desde o princípio ela insistiu em celebrar a missa em sua capela privada e por isso Knox começou a bradar contra a idolatria desta nova Jezabel. Suas palavras eram duras e muitas vezes levaram a rainha às lágrimas, pois ela odiava a pregação de Knox. Diz-se que Maria o temia e “tinha mais medo das orações de Knox do que de muitos regimentos de soldados ingleses.”[6] Obviamente Knox fazia tudo isso movido por um santo desejo de estabelecer o reino de Deus no seu país.

Mas, em meio a uma vida de tantas lutas e perseguições, Knox sofreu um ataque de paralisia e teve que retirar-se da vida ativa. Quando ficou sabendo da matança de São Bartolomeu na França fez um esforço sobre-humano para regressar ao púlpito, de onde avisou a seus compatriotas que igual sorte lhes aguardava se fraquejassem na luta.

Knox foi fiel a Deus até o seu último sermão, pregado em 9 de novembro de 1572. Agora, ele já estava muito debilitado e sem poder andar e por isso, foi carregado até o seu púlpito.

Poucos dias depois, no seu leito de morte, no dia 24 de novembro de 1572, Knox pediu para sua esposa ler a ele João 17 e 1Coríntios 15. Pediu também para ela ler os sermões de Calvino na epístola aos Efé­sios.

Finalmente, chegou a hora de partir, e ele deu um profundo suspiro dizendo: “Agora chegou. Vem, Senhor Jesus, doce Jesus. Em tuas mãos entrego meu espíri­to”. E partiu para a eternidade para estar com o seu Senhor!

Conta-se que uma imensa multidão encheu as ruas de Edimburgo para prestar suas homenagens a Knox. O seu corpo foi deixado em repou­so no templo de Saint Giles. Conta-se que no seu funeral alguém se levantou e disse: “Aqui jaz alguém que em toda sua vida jamais temeu a face do ho­mem”.

Knox faleceu, mas seu legado permanece até hoje. E de sua obra podemos aprender várias coisas importante, das quais citarei algumas:

1 – Primeiro: Foi na Escócia de John Knox que surgiu o conceito de “presbiterianismo” que diz respeito à forma de governo da igreja. Obviamente, os reis ingleses e escoceses defendiam o episcopalismo e por isso não eram simpatizantes do presbiterianismo. E porquê? Porque no episcopalismo a igreja é governada por bispos, e eram os reis ingleses que nomeavam os bispos, e por isso amavam essa idéia, uma vez que a Igreja seria mais facilmente controlada pelo estado e serviria aos interesses da Coorte.
Porém, Knox insistiu que a forma de governo do Novo Testamento é Presbiteriana, o que significa que a igreja deve ser governada por oficiais eleitos pela comunidade, e não pelo Estado.

2 – Em segundo lugar, é digno de nota os esforços de Knox em relação à pureza do culto solene. Do púlpito e sem medo, Knox condenou abertamente as práticas idólatras da igreja, pois acreditava que Somente a Escritura deve ser o guia para o culto público. Sendo assim, todas as práticas que não são validadas pela Palavra de Deus, devem ser repudiadas e abolidas. Para ele “toda adoração, toda honra ou serviço inventada pela mente do homem na religião de Deus, sem Seu expresso mandamento, é idolatria. A Missa foi inventada pela mente do homem, sem qualquer mandamento de Deus; portanto, ela é idolatria”.
Foi somente assim que à partir de Knox, o culto na Escócia passou a ser uma atividade corporativa, onde as pessoas de fato estavam envolvidas. O latim foi substituído pelo inglês, e agora todos podiam entender o que estava acontecendo na celebração. A Bíblia foi traduzia e entregue nas mãos do povo, de modo que todas as igrejas tinham uma Bíblia em inglês. A mensagem da cruz passou a ser uma mensagem simples, sem a implementação de aparatos papista. Os Salmos passaram a ser cantados e a igreja se tornou totalmente comprometida com Palavra de Deus.

3 – Também, Knox nos ensina algo fundamental acerca da firmeza na defesa da verdade. Knox entendia que o que ensinava estava fandamentado na Palavra de Deus e por isso não temia a tirania dos homens. Como diz Lloyd Jones, “ele nunca teve medo de ficar sozinho e de aguentar tudo sozinho.”[7] Ele não hesitava em ir ao púlpito e pregar abertamente contra aquilo que não concordava com as Escrituras. Ele usou várias vezes sua pregação para refrear a cobiça dos lordes da Escócia. Knox nos dá um exemplo primoroso do que seja uma teologia engajada, que busca aplicar os preceitos bíblicos em todas as áreas da vida cristã privada e pública. Seu sermão tinha a capacidade de colocar o temor de Deus nas pessoas. Ele era corajoso na defesa da verdade.

4 – Por fim, aprendemos com Knox acerca do seu profundo amor pela igreja de seu país. Conta-se que Knox orava pela igreja escocesa dizendo: "Oh Deus! Dá-me a Escócia, senão eu morro". Por isso, ele buscou forças em Deus para reformar a igreja de seu país. Isso é uma boa lição para nós.
Sem dúvidas nenhuma, a igreja brasileira seria muito beneficiada se observasse a seriedade da pregação de Knox, em especial no que diz respeito à liturgia e a adoração pública.

Infelizmente, muitas invenções humanas invadiram o arraial de Cristo e o culto solene foi paganizado. Deus se transformou em um objeto de manipulação e satisfação do egoísmo humano. Mas, com Knox aprendemos que o homem por si mesmo não pode decidir como Deus deve ser adorado. Somente Deus pode determinar isto. E se isso é verdade, então, que as práticas pagãs dos neo-pentecostais sejam repudiadas urgentemente. Somente o que Deus ordenou em sua palavra deve ser levado a sério e defendido como parte integrante da adoração de Deus. É nisso que cremos, é nisso que permanecemos.

[1] LLOYD JONES, Os Puritanos, suas origens e seus sucessores, p 269.
[2] BOND, A Poderosa Fraqueza de Knox, p 22.
[3] BOND, A Poderosa Fraqueza de Knox, P. 22.
[4] LLOYD JONES, Os Puritanos, suas origens e seus sucessores, p 269.
[5] LLOYD JONES, Os Puritanos, suas origens e seus sucessores, p 269.
[6]  LLOYD JONES, Os Puritanos, suas origens e seus sucessores, p 274.
[7] LlOYD JONES, Os Puritanos, suas origens e seus sucessores, p 274.


Bibliografia: Escrito por Dorisvan Cunha - Blog IPBD Paraupebas.


Com Amor... Pr. Alecs Ferreira!!!

sábado, 4 de agosto de 2018

A ORAÇÃO DE JABEZ.

Observamos em meio a genealogias intermináveis que, sempre que havia uma NOTA HISTÓRICA, era Deus querendo transmitir algo através dos escritores, por isso era FRISADO. A oração de Jabez é encontrada em uma nota histórica dentro de uma genealogia. Colocarei o estudo, básico, abaixo para que aprendamos um pouco com Jabez.


“Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido (ICr 4.10)”.

É notável a honra que Deus coloca na oração, e inúmeros são os casos que são registrados da sua eficácia. Jabez é aqui mencionado em um longo catálogo de nomes, mas enquanto os nomes de outras pessoas são apenas registrados, ele é particularmente notado: ele mesmo declarou ter sido mais honrado do que todos os seus irmãos, possivelmente esta distinção pode ter-lhe sido dada por conta de sua primogenitura, mas era certamente ainda mais devido em razão da sua piedade; como o patriarca Jacó, ele “lutou com Deus, e prevaleceu.”

I. A oração que ele ofereceu,

1. O objeto da mesma – seu sentido primário, evidentemente relacionado com bênçãos temporais. Deus havia prometido ao seu povo uma herança em Canaã, mas eles não foram capazes de expulsar os seus habitantes. Jabez portanto, consciente de sua insuficiência, orou a Deus por ajuda. Ele pediu a bênção de Deus sobre seus próprios esforços: ele pretendia ser preservado de perigos aos quais as suas façanhas militares o exporiam, e ter, através da intervenção divina, uma ampla herança na terra prometida. Ele fez essas petições com um apelo significativo e sincero.
Quase todos os nomes hebraicos tinham algum significado peculiar. Jabez significa tristeza: o nome foi-lhe dado em memória de alguém, mas não há razão para se pensar que ele também tivesse um significado espiritual.
A Canaã terrestre era típica do reino celestial. Os inimigos também que deveriam ser expulsos, eram típicos dos inimigos com os quais o cristão tem que contender. Além disso, a assistência, que Deus prestou ao seu povo, tinha a intenção de nos mostrar que ajuda podemos esperar dele. E que mal irá desaprovar um filho de Deus tanto como o pecado? Certamente nada é tão “grave” para ele como a prevalência da corrupção. Bem, portanto, pode ser considerado como Jabez olhou para além deste mundo e como implorou uma segura posse da sua herança celestial.

2 . A maneira pela qual ela foi oferecida

É o sentimento, e não a expressão, que dá excelência à oração, mas em ambos os casos podemos observar isto diante de nós:
Era humilde. Ele sentiu toda a sua dependência do poder e da graça de Deus. Isto é íntimo e não apenas petições oferecidas, mas na forma mesma em que foram oferecidas: “Oh que,” etc. Essa humildade é absolutamente necessária para tornar a oração aceitável. Quanto mais nos humilharmos, mais Deus irá nos exaltar. Que isto seja lembrado em todos os nossos endereçamentos ao trono da graça.
Foi inoportuno. Ele fez seu pedido com um apelo muito sincero. Nem, em referência ao pecado, poderia haver qualquer acusação mais apropriada para ele. Mas também podemos depreciar corretamente o pecado como “grave” para nossas almas. Sim, uma disposição para fazer isto é ao mesmo tempo uma prova de nossa sinceridade, e uma promessa da divina aceitação.
Ele estava crendo. O título, pelo qual ele se dirigiu à Divindade, argumentou em favor da sua fé em Deus. Ele expressa uma confiança em Deus como o ouvinte da oração. É desta forma que também deveríamos nos aproximar da Divindade. Sem essa fé nossas petições terão pouco efeito, mas com isso, elas nunca serão em vão. A oração que possuía tais qualidades não poderia deixar de ter sucesso.

II. O sucesso com que foi atendido

Nós não temos nenhum relato detalhado da bondade de Deus para com ele, mas somos informados de que Deus concedeu dores incomuns à sua mãe durante o seu parto.
“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz – (I Crônicas 4.9)”.
E foi em referência a isso que ele menosprezou os males a que ela foi exposta, “Guarda-me,” para que eu não seja Jabez na minha experiência, bem como em meu nome. Isto nos mostra:

1 . Que devemos expor todos os nossos desejos diante de Deus em oração –
Temos visto quão abrangente foi a oração de Jabez. E a nossa também deve incluir todas as nossas necessidades, temporais, espirituais e eternas. Não há nada tão grande, que não tenhamos a liberdade de lhe pedir, nem qualquer coisa tão pequena, mas é preciso reconhecer toda a nossa dependência de Deus para isto. Na verdade, não há nada grande ou pequeno, seja diante de Deus, ou em referência a nós mesmos: pois, como todas as coisas são facilmente iguais para ele, que formou o universo por sua palavra, e conta os cabelos de nossas cabeças, então não há nada, embora mínimo, que não prove ser possivelmente de extrema importância para nós, como cada parte do volume inspirado atesta. A direção de Deus para nós é: “Em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, sejam conhecidas as vossas petições diante de Deus.”

2 . Devemos insistir em nossas petições com uma importunidade que não receberá nenhuma negação

Assim como Jacó: “Eu não te deixarei ir, se não me abençoares.” E assim deve ser conosco. Temos, em verdade, uma melhor súplica do que a que Jabez foi capaz de oferecer Podemos ir em nome de Jesus Cristo, e pleitear tudo o que ele fez ou sofreu por nós. Podemos olhar para ele como nosso Advogado com o Pai, que assegura tanto a aceitação de nossas pessoas quanto de nossas orações através de sua contínua mediação e intercessão sempre prevalecente.
A conduta do rei Joás deve ser um aviso para nós. O Profeta Eliseu lhe disse que ele deveria ferir os sírios que tinham muito oprimido todo o povo de Israel, e lhe pediu para ferir a terra com as flechas que estavam em sua mão, e, para expressar por este meio os desejos e as expectativas que ele sentia em referência a este grande evento. O rei feriu o solo apenas três vezes, quando ele deveria ter ferido cinco ou seis vezes, e assim por sua própria falta de zelo conteve os esforços do Deus Todo-Poderoso em seu favor. E é assim que agimos. Se fôssemos mais sérios em nossos desejos, e muito mais profundos em nossas expectativas de Deus, não haveria limites para a misericórdia que Deus iria exercer em relação a nós.
“Nós não estamos estreitados nele, mas em nossas próprias entranhas.”
Devemos sempre “abrir bem a nossa boca, para que ele a preencha.”
Podemos pedir o que quisermos e isto será feito por nós (João 14.13,14).

3. Devemos pedir com fé sem duvidar –

A mente duvidosa vai nos roubar de todas as bênçãos, e fazer nossas orações mais urgentes de nenhum efeito (Tg 1.6,7). Devemos “crer não somente que Deus é galardoador dos que diligentemente o buscam.” Sim, devemos “crer que o temos recebido, a fim de que possamos receber.” E “de acordo com a nossa fé isto deve ser feito para nós.” Na verdade, há uma espécie de onipotência da oração da fé, e, se assim posso dizer, o próprio Deus não pode, eu posso dizer com certeza, não vai rejeitá-la. Ele fala como ela tivesse um poder intrínseco operativo (Is 45.22). Naturalmente, esta ideia não deve ser incentivada muito longe, mas temos certeza de que, como Deus nunca o fez, então ele nunca vai, dizer a qualquer um dos filhos de Jacó, “Buscai o meu rosto em vão”.

Aplicação:

Existe então qualquer Jabez, qualquer filho da tristeza, aqui? Vá a Deus, o Deus de Israel, e diga: “Oh, que tu queiras me abençoar de fato! Deixe-me ser fortalecido por ti em todos os meus conflitos espirituais. Deixe meus inimigos, minhas corrupções residentes, serem mortas diante de mim. E deixe-me entrar na plena posse da Canaã celestial, onde descansarei de meus trabalhos, e serei feliz para sempre no seio do meu Deus.” Então, irmãos, façam todos os seus pedidos chegarem com aceitação diante de Deus, e retornarem em bênçãos sobre vocês em toda a extensão das suas necessidades.

Tradução e adaptação de um texto em domínio público, de Charles Simeon.

No inicio de minha conversão aprendi com a oração de Jabez, pratiquei, não repetindo, mas AGREGANDO as minhas orações, bem como o Pai Nosso, e hoje tenho percebido grandes resultados, EXPERIMENTE... Pr. Alecs!!!

Bibliografia: Site Gospel+ e Got Questions.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Fomos criados para a glória de Deus!

“Fizeste-nos para Ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousar em Ti.”

Agostinho, na sua mais conhecida obra, as Confissões, faz essa bela e verdadeira declaração de plena realização em Deus. Para nós cristãos, que fomos salvos e resgatados por Cristo da condenação eterna, não há nada que traga mais paz aos nossos corações do que buscar e confiar em Deus, não como um ser ausente, distante, mas, sim, presente, onde podemos repousar com segurança.
Saber que fomos feitos por Deus, não para nossa própria glória e satisfação, mas para Ele e Sua glória é motivo de muita alegria para Seus verdadeiros filhos. Ao contrário do que podem pensar aqueles que não O confessam como Senhor e Salvador de suas vidas que, por serem egoístas e antropocêntricos, vivem para eles mesmos, e querem que tudo orbite ao seu redor, glorificando-os; aqueles que foram comprados por um alto preço vivem com um propósito absolutamente diferente.
Há um propósito determinado por Deus para a humanidade. O homem tem um propósito singular nessa vida. E, ao contrário do que podem pensar alguns, toda a humanidade está incluída nessa missão, até mesmo o ímpio. Sendo assim, glorificar a Deus e gozá-Lo para sempre é seu fim supremo.
Essa resposta belíssima e bíblica encontramos na primeira pergunta do Catecismo Maior de Westminster, e a pergunta é esta: Qual o fim principal e supremo de homem? Resposta: o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Não há resposta mais bela e objetiva do que a citada acima, não é mesmo? Eu e você fomos feitos para Ele e nossa missão e glorificá-Lo e gozá-lo para sempre!
Baseando-nos nessa afirmação e nos textos que são utilizados como base, observaremos quão bíblico e profundamente prazeroso é para o homem viver para a glória do seu Criador.
É nosso dever glorificar a Deus porque tudo foi ou existe para Ele

Observe o seguinte texto:
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36)

Depois de ter contemplado o grandioso e maravilhoso plano de Deus na redenção do Seu povo, Paulo conclui esse capítulo com um louvor a Deus (vs. 33-36). No versículo 33, ele faz uma exclamação em louvor da sabedoria e conhecimento de Deus. Willian Hendriksen comentando esse verso diz que “Paulo está, provavelmente, refletindo em particular sobre as qualidades divinas como reveladas no plano de redenção e na maneira como esse plano é concretizado. Ele está certo do fato de que o caminho da salvação, decretado por Deus, e a maneira como esta salvação é efetuada nas vidas humanas, ultrapassam tudo o que os meros seres humanos poderiam jamais ter imaginado.”
Nos versos seguintes (vs.34-35), Hendriksen comenta que “o autor enaltece a autossuficiência de Deus ou independência divina. Quem pode se comparar com Deus? Quem, porventura, lhe comunicou alguma sabedoria ou conhecimento, ou ajudou de alguma forma a originar e/ou concretizar o plano de salvação? Com certeza, ninguém. Portanto, a glória pertence tão somente a ele.”
O versículo 36, a glória é dada somente a Deus, Àquele que criou tudo pela Sua vontade soberana, através de Sua ação soberana e, sobretudo, para Sua glória soberana! Calvino comentando este verso diz o seguinte:
“O apóstolo nos mostra quão longe estamos de ser capazes de vangloriar-nos, contra Deus, de algum bem que porventura seja propriamente nosso, visto que fomos criados por Deus, a partir do nada, e agora o nosso mesmo ser depende dele. Disto ele conclui ser justo que nosso ser seja orientado para sua glória. Quão absurdo seria que as criaturas, a quem ele formou e sustenta, possuíssem algum outro propósito que não fosse a manifestação da glória de seu Criador!”
A totalidade de nossas vidas precisam ser curvadas à glória de Deus. Não sendo dessa maneira, a glória de Deus é roubada. Por isso, devemos glorificar a Deus em tudo o que fazermos.

Observemos o que diz o apóstolo Paulo em sua carta à Igreja em Corinto:
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (I Co 10.31)

Depois de tratar nos versículos anteriores da liberdade cristã, do exemplo que os cristãos devem dar, não somente aos de fora da comunidade cristã, mas também aos cristãos, ele no versículo 31 nos ensina um princípio: o verdadeiro cristão não deve estar preocupado com o que é seu por direito – comer, beber ou qualquer outra coisa –, mas, sim, sobretudo, com a glória de Deus. A glória de Deus deve estar em primeiro lugar, e todas as demais coisas, ou melhor, todas as coisas, devem estar em subordinação à sua glória. Ele deve ser glorificado até nas pequenas coisas. Devemos nos submeter à vontade revelada de Deus.
Deus nos ensina como O glorificar e como se alegrar nEle

Agora voltaremos nossos olhos para o que o salmista diz:
“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraze na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.” (Sl 73.24-28)

O salmista nos ensina a observarmos as Escrituras, onde estão contidos os conselhos e decretos de Deus e a termos nossos olhos voltados para a glória eterna de Deus, pois dessa maneira O glorificamos. Deus quer que Seus filhos estejam sempre desejosos de não só o glorificarem através de seus atos e palavras, mas que também meditem, lembrem-se de Suas promessas e desejem, ardentemente, estar unidos com Ele na Sua glória vindoura, a glória eterna. Nada, absolutamente nada nesse mundo, poderia romper a segurança, paz e comunhão entre o salmista e Deus.
O nosso destino é gozar a Deus em glória

No Evangelho de João, encontramos uma belíssima declaração do nosso Senhor Jesus:
“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” (Jo 17.21-24)

Jesus pede nessa oração que os cristãos, como igreja, estejam unidos, não apenas numa unidade espiritual invisível, mas também numa unidade visível no mundo para que o mundo creia nEle. E nos é deixado um padrão de unidade que caracteriza o relacionamento do Pai com o Filho e entre o Filho e os cristãos. Cristo deseja que seus discípulos vejam sua glória. E mais: que também dela desfrute. Calvino mais uma vez nos será de grande auxílio:
“Cristo fala da felicidade perfeita dos crentes, como se quisesse dizer que seu desejo não será satisfeito até que tenham sido recebidos nos céus. De igual modo explico a contemplação da glória. Naquele tempo viram a glória de Cristo, assim como uma pessoa fechada no escuro obtém, através de pequenas frestas, uma luz tênue e sombria. Cristo então deseja que eles façam um progresso tal que cheguem a desfrutar do pleno esplendor do céu. Em suma, ele pede ao Pai que os conduza, por ininterrupto progresso, à plena visão de Sua glória.”
Jesus, em todos os seus atos e obra, é a encarnação e revelação da glória de Deus, e, como um Senhor misericordiosos, permite-nos que, juntamente com Ele, desfrutemos de tão grande bênção!

Johannes Gerhard Vos, comentando a afirmação feita no Catecismo Maior de Westmister, afirma:
“O componente mais importante do propósito da vida humana é glorificar a Deus, ao passo que gozar a Deus está estritamente subordinado a glorificar a Deus. Na nossa vida religiosa deveríamos colocar sempre a ênfase maior no glorificar a Deus. Quem assim o faz irá gozar a Deus em verdade, tanto aqui quanto no porvir. Mas quem pensa que pode gozar a Deus sem O glorificar corre o risco de supor que Deus existe para o homem, e não o homem para Deus. Enfatizar o gozar a Deus mais do que o glorificar a Deus resultará num tipo de religião falsamente mística ou emocional.”
Corremos o risco, diariamente, de vivermos para nossa própria glória. Se isso realmente acontecer com o povo de Deus, o sentido da vida já não estará mais diante dele. Teremos perdido tudo o que possuímos de mais valioso. A ideia de que devemos buscar, como nosso fim supremo a nossa felicidade é falsa, é estranha às Escrituras, pois todas as coisas foram feitas por Deus para Sua própria glória.
Se eu e você entendemos para que fomos criados para a glória de Deus, por que motivo vivemos como se esse propósito não existisse? Por que motivo vivemos uma vida desregrada, com propósitos materialistas, mundanos? Será que Deus se gradaria de seres que não O tem como principal em suas vidas? Será que essas pessoas podem ser tidas como filhos de Deus? A resposta é negativa. Seus filhos viverão para Sua glória, não para a glória deles mesmos. E nada farão por obrigação, como se estivessem sendo levados a fazer algo que não passa de um fardo. Antes, com todo amor e gratidão, Seus filhos não farão nada nesse mundo que não seja com o fim de glorificar a Deus!
A verdadeira felicidade está em Cristo. A verdadeira satisfação e gozo para o verdadeiro cristão não estará apenas em receber gratuitamente paz, alegria, abundância ou qualquer outro bem das mãos de Deus, mas, sobretudo, em glorificá-Lo. A glória de Deus deve ser a maior ambição do ser humano!

Soli Deo Gloria. Somente a Deus a glória!

Bibliografia:
Rafael Augusto
Site: https://www.jovemreformado.com.br/2016/12/28/fomos-criados-para-a-gloria-de-deus/#comment-25735

REFERÊNCIAS:
[1] – Santo Agostinho, in: “Confissões” (São Paulo: Paulus, 1997 – Coleção Patrística), p.19.
[2] – William Hendriksen, in: “Comentário do Novo Testamento – Romanos” (São Paulo: Cultura Cristã, 2011), p.496.
[3] – João Calvino, in: “Série Comentários Bíblicos – Romanos” (São Paulo: Editora Fiel, 2014), p.480.
[4] – João Calvino, in: “Série Comentários Bíblicos – Evangelho Segundo João” vol.2 (São Paulo: Editora Fiel, 2015), p.204.
[5] – Johannes Geerhardus Vos, in: “Catecismo Maior de Westminster Comentado” (Recife: Os Puritanos, 2015), p.32.

Com Amor... Pr. Alecs Ferreira!!!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

QUAL SERÁ O SEU FIM? (1Sm 31)


 “...Saul, então, pegou a própria espada e jogou-se sobre ela. (1Sm 31:4)”.

Uma grande batalha se inicia entre Israel e os Filisteus, TRÊS filhos de Saul foram mortos, Saul ficou cercado e foi ferido por um Flecheiro, para não ser morto pelo inimigo, em um ULTIMO MOMENTO, seu ORGULHO o fez se SUICIDAR. Por fim os inimigos cortaram sua cabeça e pegaram seu corpo e de seus filhos e os penduraram no muro de Bete-Seã. Alguns valentes de Jabes-Gileade retiraram os corpos e em seguida os queimaram e enterraram.

Todos têm o desejo de um futuro MELHOR, todos pensam e fazem planos para UM DIA poder dizer: CONQUISTEI! Com certeza Saul tinha o desejo de ser o MELHOR REI que já existiu. Porém amados A PERGUNTA É: Como você tem agido no HOJE? Afinal, para o amanhã CHEGAR precisamos passar pelo HOJE! As atitudes de Saul desde o principio vinham COOPERANDO para o seu SUICÍDIO, afinal ele com seu EGO foi primeiramente cometendo um SUICÍDIO ESPIRITUAL pouco a pouco. Suicídio Espiritual? Isso existe? Com certeza? E podemos, se não vigiarmos, estar POUCO A POUCO entrando por este caminho.


Na Net encontrei uma matéria, de um autor desconhecido, porém com um conteúdo verdadeiro, a qual após ler e aprovar postei também em meu BLOG e irei compartilhar PARTE contigo, Quando algumas atitudes deixam de ser praticadas, o caminho para o Suicídio Espiritual é fatal. Olhe 10 coisas que um SUICIDA ESPIRITUAL comete:

1 - PARA DE LER A BÍBLIA

A leitura diária ou regular (2 a 3 vezes por semana pelo menos), é essencial para o cristão. A Bíblia funciona como um manual de vida prática, que dever lida com atenção e colocada suas instruções nos seu dia a dia com Deus. Sem a leitura e a meditação da Bíblia, o cristão fica desorientado, sem direção fazendo besteiras aqui e ali, e acaba pagando por seus erros.

 2 - PARA DE ORAR

 A oração é uma arma poderosa contra as coisas invisíveis que nos cercam todo tempo. Orar significa conversar com Deus. Entendo que um cristão deve manter contato constante com Pai, mesmo ocupado em suas tarefas cotidianas. Para orar você não precisa se ajoelhar em plena Av. Paulista na hora de Pico, mas no seu íntimo em espírito, em pensamentos, com o coração aberto para ouvir a voz de Deus. Fale para Ele sobre suas aflições, peça perdão, peça ajuda de Deus quando se sentir tentado em fazer algo que certamente te excluirá da presença de Deus. Ele mais que ninguém sabe que você é um ser humano e sozinho você não é nada. Conte com Deus, permita que Ele participe da sua vida e te ajude a mudar o final da sua história, tenho certeza que você terá um final feliz, se colocar Deus no começo dela.

 3 - PARA DE ADORAR

Muitos entendem que adorar é apenas levantar as mãos para céu, dar uns glórias bem altos, pular, dançar, louvar na igreja, mas adoração ela é muito mais que isso, ela deve ser vista como estilo de vida. Adorar implica em como você se comporta quando ninguém te vê. Adorar é mais que palavras, Adorar é você viver de acordo com que a Bíblia ensina. O modo que você vive e se porta diz muito sobre o que você pensa, acredita. Adore no modo que você se veste, fala, como trata as pessoas, lembre-se que Jesus não era mau educado, Adore louvando, orando, lendo a bíblia. Deixar de adorar a Deus trará a você com certeza um gelo espiritual, porque a partir daí todas as coisas que não são de Deus, te seduzirá facilmente.

 4 - FICA LONGE DA IGREJA

Bom esse termo "Igreja" para mim soa um pouco estranho já que igreja somos nós, pra mim o correto seria: fique longe de Deus. Quando nos distanciamos de Deus, nos aproximamos de outras coisas certo? Congregar, ir a casa de Deus é muito importante para o cristão, porque é lá que você se fortalece, tem apoio espiritual, é um lugar onde você se doa por inteiro em adoração ao Pai, onde nada mais possa te distrair, lugar onde você deixa da porta para fora seus problemas, compromissos e tarefas. Na casa de Deus, encontramos refúgio, lugar onde Deus fala conosco através de uma palavra, um louvor, uma dança bem coreografada, numa oração. Caso se encontre desanimado em estar lá, saiba que Jesus está renovando suas forças nesta hora para que você faça uma visitinha a Ele na sua casa. Vá olhando para Jesus, e não perca o foco com pessoas problemas que não querem o Reino e impedem quem deseja estar lá um dia, lembre-se que Jesus disse em Mateus 13.30.

5 - FICA LONGE DOS IRMÃOS

Mesmo que você seja mais reservado, seja uma pessoa de poucas amizades como eu (risos), não abra mão de ter sinceras amizades com pessoas que tem compromisso com Deus, essas pessoas certamente serão instrumentos nas mãos de Deus para abençoar sua vida. Pessoas que servem a Deus de verdade tem muito a nos ensinar e nos abençoar.


 6 - DESONRA SEUS LÍDERES

Uma das coisas mais importantes na vida do ser humano é quando ele consegue ter bom senso e sabe respeitar hierarquias. Desonrar um Pastor, sendo grosseiro, não respeitando sua liderança implica muito para quem te observa, levando essas pessoas a pensarem como você pode ser leal e fiel ao seu Deus se ao menos você não consegue respeitar quem Deus colocar para te liderar?

É claro que existe muitos pastores picaretas por aí pregando mentiras e fazendo uma baita lavagem cerebral nos seus fiéis, afim de comercializar o nome de Deus e levar vantagens sobre isso. Se você não concorda com a maioria das regras e doutrinas de seu ministério aconselho você a sair e procurar outra denominação que se encaixa nos princípios de Deus e na Bíblia. Não é uma boa ideia entrar em conflito com esses lideres, descordar de algo que está sendo ensinado e que é anti-bíblico não significa que devemos arrumar confusão por causa disso, converse com seu pastor amorosamente e mostre onde ele está se equivocando, caso ele não aceite, entregue nas mãos de Deus e siga em frente. Não perca a postura e a razão nunca.


 7 - FAZ DA DIVERSÃO SUA PRIORIDADE

Se divertir ter momentos de lazer é uma delícia não é mesmo? e é até saudável e recomendável para que o ser humano possa se esvaziar do stress do dia a dia, relaxar seu corpo e estar pronto para a rotina novamente, mas fazer disso uma prioridade deixando de lado seus compromissos com Deus, isso te levará a ruína. Separe tempo para suas tarefas do lar ou fora dela, com a família, amigos, para você mesma, para diversão, mas priorize seu tempo com Deus.

 8 - FOGE DOS CONFRONTOS

Não enfrentar os problemas da vida é uma forma de se acovardar. Encare eles como um desafio. Busque a solução em Deus, mas jamais fuja porque isso vira uma bola de neve na qual você não poderá desfazer depois. Com certeza a PALAVRA DE DEUS também nos CONFRONTA e isto é para nosso CRESCIMENTO, NÃO FUJA DISTO.

9 - NEGA PERDÃO

Eu digo que perdoar é jogar fora o lixo que colocaram em você. Alguém te magoou, te feriu e pior não te pediu perdão? não fique abalado com isso as pessoas hoje em dia tem o coração duro, não foram ensinar a pedir só a receber, faça você a diferença, diga a ele ou demonstre que você o perdoou, jamais carregue dentro de si a mágoa, porque isso vai te trazer um resultado muito ruim. Jesus disse que devemos perdoar nossos irmãos não sete vezes mas setenta vezes sete, enfim perdoar sempre (Mateus 18.21:22). Deus te perdoa sempre que você erra, ele usa de misericórdia com você todos os dias. Se você praticar a misericórdia com próximo Deus usa com você também (Mateus 5.7). Perdoe, Ame, não deseje o mal, faça o bem sempre, ajude quem nunca vai te ajudar, dê aqueles que não tem como te retribuir, dá ao invés de emprestar, porque nessa terra somos todos pobres miseráveis que precisam um do outro e muito mais de Deus.

10 - FALA DOS OUTROS

Falar dos outros fará de você um fofoqueiro ou um Marqueteiro do boato (risos). Não importa o que fez fulano, sicrano, beltrano, cada um tem a sua vida e faz dela o que bem entende, e que no dia do Juízo Final dará conta para Deus e não para você. Se preocupe menos com a vida alheia e foca na sua. Não peca tempo com fofocas e conversas paralelas que não te levarão a lugar algum, não te trará benefícios e sim perca de tempo e gasto de energia a toa. Lembre-se do que Deus disse em Êxodo 20.16 "Não dirás FALSO TESTEMUNHO contra teu próximo". Ali Deus estava deixando bem claro que odeia mexerico, fofoca e mentiras.


Para Saul NÃO HÁ MAIS SOLUÇÃO. Eu pretendo ter um FUTURO PROMISSOR e você? Então bora fazer HOJE, pois o amanhã PERTENCE A DEUS... Pr. Alecs!!!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A FEITICEIRA DE EN-DOR

O caso de Saul e a feiticeira de En-Dor

INTRODUÇÃO:

O caso de Saul e a feiticeira de En-Dor, em 1 Samuel 28, tem gerado muita polêmica e muitas especulações. Como pesquisador do espiritismo no Brasil, já por vários anos, tenho sido questionado nos seminários que tenho ministrado acerca deste caso. Nossa posição é que não foi Samuel quem apareceu para Saul e, sim, houve ali uma manifestação de um outro espírito ou fraude. A seguir analisaremos o caso.


I – Antes do encontro

O motivo que levou esse rei a recorrer à “médium”, “mãe de santo”, “macumbeira”, pessoa que consultava os mortos para resolver o seu problema, é o mesmo motivo que leva hoje milhões de brasileiros a buscarem uma solução para os seus problemas no Espiritismo, apesar de Saul saber que Deus não admitia esse procedimento.

Foi o desespero a causa principal, pois os inimigos de Israel, os filisteus, estavam prestes a atacar os israelitas, e quando viu o acampamento dos seus inimigos, com seu aparato militar, “foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração” (versículo 5). Após ter-lhe sido recusada a resposta divina foi que ele então procurou a médium.

Saul estava desesperado, perturbado espiritualmente, porque Deus não lhe respondia de forma alguma, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Em outras palavras, O Senhor não lhe respondeu nem pessoalmente (por sonhos), nem por através dos sacerdotes (Urim) – os responsáveis pela intercessão do povo diante de Deus – e nem pelos profetas, os instrumentos de Deus para revelar sua vontade aos homens.

Antes da morte de Samuel, Saul havia desterrado os médiuns e os advinhos, porém quando Saul procurou a “médium”, Samuel já estava morto (1 Samuel 25.1). Deus o rejeitara, pois o Espírito de Deus havia se afastado dele conforme 1 Samuel 16.14.

II – O encontro com a feiticeira

O capítulo 28 trata da suposta sessão espírita, em que o rei estava desesperado, atormentado, com urgência, porque os filisteus estavam próximos e o rei Saul sabia que era pecado, desobediência a Deus, consultar pessoas envolvidas com feitiçaria, espiritismo e consulta aos mortos, (Êxodo 22:18, 1 Samuel 28:3). Foi como se Saul dissesse: “Se Deus não me responde, então o diabo vai me responder”. E ele fez isso. O texto de 1 Samuel 28:7-25, que narra detalhadamente a sessão espírita, foi escrita por uma testemunha ocular, alguém que viu o que se passou naquele “terreiro”, (versículos 7,8). Provavelmente, tenha sido um servo de Saul, que o levou lá e acreditava no poder da “mãe de santo” e sabia muito bem onde ela poderia ser encontrada. Portanto provavelmente os fatos da sessão espirita foram registrados por alguém que não era temente a Deus. Assim Saul apelou à médium de En-Dor como o último recurso de um desesperado, em flagrante violação de uma lei divina que ele mesmo anteriormente procurara cumprir.

A própria médium sentiu-se receosa quando descobriu a identidade de Saul, que se apresentara a ela disfarçado. Depois de o rei ter-lhe assegurado que nenhum mal lhe aconteceria, a mulher deu início à sessão, evocando a presença de Samuel a pedido de Saul. É necessário notar que o rei não viu o pretenso Samuel que se manifestou na ocasião (versículo13).


III – Descrevendo a sessão

Durante a sessão espírita, em momento algum, a Bíblia diz que o rei Saul viu com os seus próprios olhos, o “profeta Samuel”, como afirma a Bíblia: “Entendendo Saul que era Samuel…” Quando ele perguntou à mulher: “Que vês?”, ela respondeu: “Vejo um deus que sobe da terra” (versículo 13). Insatisfeito com a resposta, ele inquiriu novamente: “Como é a sua figura?”, ao que ela respondeu: “vem subindo um ancião, e está envolto numa capa”. A narrativa bíblica diz então que “entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou” (versículo 14) [Ênfase acrescentada] Saul deduziu que o vulto que subia da terra, ao qual ele não via, era o profeta Samuel.

Assim como acontece numa sessão espírita, o médium fala como se fosse a própria pessoa falecida, as pessoas não conseguem ver mas somente ouvir a voz do espírito que fala por intermédio do médium. No caso por exemplo de Chico Xavier, ninguém ouve nem vê, mas simplesmente recebe a mensagem psicografada, ou seja, escrita.


IV – Analisando as profecias de “Samuel”

A profecia do falso Samuel, isto é, o que iria acontecer na vida de Saul foi clara, como se vê no versículo 19: “O SENHOR entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus” Essa profecia não se cumpriu na íntegra, conforme passaremos a observar: Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus; ele se suicidou (1 Samuel 31:4) e seu corpo foi recolhido do campo de batalha pelos moradores de Jabes-Gileade (1 Samuel 31:11-13).

Também não morreram todos os filhos de Saul – este tinha seis filhos e três deles sobreviveram. Morreram na batalha Jônatas, Abinadabe e Malquisua (2 Samuel 31:8-10; 21:8). Esses fatos tornam essa profecia uma flagrante contradição com o testemunho divino a respeito de Samuel, pois está escrito que “o Senhor era com ele, e nenhuma das sua palavras deixou cair em terra” (1 Samuel 3:19).

É claro, portanto, que não foi Samuel quem se manifestou em En-Dor. Tudo não passou de uma fraude ou de artimanha de um espírito maligno.


V – Saul e Samuel no mesmo lugar?

O suposto Samuel disse a Saul, “… amanhã tu e teus fihos estareis comigo” (1 Samuel 28.19). Saul ao morrer, não foi para o mesmo lugar onde estava o verdadeiro Samuel, pois este se encontrava no paraíso no Sheol, conforme prometido por Deus em sua Palavra àqueles que o temem (conforme Lucas 16:19-31). Sobre o rei Saul, entretanto, foi pronunciado o juízo divino: na Bíblia encontra-se explicitada a causa de sua morte.

“Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante”. 1 Crônicas 10.13.VI


Conclusão

Admitir-se que o profeta Samuel apareceu naquela sessão espírita e conversou com o rei Saul é negar a moral de Deus. Se o Espírito do Senhor se afastara do rei Saul, se Deus não lhe respondera mais, ou seja, Deus não lhe respondia pelos meios legais, e se o profeta Samuel nunca mais o procurou até o dia em que faleceu, (1 Samuel 15:35), será que o nosso Deus permitiria que Samuel falasse com Saul numa sessão espirita proibida por Ele, e através de “mãe de santo”, uma “médium”?

A desobediência sempre traz o juízo divino. A consulta aos mortos é proibida por Deus (Dt. 18. 9-12) e qualquer tentativa de se estabelecer contato com eles é desobediência aos preceitos de Deus, e suas trágicas conseqüências não se farão esperar.

Isaías nos adverte: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os advinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva!” (Isaías 8:19,20)

Pr. Alecs!!!


Bibliografia: Série Apologética – Editora ICP - Revista Defesa da Fé

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