quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O ULTIMO SELO E QUATRO TROMBETAS! (Ap 8:1-13)

“Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta voz: AI, AI, AI DOS QUE HABITAM NA TERRA, por causa do toque das trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos! (Ap 8:13)”.

O sétimo selo foi aberto e com ele sete anjos com suas trombetas tocam dando inicio a uma sequência de acontecimentos, a cada trombeta tocada vemos o Juízo de Deus sendo executado. Sete anjos em pé diante do trono do Senhor recebem as trombetas. Trombetas tinham diversas funções no Antigo Testamento (Nm 10:1-10). Dois usos têm significado relevante aqui, Serviam para soar o alarme no caso de guerra, e para convocar a multidão ao santuário de Deus. As sete trombetas vão anunciar GUERRAS DIVINAS contra os ímpios. É algo TERRÍVEL, mas é REAL, quem não estivem junto de Deus neste momento sofrerá grandemente a IRA que será derramada.

Outro anjo tomou o incensário que levava as orações dos santos diante de Deus e em seguida encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra, o incensário servia para levar as petições dos santos ao Senhor. Agora, serve também para trazer uma resposta divina. Se os santos pedem justiça (6:10), é justiça que verão! O anjo enche o incensário do fogo do altar e o atira à terra. A purificação que segue no Apocalipse vem por meio do castigo dos ímpios. Fogo do céu tem duas funções na Bíblia: Consumir os sacrifícios oferecidos ao Senhor (1Cr 21:26; 2Cr 7:1), e Castigar os inimigos de Deus (2Rs 1:10,12; Lc 9:54). Podemos ver aqui os dois sentidos, pois a morte dos inimigos de Deus apazigua a ira divina. Os servos aguardam em silêncio, e Deus responde com trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Asafe escreveu: “Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar.... Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga. Escuta, povo meu, e eu falarei.... Eu sou Deus (Sl 50:3-7)”.

Precisamos assimilar Urgentemente que a VINDA DO SENHOR é real, como a ALVA SUA VINDA É CERTA. O que estamos fazendo? Como disse Tiago: “Saiba que aquele que FIZER CONVERTER DO ERRO do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados. (Tg 5:20)”, precisamos de mais atitude, infelizmente o que vemos hoje são pessoas OBSTINADAS POR BÊNÇÃOS e deixando de SANTIFICAR e BUSCAR AS VIDAS.


O Juízo de Deus é certo, é necessário Remir o tempo... Pr. Alecs!!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Apenas 144 mil irão para o céu? Apocalipse 7

No livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” pág.120 no tópico “Quem vai para o céu e por quê?” é explanada a doutrina Rutherfordiana dos 144 mil. É interessante que no início do tópico referido é citado que o céu é real e que “baseados em tais promessas, milhões de pessoas fixaram o coração na vida celestial” – &21. No livro das TJs são citados vários versículos que aludem ao céu; Fil 3.20, Rm 6.5, II Co 5.1-2, Jo 14.1-3, II Tm 2.12, Rev 5.9, Hb 12.22, mas eis que surge a pergunta: “Quantos vão para o Céu?”, e em resposta a essa pergunta citam Apocalípse(Rev.) 7.4-8,14.1. Daí para frente começa a distorção da Palavra de Deus! Todos os versículos citados, em forma de promessas que nos garante o céu são interpretados (lê-se distorcidos) ao gosto jeovista. Sem nenhum embasamento teológico concreto e somente baseado em um único texto do livro de Apocalipse, as TJs erigiram uma doutrina vulgar, infundada e cheia de sofismas. Digo isso, pois para eles os que têm esperança celestial são somente os 144 mil (veja: Poderá Viver… pág.125) e isso é afirmado sem nenhuma razão bíblica concreta. Talvez seja por isso que atualmente, a organização é chamada de apenas “Torre de vigia” e seus templos de “salão do reino” e não “igreja”, pois eles não se consideram como “a Igreja”, se bem que alguns anos atrás ainda traziam este nome. Chegam ao absurdo de dizerem que: “Jó, Davi e João, o batizador… constituirão a nova terra…” (Idém – pág.126 &31 Ou seja, não irão para o céu, ou melhor não foram. Para as TJs, nem um dos santos do V.T. poderam chegar ao céu, porque segundo elas, não fazem parte dos 144 mil. Outro erro grotesco cometido pelas TJs, é concluirem que somente os 144 mil são a Igreja. O que a Bíblia diz e o que eles são na verdade, é um remanescente convertido do povo judeu que pregarão na grande tribulação após o arrebatamento da Igreja: “E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben… da tribo de Gade… da tribo de Aser… da tribo de Naftali… da tribo de Manassés… da tribo de Simeão… da tribo de Levi… da tribo de Issacar… da tribo de Zabulom… da tribo de José… da tribo de Benjamim, doze mil assinalados (de cada tribo)” ( Ap 7.4-8 – o grifo é meu)

A BÍBLIA ENSINA QUE VAMOS PARA O CÉU?
A Palavra de Deus elucida a questão quanto a nossa ida para o céu, pois logo após o Livro de Apocalipse falar dos 144 mil judeus convertidos, é mostrado as demais nações, povos, línguas e tribos, juntos ao Cordeiro: “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos” (Ap.7.9).

MAIS VERSÍCULOS QUE FALAM SOBRE O CÉU
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.6).
“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.10).
“Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós”(Mt 5.12).
“ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”(Jo 14.1-3)
“Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20).
(“O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu” I Co 15.47).
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é do céu,” (II Co 5.1-2).
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu” (II Co 12.2).
“Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fl 3.20).
“por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho” (Cl 1.5).
“à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”(Hb 12.23) ainda I Pedro 1.4

DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9) . Como poderíamos aceitar estes dois aprisco (terrestre e celestial) sem duvidar da imparciabilidade de Deus? Se Ele escolhesse levar um grupo de filhos para o céu e deixasse a maioria em um plano inferior na terra por razões misteriosas que só uns poucos “iluminados” conseguem enxergar ? Que Deus seria esse? A Bíblia é enfática ao dizer que “para com Deus não há acepção de pessoas”, mas acredito que se Ele levar um grupo de seus filhos para o céu e deixar a maioria na terra em um plano inferior, seria um Deus injusto e estaria fazendo acepção.

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela…” (Mt. 16.18).
A palavra grega “ekklesia” (Igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (grego Ekkaleo). No N.T., termo designa o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus (Jo 4.23-24). A palavra Igreja pode referir-se a uma Igreja local (Mt 18.17, At 15.4) ou à Igreja no sentido universal (At 16.18, At 20.28, Ef 2.21-22). A Igreja é composta por filhos de Deus através de Jesus Cristo (Jo.1:12) que irá morar nos céus com o Ele (Hb 12.23). Veja que o texto de Hebreus diz: “igreja dos primogênitos inscritos nos CÉUS”, a palavra “primogênitos” está no plural indicando que todos os filhos de Deus compõem a Igreja que está arrolado nos Céus.
Louvado seja Deus que nos dará além da nossa primogenitura, que é a nossa filiação, o direito de morar ao Seu lado no céu.

TODOS OS QUE ACEITAM A JESUS COMPÕEM A IGREJA DE CRISTO
“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” (Ef 1.22). Hb 3.6, ITm 3.15.

A IGREJA VAI PARA O CÉU
“Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.12)
“Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb.12.22-23)
“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” (Ef 1.22). Hb 3.6, ITm 3.15
“…, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade” (I Tm 3.15).
“mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança” (Hb 3.6)
A compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu Salvador e se torna filho de Deus. Quando você se torna filho se transforma em casa de Deus, em morado do Espírito Santo (I Co 3.16) e sendo “casa de Deus” você é automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na Terra. Essa Igreja representa o corpo do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja (Jo 14.1-3, I Ts 4.13-18), Ele não vai levar uma parte do seu corpo e deixar a outra, mas como disse Paulo; “estaremos com Ele” (Fl 1.23).
Naquele dia será uma grande festa entre o noivo e a sua “Igreja noiva” (II Co 11.2, Ef 5.23-27).O Apóstolo Paulo escreveu a maior parte das epístolas do N.T. e nunca fez separação entre o povo de Deus em duas classes, a única vez que há uma separação é quanto a gentios, judeus e igreja mas sempre subtendendo uma questão de ordem, porém quando ambos se convertem, os dois se tornam parte de um único povo – a igreja. (leia: Rm 16.16, I Co 1.2, I Co 16.19, II Co 1.1, Gl 1.2, Cl 4.15, I Ts 1.1, II Ts 1.1, I Tm 3.5, I Tm 5.16, Fl 1.2). A Igreja de Jesus Cristo não é composta de somente 144 mil judeus, mas de todos os que de coração servem ao Senhor!

A JERUSALÉM CELESTIAL – O CÉU PARA ONDE A IGREJA SERÁ ARREBATADA
A Igreja será arrebatada ao céu que é a mesma coisa que Jerusalém celestial, leiamos: “Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb.12.22-23).
Nesta cidade celestial viveremos com Jesus por toda a eternidade. O patriarca Abraão tinha essa mesma esperança; “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11.8-10).
Abraão sabia que a terra que lhe fora prometida, aqui no mundo, não era o fim da sua jornada. Pelo contrário, o fim era bem além, na cidade celestial, que Deus preparara para seus servos fiéis. Abraão serve de exemplo a todo povo de Deus (Gl 3.14); devemos reconhecer que estamos apenas de passagem neste mundo, caminhando para o nosso verdadeiro lar no céu. Não devemos pensar em segurança plena neste mundo, nem ficar fascinado por ele como fazem os pecadores (Hb 11.13). Devemos nos considerar estrangeiros e exilados na terra. Esta não é a nossa pátria, mas território estrangeiro; o fim da nossa peregrinação será uma pátria melhor (Hb 11.16, Fl 3.20), a Jerusalém Celestial (Hb 12.22) e a cidade permanente (Hb 13.14).

O TAMANHO DA CIDADE CELESTIAL – A NOVA JERUSALÉM
Diz o doutor e pastor Dario Salas em uma observação sobra à Nova Jerusalém: “A Nova Jerusalém é um cubo perfeito, por ser totalmente quadrada. É a cidade que Deus tem preparado para sua Igreja (Hb 12.22-23). A Nova Jerusalém tem doze mil estádios por cada lado (Ap 21.16). Cada milha tem oito estádios, portanto a Nova Jerusalém tem mil e quinhentas milhas por cada lado, ou seja, a nova Jerusalém, tem quase três mil quilômetros de altura, três mil de comprimentos e três mil de largura. Nessa cidade daria para construir 15 bilhões de casas de ouro puro. Em outras palavras, haveria três casas para cada pessoa da terra (cuja população chega a casa dos 6 bilhões). Bem disse Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas…” (Jo 14.1-3)”

MAS OS SANTOS NÃO HERDARÃO A TERRA?
É argumentado pelas TJs em seu Livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” (Pág.7-15) que o homem herdará a terra e não o céu. Os versículos usados são os seguintes; Sl 37.29, Mt 5.5. Esses textos falam sobre uma herança e é dito que esta herança é a terra, mas que terra será essa? Apesar dos vários versículos citados a respeito da nossa ida para o céu, gostaríamos de esclarecer mais alguns pontos:
1) Se somente os mansos e justos herdarão a terra, significa isso que os “ungidos” não são nem mansos e nem justos? Afinal de contas é uma promessa imperativa; “Os justos herdarão a terra” e pelo texto de Apocalipse cap.14 é dito que os 144 mil são realmente justos. Como entenderemos isso? Das duas, uma: ou eles também vão herdar terra ou então todos os justos vão para o céu.
2) A Bíblia também nos mostra a destruição dessa terra por completo e no livro de Apocalipse (ou Revelação) é mostrado um novo céu e uma nova terra totalmente diferente do argumentado pelas TJs (confira na Bíblia: Ml 4.1, II Pe 3.7, Ap 21.1-8, Ap 22.1-5). O estado final de tudo pregado pelas TJs é o citado pelo texto de Is 65 e 66, mas uma ligeira comparação e ver-se-á que as profecias são diferente e para outras épocas e circunstâncias. Tanto é que no texto de Isaías fala de morte, de dias e noites, de guarda sabática, etc…Mas no texto de Apocalipse há um nítido contraste; ali fala de eternidade sem morte, que não existe mais o mar de água e sim um mar de vidro, não há dia nem noite, não há fome ou sede, etc…, Concluímos então que as profecias são totalmente diferentes. Isaias aponta para o milênio (que não é o estado eterno) e João fala do estado eterno do mundo, o que vemos em Apocalipse é um único lugar, lindo e maravilhoso, chamado de o “Novo Céu e Nova Terra”, no qual iremos morar eternamente!

Fatos sobre a palavra “Terra”
1)Terra significa: “Lugar ou planeta onde habitamos”;
2) Solo sobre o qual se anda;
3) Parti sólida da superfície;
4) Localidade, pátria (Dicionário da Língua Portuguesa – Carvalho).
Pelo que vemos sobre a palavra “Terra” não há nada demais se declaramos; “A nossa Terra está no céu” (Cl 3.20). É interessante notarmos que há terra no céu, é isso mesmo eu n&o estou brincando está na Bíblia, vejamos; “Estão chegando desde a terra longínqua, desde a extremidade do céu. Jeová e as armas de sua verberação, para estragar toda a terra” (Is 13.5 – TNM). Depreendemos pelo texto em lida que há uma terra celestial. Abraão sabia dessa terra celestial e lá esperava um dia morar. A palavra de Deus nos mostra que, embora o Senhor houvesse dito que a descendência de Abraão herdaria a terra da Palestina, Abraão não se interessava pelo terreno, mas aguardava o celestial (Hb 11.16).
Pelos textos que falam do céu, pela prova Bíblica que há uma terra celestial corroborados pelas explicações acima, podemos concluir que a terra prometida para os filhos de Deus é a celestial!
Vejam explicação da Bíblia Apologética para a argumentação Jeovista sobre o Salmo 37:

“Quando esses versículos são analisados dentro do seu próprio contexto, apresentam um quadro completamente diferente da crença das Testemunhas de Jeová. O Salmo 37 fala sobre a prosperidade aparente dos ímpios, que é passageira. Somente os justos serão felizes. Embora alguns teólogos entendam que essa passagem se refira ao milênio, parece que o Salmo não descreve um tempo futuro. O que se espera ver no presente é que os mansos prosperem sob a bênção de Deus, e os ímpios paguem um alto preço. Por exemplo, os versículos 1 e 2 recomendam que não nos indignemos por causa dos malfeitores. No versículo 25 o salmista descreve o que observou na sua vida, e o mesmo ocorre com os demais versículos. Concluímos que o Salmo 37 fala de eventos que aconteceram durante a vida de Davi. Quando analisamos o Salmo em seu contexto, podemos entender que diz respeito aos benefícios imediatos da boa conduta, e ao fim infeliz dos ímpios. O alvo de Israel era manter os limites geopolíticos de sua nação, isso somente seria possível através da graça de Deus: os mansos herdarão a terra. Aqueles que fossem submissos a Deus, continuariam na terra prometida”.
As TJs estão equivocadas mais uma vez!

Fonte: CACP

Com Amor Pr. Alecs!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

ACHAR QUE É, NÃO É GARANTIA DE SER! (Ap 3:1-22)

“...você tem fama de estar vivo, mas está morto. (Ap 3:1)”
“Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. (Ap 3:17)”.

E ai? Você está se achando ou É? Ao lermos este terceiro capitulo nos deparamos com mais três igrejas, sendo que Duas delas SE ACHAVAM e uma FOI RECONHECIDA por Jesus como exemplar. A palavra do Senhor é bem clara quando diz: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que CONFIA NO HOMEM, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! (Jr 17:5)”. Pensemos muito nisso, pois a soberba precede a Ruína.

Mais um dia e Deus nos leva a fazer AUTO-ANALISE, é fundamental. Como está nossa condição diante do Senhor? Precisamos ser FERVOROSOS, pois, ELE diz: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. (Ap 3:15,16)”. Não podemos nos contentar quando estamos sendo BEM SUCEDIDOS, esfriarmos espiritualmente e esquecer-nos de QUEM NOS CONCEDE O SUCESSO. Laodicéia era próspera e esqueceu-se do Senhor, triste. Sardes estava vivendo de APARÊNCIA, tolice. Filadelfia era FRACA, mas não negou o Senhor, pois sua PEQUENA FORÇA estava amparada NELE, vitoriosa e exemplar.


VAMOS PARAR DE NOS ACHAR e Bora depender de Deus? Bora Buscar do Senhor? Bora aprender mais? Bora viver o que aprendemos? Bora pra Glória? Aviva-nos Senhor... Pr. Alecs!!!

O QUE AINDA FALTA EM MIM? (Ap 2:1-9)

“CONHEÇO AS SUAS OBRAS, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores. (Ap 2:2)”.

No capítulo 2 temos mensagens de Jesus as igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira. Podemos analisar que Jesus NÃO ESTAVA preocupado com AS BOAS OBRAS PRATICADAS pelas igrejas, mas sim onde elas estavam deixando a desejar. É neste ponto que quero hoje meditar com você. Lembro-me de uma manifestação de Jesus a dois tipos de oração, uma de um fariseu e outra de um publicano, analise comigo: “A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: DOIS HOMENS SUBIRAM ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘DEUS, TEM MISERICÓRDIA DE MIM, QUE SOU PECADOR’. Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado. (Lc 18:9-14)”.

No texto acima chego a uma conclusão: DEUS SABE TODAS NOSSAS BOAS OBRAS, Ele não quer ouvir o que estamos fazendo de bom para Ele ou para os outros, Ele quer que NÃO PERCAMOS TEMPO nos exaltando e reconheçamos que SEM ELE NADA PODEMOS FAZER. Reconheçamos nossa pequenez diante de sua grandeza e sempre façamos uma pergunta a ELE: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? (Sl 116:12)”, ou seja, O QUE AINDA FALTA EM MIM? Quando NOS CONFORMAMOS e paramos de BUSCAR A PERFEIÇÃO ou SANTIDADE somos derrotados e podemos deixar a desejar (Fp 3:12).

Éfeso tinha muitas boas obras, mas deixou o mais importante, O PRIMEIRO AMOR, ou seja, viviam praticando as obras NO AUTOMÁTICO, tornaram-se religiosos e ritualistas, DEUS NÃO QUER ISTO. Esmirna era uma das sete igrejas considerada EXEMPLO, perseverante, a carta elogia e encoraja, sem oferecer nenhuma crítica dos cristãos em Esmirna. Pérgamo era uma igreja fiel, porém, fazia VISTAS GROSSAS, ou seja, não combatia os Falsos mestres e os que seguiam ensinamentos errados, CUMPLICIDADE. Tiatira era uma igreja esforçada e muito dedicada, mas como Pérgamo, TOLERANTE DEMAIS, permitia imoralidade Sexual no meio da Igreja e uma FALSA PROFETISA.

Diante destas afirmações somos chamados a vigiar e constantemente e nos autoanalisar para sabermos como estamos diante do Senhor, muitos confundem as coisas e acham que basta entregar a vida a Jesus e o resto Deus faz, lendo a BÍBLIA POR COMPLETO confirmamos que NÃO É BEM ASSIM.


Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas... Pr. Alecs!!!

APOCALIPSE... (Ap 1:1-20)

“Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo. (Ap 1:3)”.

Estaremos agora iniciando nossos devocionais no livro de Apocalipse, muitas CURIOSIDADES SURGIRÃO neste livro, passarei algumas e se por acaso tiver alguma duvida em algum ponto, me chame e questione. Bora mergulhar nesta viajem maravilhosa sobre as ULTIMAS COISAS.

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa "revelação", formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu. Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus, no caso João, o Apostolo. É importante salientar que no livro CONTEM MUITOS SÍMBOLOS, o autor usa em abundância símbolos enigmáticos. Então ao lermos não poderemos levar cada palavra ao “PÉ DA LETRA” cada expressão, mas sim entender O QUE CADA SÍMBOLO SIGNIFICA, senão acharíamos que Jesus é um monstro, rsrs, pois com Olhos de fogo e espada na Boca, kkk.

É um livro que tem como mensagem central a revelação da pessoa de Jesus Cristo como soberano, um Jesus morto e ressuscitado para REINAR PARA SEMPRE, “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso (Ap 1:8)”. A ação de Deus na história incentiva os cristãos a não desanimarem, mas terem coragem para a luta. A intenção inicial era falar as 7 igrejas, porém é direcionada a todos os cristãos do mundo.

Sete Candelabros de Ouro simbolizava as sete igrejas. Os cabelos Brancos de Jesus simboliza sua Justiça (Pv 16:31), sabedoria (Pv 20:29), Experiência (Jo 1-3), o sol da Justiça (Ml 4:2), toda pureza e etc. Os olhos como chama de Fogo simboliza sua divindade e poder de purificar tudo, afinal o fogo é purificador, nada passa desapercebido aos olhos de JESUS. Pés de Bronze simboliza firmeza invencível. Voz como som de aguas simboliza tranquilidade, mansidão. As sete estrelas são os Pastores ou lideres locais das igrejas. A espada afiada de sua boca simboliza a palavra de Deus que julga, castiga, discerne, etc.

Creio que já temos um bom material neste primeiro capitulo, mas a mensagem central pra nós neste dia é que ELE É O TODO PODEROSO, DEIXOU-NOS SUA PALAVRA PARA QUE NÃO VACILEMOS, PRECISAMOS PERMANECER FIRMES, COM ESTÁ ESCRITO: “FELIZ AQUELE QUE LÊ AS PALAVRAS DESTA PROFECIA E FELIZES AQUELES QUE OUVEM E GUARDAM O QUE NELA ESTÁ ESCRITO, PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO (Ap 1:3)”.


Maranata, ora vem Senhor Jesus... Pr. Alecs!!!

OS SELOS E OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE! (Ap 6:1-17)

 "Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: Venha! (Ap 6:1)"

Neste capitulo o Apostolo João fala sobre os seis selos que foram abertos trazendo revelação dos acontecimentos futuros sobreo dia da ira do cordeiro. Trataremos sobre os quatro cavaleiros:

Quem são os quatro cavaleiros do apocalipse? Os quatro cavaleiros do apocalipse são descritos em Apocalipse 6:1-8 e são descrições simbólicas de eventos diferentes que acontecerão durante o fim dos tempos. O primeiro cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:2, provavelmente se refere ao anticristo, a quem autoridade vai ser dada e vai dominar todos que a ele se opõem. O anticristo é uma falsa imitação do Cristo verdadeiro, já que Cristo vai retornar em um cavalo branco (Ap 19:11-16). O segundo cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:4 e se refere a guerras horríveis que vão acontecer durante o fim dos tempos. O terceiro cavaleiro é descrito em Apocalipse 6:5-6 e se refere à grande fome que acontecerá, provavelmente como resultado de guerras do segundo cavaleiro. Comida vai ser escassa, mas luxos como vinho e azeite ainda estarão prontamente disponíveis. O quarto cavaleiro é mencionado em Apocalipse 6:8 e é um símbolo de morte e devastação. Aparenta ser uma combinação dos cavaleiros anteriores. O quarto cavaleiro do apocalipse vai trazer mais guerras e fomes horríveis, assim como pestilências e doenças. O que é mais impressionante, ou talvez assustador, é que os quatro cavaleiros do apocalipse são apenas “precursores” de julgamentos ainda piores que virão mais tarde durante a Tribulação.

Ao ser aberto o quinto selo vemos os salvos guardados pelo Senhor e Logo ao final do capitulo vemos o desespero de muitos que tentavam fugir e se esconder desejando até a morte para não vivenciar a IRA DE DEUS. (Ap 6:9-17).


Busquemos o Senhor Hoje com toda intensidade, pois amanhã pode ser tarde, ELE VIRÁ e com ELE SEU JULGAMENTO... Pr. Alecs!!!

Biografia: https://gotquestions.org/Portugues/quatro-cavaleiros-apocalipse.html

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Digno É o Cordeiro (Apocalipse 5:1-14)

O Senhor, sentado no seu trono, é digno de louvor. Mas quem é digno de abrir o livro que revela os planos dele? Não há homem, nem anjo, que possa chegar à presença de Deus para receber o livro. Esta descoberta triste encontra sua solução em Jesus, o Leão de Judá e Cordeiro de Deus. Ele, também, é digno de adoração. Como observamos na lição 12, este texto é parecido com Daniel 7:9-14. Leia, novamente, esta parte do sonho de Daniel antes de começar o estudo do Apocalipse 5.

5:1 – Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos.

Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono: A mão direita sugere a posição de grande importância. Representava a bênção do primogênito (Gênesis 48:13-18), a posição de honra na presença do rei (1 Reis 2:19) e a força vitoriosa (Jó 40:14; Isaías 63:11-14). A Sabedoria retém, na sua mão direita, o poder para alongar a vida (Provérbios 3:16). A mão direita de Deus representa, freqüentemente, seu poder para estabelecer, proteger e resgatar o seu povo (veja especialmente as citações em Salmo 80:14-15; Isaías 62:8). Por outro lado, é da mão direita de Deus que vêm os castigos para os inimigos dele (Habacuque 2:16). O rei escolhido para governar o seu povo é descrito como “o anel do selo da minha mão direita” (Jeremias 22:24). É a mão do juramento imutável de Deus a favor dos fiéis (Isaías 62:8; compare Hebreus 6:13-20). Reis seguravam o cetro de autoridade na mão direita (Mateus 27:29). Foi na mão direita que Jesus segurava as sete estrelas (1:16; 2:1). Foi a mão da marca de posse dos servos da besta (13:16-17). Podemos concluir que Deus segurava na mão direita uma demonstração de sua autoridade pela qual daria poder ao seu Ungido para proteger o povo fiel e castigar os inimigos. É exatamente isso que encontraremos nos próximos capítulos.

Um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos: O livro seria um rolo, provavelmente de pergaminho, com palavras escritas nos dois lados, e selado com sete selos. O “rolo do livro” representa a vontade de Deus para ser executada por seu servo (Salmo 40:7-8). Jeremias escreveu em “um rolo, um livro” tudo que Deus pretendia fazer para castigar Israel, Judá e as nações, com intuito de incentivar o povo a se arrepender (Jeremias 36:2-3). Um dos trechos mais importantes para podermos entender a imagem do livro aqui se encontra em Ezequiel 2:8-3:15. O profeta Ezequiel recebeu e comeu “o rolo de um livro...escrito por dentro e por fora” que continha “lamentações, suspiros e ais” (2:10). Este livro representava a sua comissão para pregar ao povo sobre os castigos determinadaos por Deus. Abrindo os selos, um por um, revelaria aos poucos a vontade de Deus, para proteger os fiéis e castigar os ímpios, que seria executada pela pessoa que tomaria o rolo. O fato de ter sete selosenfatiza a fonte desta revelação – é a vontade de Deus.

5:2 – Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?

Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Três vezes no Apocalipse, um “anjo forte” aparece como servo de Deus. Aqui, o papel deste mensageiro é perguntar em voz forte, deixando bem clara a vontade de Deus de achar a pessoa certa para a tarefa importante de abrir o livro.

Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?: O foco do versículo 2 não é o mensageiro, mas sim a mensagem. Quem é digno de revelar e executar a vontade de Deus? Chamadas de líderes e profetas em todas as épocas da história bíblica destacam a indignidade dos homens escolhidos. Moisés precisou tirar as sandálias e escondeu o rosto, temendo olhar para Deus (Êxodo 3:5-6). Arão e seus filhos precisavam de rituais de purificação antes de começar seu serviço como sacerdotes e cada vez que entravam na presença de Deus. Isaías se viu como homem perdido e pecador, e achou que ia morrer por ter visto o Senhor; foi qualificado pela missão dada por Deus somente depois de ser purificado dos seus pecados (Isaías 6:5-7). Ezequiel caiu “com o rosto em terra” e só levantou quando Deus lhe mandou que assim fizesse (Ezequiel 1:28-2:2). João caiu “como morto” na presença de Jesus (1:17). Nenhum destes homens se achou digno de cumprir alguma missão como servo de Deus. Todos, manchados pelos próprios pecados, reconheceram a sua incapacidade de fazer as grandes obras de Deus. Cumpriram suas missões somente pela graça de um Deus misericordioso.

Quem, então, seria digno de abrir a revelação da vontade de Deus?

5:3 – Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele;

Nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém...: Sabemos que Deus poderia ter apresentado a resposta imediatamente, mas ele primeiro deixa João e os leitores verem a situação desesperada do homem. Se dependesse dos homens ou até dos anjos no céu, a vontade de Deus não seria cumprida. Não acharam ninguém digno de olhar para o livro, muito menos abri-lo!

Este trecho nos ajuda a entender o propósito do Velho Testamento. Quando Adão e Eva pecaram, Deus, obviamente, poderia ter enviado Jesus para já oferecer perdão pelos pecados e restaurar a comunhão com ele. Mas Deus não fez isso. O Senhor deixou o homem procurar uma solução. Os patriarcas não conseguiram a perfeição nas suas próprias obras. Mesmo o povo de Israel, privilegiado com uma lei mais detalhada, não conseguiu se qualificar diante de Deus. Depois de milhares de anos de fracassos humanos, ninguém teria como discordar de Paulo quando diz: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Ele se viu na mesma situação de todos os outros, e gritou no desespero: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” A resposta de Paulo é a mesma do Apocalipse 5: “Graças a Deus por Jesus Cristo” (Romanos 7:24-25).

5:4 – e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele.

Eu chorava muito: João se achou sem esperança. Confiava tanto em Deus que queria ver a vontade divina executada, mesmo sem saber o conteúdo do livro. Mas, se não tivesse ninguém para abrir o livro, os servos do Senhor não receberiam o benefício do propósito de Deus. E nós, quando percebemos que a vontade de Deus não é cumprida, ou na nossa própria vida ou na vida de pessoas próximas, sentimos o mesmo desespero, a mesma tristeza, que João sentiu?

5:5 – Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.

Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá: Esta vez é um dos anciãos que fala com João. Ele o consola, não com palavras vazias, mas com a verdadeira esperança que vem somente em Jesus.

O homem busca uma resposta à sua necessidade e à sua tristeza. Muitos oferecem soluções vazias. Procuram consolar com promessas de alegria e auto-realização, mas quaisquer promessas que não se baseiam em Jesus são totalmente vãs.

Jesus é o Leaõ da tribo de Judá. O leão é um animal forte e dominador, que representa o poder real (Provérbios 30:30). É citado muitas vezes na Bíblia para representar o poder destrutivo que despedaça o inimigo (Salmo 7:2; 22:13; Jeremias 4:7; etc.). Representa a coragem daquele que não desiste quando ameaçado (Provérbios 28:1). Não há dúvida de que Jesus, descendente legítimo de Davi, seja o Leão de Judá.

A Raiz de Davi: As imagens de poder e realeza envolvem a linhagem real de Davi. Isaías 11 profetiza sobre o renovo, ou rebento, que surge das raízes de Jessé, pai de Davi. É uma profecia importante sobre o rei messiânico, cumprida em Jesus e confirmada por esta citação no Apocalipse. Paulo aplica a mesma profecia de Isaías a Jesus (Romanos 15:8-13). No Apocalipse, Jesus mesmo afirma ser esta Raiz (22:16).

Venceu para abrir o livro e os seus sete selos: O que destaca Jesus de todos os outros, no céu e na terra, é a sua vitória. Ele é digno porque ele venceu. Seria impossível exagerar o valor do sacrifício de Jesus ou o tamanho da vitória na sua vida, morte e ressurreição (João 16:33; 1 Coríntios 15:57). O fato de Jesus ter sido o único que, na carne, já venceu o inimigo por sua própria justiça o deixa exclusivamente qualificado – digno – de abrir o livro.

5:6 – Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra.

Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro: A posição do Leão já demonstra a sua superioridade. Ele está no meio do trono, no meio dos seres viventes, junto ao Pai, entre os anciãos. Assim os anciãos estariam entre João e o Leão, explicando por que um deles lhe falou. Agora, João olha para ver o Leão e vê um Cordeiro! Esta é a primeira de 30 vezes noApocalipse que Jesus é chamado de Cordeiro. Numa visão em que Deus revela os seus mistérios, ele tem todo direito de misturar símbolos para comunicar fatos importantes sobre Jesus e sua missão. Jesus é, ao mesmo tempo, o Leão de Judá e “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Cordeiros foram usados em rituais de alianças e nos sacrifícios a Deus desde a época dos Patriarcas (Gênesis 15:9; 22:7-8). O significado mais importante do Velho Testamento vem do cordeiro pascal que serviu para livrar os israelitas da morte e permitir a saída deles do Egito (Êxodo 12:1-28). No Novo Testamento, Jesus se tornou nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7), pois seu sangue nos salvou da morte e nos livrou da escravidão no pecado (1 Pedro 1:19). Enquanto o Leão ruge e despedaça os seus inimigos, o Cordeiro foi levado mudo ao matadouro (Atos 8:32; Isaías 53:7). Mas, como veremos no resto do livro, este Cordeiro é o principal Vencedor!

Como tendo sido morto: João não explica precisamente como, mas diz que o Cordeiro tinha aparência de ter sido morto. Sabemos que Jesus esteve morto e está vivo, assim retendo a autoridade sobre a morte (1:18). Este fato é fundamental à posição do Cordeiro, servindo como base de louvor (5:9).

Sete chifres: As outras vezes no livro que encontraremos figuras com chifres serão os inimigos de Deus. Mas aqui, o Cordeiro tem sete chifres. Como já observamos, este Cordeiro é o grande Vencedor. Ele tem poder para resistir e derrotar os inimigos. Os cristãos não foram deixados sem defesa. O seu Cordeiro pascal tem chifres. É o Leão!

Sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus: Mais uma vez, refere-se aos sete Espíritos, esta vez como olhos enviados por Deus “por toda a terra”, enfatizando a onisciência do Espírito Santo (veja 1:4; 3:1; 4:5).

5:7 – Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono;

Tomou o livro: Jesus, completa e exclusivamente qualificado, toma o livro da mão de Deus. Agora ele tem poder para revelar e executar a vontade do Pai contida no livro.

5:8 – e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,

Quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro: Por ser achado digno de tomar o livro, Jesus se mostra digno de adoração. A adoração aprovada na Bíblia pertence exclusivamente a Deus, como o próprio Jesus afirmou (Mateus 4:10). Jesus recebe adoração diversas vezes nas Escrituras, não somente no céu, mas também durante sua jornada na terra (Mateus 15:25; 28:17; João 9:38). De fato, o Pai mandou que os anjos adorassem Jesus (Hebreus 1:6). O divino Cordeiro vencedor merece o nosso louvor.

Tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos: Num trecho cheio de símbolos baseados no Velho Testamento, encontramos mais dois. Harpas foram usadas no louvor dos judeus no templo (Salmo 43:4; 81:2), e o incenso fazia parte integral do serviço a Deus no tabernáculo (Êxodo 30:1-9) e no templo (1 Reis 7:48-50). Nesta cena, em que os anciãos se prostram diante do Santo dos Santos celestial, eles vêm com suas harpas e taças de incenso. O significado do incenso é explicado: são as orações dos santos. Embora o altar do incenso tenha ficado do lado de fora do véu, ele pertencia ao Santo dos Santos (Hebreus 9:3-4) porque o aroma passava pelo véu e chegava à presença de Deus. Aqui entendemos que o incenso representava as orações dos santos chegando a Deus (veja Salmo 141:2).

5:9 – e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação

Entoavam novo cântico: Novos cânticos foram preparados para marcar ocasiões especiais (Salmo 33:3), especialmente para celebrar a salvação pela mão do Senhor (Salmo 40:3; 144:9-10). O motivo deste louvor especial é dado nas linhas seguintes.

Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos: O louvor no capítulo 4 foi dirigido ao Pai. No capítulo 5, é o Cordeiro que recebe a adoração, pois ele se mostrou digno de abrir os selos do livro. Uma mensagem selada por um rei deveria chegar ao destinatário designado por ele sem ser aberta. Aqui, Deus entrega diretamente na mão da única pessoa digna de abrir os selos.

Porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação: Jesus recebe louvor por ser o Salvador ressuscitado que se sacrificou para oferecer salvação a todos. Uma das principais controvérsias na igreja do primeiro século foi a igualdade de judeus e gentios diante de Deus. Judaizantes atrapalharam o trabalho de Paulo e outros durante vários anos. Alguns dos próprios apóstolos demoraram para compreender a intenção de Deus de oferecer a mesma salvação para todos (1 Timóteo 2:3-4; Tito 2:11). Por este motivo, ele chama todos ao arrependimento (Atos 17:30-31), e pessoas de todas as nações são atraídas ao Senhor (Isaías 2:2-4; João 12:32; Romanos 1:16). Doutrinas como o Calvinismo que alegam que Deus, no seu capricho, escolheu alguns para a salvação e recusou outros, contradizem as afirmações do Novo Testamento e negam este motivo de adoração a Jesus. Ele morreu pelos pecados de todos, porque Deus amou ao mundo, não somente algumas pessoas (João 3:16).

5:10 – e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.

E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes: Jesus estabeleceu o seu reino e fez sacerdotes de todos os seus verdadeiros discípulos (1:6). O reino de Cristo existe atualmente, e os salvos fazem parte dele (Colossenses 1:13). Quando nós somos convertidos a Cristo, tornamo-nos o sacerdócio santo dele, com o privilégio de lhe oferecer sacrifícios (1 Pedro 2:5,9).

E reinarão sobre a terra: Os vencedores serão exaltados para participar do reino de Cristo (2:26-27; 3:9,21; veja 20:4).

5:11 – Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares,

Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares: Os anciãos evidentemente iniciaram o louvor, mas João percebeu logo que as hostes do céu participaram. Anjos, seres viventes, anciãos! Milhões deles deram honra ao Cordeiro! Se já ficamos emocionados quando participamos do louvor sincero no meio de dezenas ou centenas de pessoas, imagine como seria o louvor de milhões ao redor do trono adorando o Cordeiro que nos resgatou!

5:12 – proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.

Digno é o Cordeiro: Já foi declarado digno, diante do Pai, de abrir o livro. Agora é declarado digno de receber a adoração da multidão.

O poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor: A linguagem aqui nos lembra do louvor oferecido por Davi em 1 Crônicas 29:10-13. As mesmas palavras usadas para adorar ao Senhor (Jeová) no Velho Testamento são empregadas na adoração do Filho no Novo Testamento.

5:13 – Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.

Então, ouvi que toda criatura que há...estava dizendo: Ainda tem mais! Depois de ver a glória do Cordeiro, João viu os anciãos louvando, depois os milhões no céu. Agora ele abre mais ainda a cena e percebe que toda a criação, do alto do céu até o fundo do mar, está participando do louvor dirigido ao Pai e ao Cordeiro! As mesmas palavras de adoração aplicam igualmente aos dois.

5:14 – E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram.

E os quatro seres viventes respondiam: Amém!: A atenção de João volta das extremidades da imensa multidão em direção ao trono, onde os quatro seres viventes, os mesmos que adoram sem descansar (4:8) falam Amém!

Também os anciãos prostraram-se e adoraram: Esta cena de louvor começa e termina com os anciãos. Obviamente, a adoração nunca pára. É como se estivesse começando uma nova onda na maré de louvor incessante que vai dos anciãos às hostes celestiais, à toda a criação, aos seres viventes, aos anciãos.... 

Conclusão

A inda acontecerão muitas coisas no Apocalipse, mas a cena apresentada nos capítulos 4 e 5 nos mostra a realidade eterna da soberania e dignidade do Pai e do Filho. As vozes dos servos de Deus na terra se juntam às vozes dos servos no céu na adoração constante, que continuará para toda a eternidade. O nosso Criador merece esta honra. O nosso Redentor também!

Fonte:http: www.estudosdabiblia.net

Com Amor... Pr. Alecs!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A Visão do Trono de Deus (Ap 4:1-11)

Depois de terminar as cartas aos anjos das sete igrejas, João passa para uma nova parte da revelação. Os capítulos 4 e 5 mostram a glória de Deus, apresentando primeiro o Pai no seu trono e, depois, o Filho glorificado ao lado dele. A cena nestes dois capítulos pode ser comparada especialmente com a de Daniel 7:9-14.

4:1 – Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.

Depois destas coisas, olhei: Chegamos a uma transição na mensagem do Apocalipse. Jesus já ditou as suas cartas a cada uma das sete igrejas. O resto do livro pertence a todas elas e, obviamente, serve para a instrução de outros discípulos em outros lugares e em outras épocas.

João olhou e viu, frisando novamente a natureza desta revelação. Deus continuou mostrando visões ao apóstolo.

Uma porta aberta no céu: Que privilégio! João viu uma porta aberta dando-lhe acesso ao céu! Aqui a ênfase não está no acesso ao céu em termos da salvação final e eterna dele, nem no sentido de entrar em comunhão com Deus (sentidos encontrados em trechos como João 1:51; Atos 7:55-56; veja também Efésios 2:6; Filipenses 3:20). João viu o céu aberto porque Deus queria lhe mostrar as coisas que estavam acontecendo lá (compare Ezequiel 1:1). Jesus já falou, transmitindo-lhe mensagens importantes para as igrejas. Agora, João subirá ao céu, nestas visões, para buscar outras mensagens para os servos do Senhor na terra.

A primeira voz que ouvi, como de trombeta: A mesma voz de 1:10. Naquele trecho, João virou para ver quem falava e viu Jesus no meio dos candeeiros.

Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas: O Filho de Deus convida João para ver, no céu, as coisas que iam acontecer. Em 1:19, ele falou para João escrever o que ele viu, o que estava acontecendo naquele momento, e o que ia acontecer depois. Tudo isso ainda está dentro dos limites de tempo de “em breve” e “próximo” (veja comentários na segunda lição sobre limites de tempo). Jesus já falou sobre o estado das igrejas naquele momento (capítulos 2 e 3), e agora começa a falar sobre as coisas que estes discípulos ainda teriam de enfrentar. Interpretações que procuram inserir milhares de anos entre os capítulos 3 e 4 não têm nenhuma base aqui. “Depois” simplesmente sugere uma seqüência de transição entre o que já passou e o que ia acontecer.

4:2 – Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;

Imediatamente, eu me achei em espírito: A mesma expressão que João usou em 1:10, frisando seu estado de receber revelações por meio de visões.

Armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado: Um trono no céu. Muitos vizinhos dos cristãos da Ásia achavam que o trono principal do universo estivesse em Roma, e que o imperador sentado nele fosse o deus supremo. Outros vizinhos adoravam outros diversos deuses e deusas. Mas João convida todos os seus leitores a enxergarem, por meio desta visão, o trono no céu e o verdadeiro Deus sentado nele. O trono de Deus é mencionado 38 vezes no Apocalipse, repetidamente frisando o tema da soberania de Deus e do seu domínio sobre os reinos da terra. A descrição da pessoa sentada no trono e do seu ambiente no céu vem nos versículos seguintes.

4:3 – e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.

Eesse que se acha assentado é semelhante, no aspecto: João jamais acharia palavras adequadas para descrever perfeitamente a aparência de Deus. Ele começa a explicar, usando comparações com coisas conhecidas, a visão que ele teve do Soberano no seu trono celestial.

Pedra de jaspe e de sardônio...arco-íris semelhante...a esmeralda: Duas pedras brilhantes refletem sua luz e produzem o efeito de um arco-iris ao redor do trono. Como é o caso de muitas pedras precisosas, as cores de jaspe e sardônio não são únicas e absolutas. Alguns comentaristas sugerem jaspe branco (veja 21:11, que fala de “jaspe cristalina”) e sardônio vermelho (possivelmente sárdonix), assim sugerindo, respectivamente, a santidade e a justiça de Deus. O salmista disse que “justiça e juízo” ou “justiça e direito são o fundamento” do trono de Deus (Salmo 89:14; 97:2). Outros sugerem que o jaspe fosse verde, a cor mais comum desta pedra, uma explicação que combina com a cor de esmeralda do arco-íris. Independente das cores refletidas, certamente a luz da glória de Deus e o fogo de seu poder saem do seu trono (veja Isaías 60:1-2; Daniel 7:9-10; Ezequiel 1:26-28; 10:1; Salmo 97:2-3). Esta luz mostra seu poder para julgar e castigar. O arco-íris nos lembra, também, da benevolência de um Deus que faz aliança com as suas criaturas (Gênesis 9:12-13; Ezequiel 1:28).

4:4 – Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.

Ao redor do trono: João começa com a figura central, aquele sentado no trono, e começa a olhar ao redor. Tudo começa com Deus.

Vinte e quatro tronos ... vinte e quatro anciãos: Vinte e quatro tronos representam aqueles que reinam com Deus, uma descrição da igreja, dos vencedores vestidos de branco que recebem suas coroas e reinam com o Senhor (2:10,26-27; 3:4-5,11,21). Qual o significado do número 24? Duas explicações diferentes chegam à mesma conclusão. Alguns entendem 12 tribos, representando o povo de Deus no Velho Testamento, mais 12 apóstolos, representando o povo dele no Novo Testamento, dando um total de 24. Outros sugerem 24 como o número de turnos de sacerdotes no Velho Testamento (veja 1 Crônicas 24:1,7-19). Assim entendemos o reino de sacerdotes (1:6) ou sacerdócio real (1 Pedro 2:9) composto de pessoas que entram “na Casa do Senhor” (1 Crônicas 24:19). No final, estas duas interpretações do significado dos 24 anciãos chegam ao mesmo entendimento prático – representam o povo de Deus. São nobres nos seus tronos sujeitos ao Soberano Rei no trono principal.

Vestidos de branco: A santidade e a pureza dos servos fiéis. As únicas vestimentas adequadas aos vencedores.

Coroas de ouro: Coroa, aqui, vem da palavra grega stephanos, usada no Apocalipse para identificar as coroas dos vencedores (2:10; 3:11; 4:4; 4:10; 6:2; 12:1; 14:14). Encontraremos uma outra palavra, diadema, usada tanto para falar dos falsos líderes (12:3; 13:1) como para descrever o verdadeiro Rei (19:12). Uma vez, stephanos se encontra na descrição dos inimigos de Deus, mas o próprio versículo sugere a falsidade da nobreza deles: “havendo como que coroas parecendo de ouro” (9:7). Os anciãos sentados nos 24 tronos têm todo direito de usar coroas verdadeiras.

4:5 – Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.

Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões: Sai do trono de Deus o poder para falar, julgar e castigar (veja Salmo 18:13-14; 144:6; Êxodo 19:16-19). Estas manifestações do poder de Deus são características da última fase das séries de sete selos (8:5), sete trombetas (11:19) e sete taças (16:18).

Sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus: As tochas diante do trono são identificadas como os sete Espíritos de Deus, o Espírito Santo (veja 1:4). Ele ilumina ao homem e vai para onde Deus o envia. As sete tochas mostram a onisciência e a onipresença de Deus (5:6).

4:6 – Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.

Mar de vidro, semelhante ao cristal: O Deus imortal “habita em luz inacessível” (1 Timóteo 6:16), separado dos outros por um mar de vidro. No Velho Testamento, os sacerdotes tinham de se lavar no mar de fundição antes de chegar perto de Deus com os sacrifícios (2 Crônicas 4:1-6), assim sugerindo a importância da santificação. Deus é santo, separado de suas criaturas. Mas, na imagem de comunhão perfeita com os vitoriosos no final do livro, “o mar já não existe” (21:1).

Quatro seres viventes cheios de olhos: Veremos melhor as características dos quatro seres viventes nos versículos 7 e 8. Aqui observamos o fato de estarem cheios de olhos, novamente enfatizando a capacidade de ver tudo. Ao redor de Deus estão servos capazes de ver tudo o que acontece. Nada escapa ao conhecimento do Soberano Deus.

4:7-8a – O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando.
E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro;...

Os quatro seres viventes nos lembram de outras passagens que descrevem a presença do Deus glorioso. As visões de Ezequiel são especialmente relevantes, pois falam de quatro seres viventes com quatro rostos diferentes, rostos que correspondem às quatro criaturas vistas aqui (Ezequiel 1:5-14). Ele chama os seres viventes de querubins (Ezequiel 10:9-17) e mostra o papel deles em defender e levar o trono de Deus conforme a vontade do Soberano. Entendendo que os seres viventes são os querubins , lembramos também dos querubins que ficavam acima da arca da aliança. Na visão de João, os seres viventes são semelhantes a quatro criaturas:

Leão: O forte predador, o símbolo de realeza.

Novilho: Em Ezequiel, o boi. Animais conhecidos por sua força.

Homem: A figura do homem acrescenta uma outra característica, juntando à força a inteligência.

Águia: Um predador rápido, capaz de localizar e atacar a sua vítima.

João continua sua descrição de outras características dos seres viventes:

Seis asas: Capazes de se locomover, e de transportar o trono de Deus (Ezequiel 1:20). Também usavam as asas para cobrir a arca da aliança (1 Crônicas 28:18). Os serafins de Isaías 6:2-3, como os seres viventes do Apocalipse, tinham seis asas, enquanto os querubins de Ezequiel tinham quatro. Devemos evitar a tendência de forçar os textos para achar alguma igualdade perfeita nos símbolos destas visões proféticas. Independente de pequenas diferenças, todas mostram servos de alta posição servindo a Deus, fazendo tudo que ele manda.

Estão cheios de olhos: Como as rodas que acompanhavam os querubins em Ezequiel, estes seres estavam cheios de olhos e capazes de ver em todas as direções.

4:8b - não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.

Não tem descanso: Servem e adoram a Deus em todo momento. Deus descansou, no sétimo dia, de seu trabalho da criação, mas continuou agindo para manter o universo que ele domina. Os judeus descansavam, no sábado, de seus trabalhos, mas se dedicavam naquele dia ao serviço de Deus. Nós aguardamos o descanso eterno no céu (Hebreus 4:1,11), mas entendemos que serviremos e adoraremos a Deus eternamente. Não nos surpreende, então, achar estes seres viventes servindo constantemente, sem descansar.

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus: Esta expressão de louvor se encontra somente aqui e em Isaías 6:3. A mesma palavra repetida três vezes dá grande ênfase, especialmente no hebraico (Velho Testamento). Ele está acima, e separado, de todas as suas criaturas.

O Todo-Poderoso: Deus recebe louvor, também, como o Onipotente. A descrição “Todo-Poderoso” se encontra em quase 60 versículos na Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse. Ele dá vida (Jó 33:4) e sabedoria (Jó 32:8). Ele abençoa os homens (Gênesis 48:3; 49:25). Nos profetas e nos evangelhos, esta descrição de Deus aparece freqüentemente em passagens que falam do castigo divino (veja Isaías 13:6; Joel 1:5; Marcos 14:62). Para os fiéis, é uma garantia confortante de proteção (2 Coríntios 6:18). Os exércitos humanos podem mostrar algum poder, mas Deus tem poder absoluto. Este fato traz grande conforto aos fiéis que são protegidos por ele, e aterroriza os seus inimigos.

Aquele que era, que é e que há de vir: Deus eterno (1:4).

4:9-11 – Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:
Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.

Glória, honra e ações de graças...: Os seres viventes adoram a Deus, pois ele merece toda a honra e glória.

Os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão: Os 24 anciãos, representando o povo de Deus, participam entusiasticamente do louvor a Deus.

Despositarão as suas coroas diante do trono: Mesmo as coroas que receberam de Deus servem para a glória do Criador, não das criaturas. Eles livremente entregam toda a sua glória a Deus. Sem Deus, eles seriam nada. Sem Deus, nós seríamos nada!

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber...: Deus merece:

A glória: Esplendor, majestade, exaltação.

A honra: Reverência devida à posição.

O poder: Força, habilidade. Obviamente, Deus é o Todo-Poderoso, mas os seus servos voluntariamente lhe cedem poder sobre as suas vidas.

Porque todas as coisas tu criaste...: Neste capítulo, que focaliza a posição de Deus Pai, o principal motivo de louvor é a criação. É o motivo citado muitas vezes no Antigo Testamento.

Conclusão

Não pode haver dúvida. Deus está no controle. Ele é a personagem principal no céu, e é o Soberano absoluto que criou e domina o universo. Ele merece a adoração e a obediência absoluta de todas as suas criaturas, até dos mais exaltados seres viventes no céu. É o Deus Santo e Todo-Poderoso. Sem dúvida alguma, ele é eterno. Da presença dele saem trovões, vozes, relâmpagos, e a luz resplandecente que reflete no mar de sua santidade. Que privilégio Deus concedeu a João quando o convidou ao céu numa visão! Que privilégio ele nos deu quando relatou toda a cena aos seus servos!

Fonte:  http://www.estudosdabiblia.net/b09_12.htm

Com Amor...

Pr. Alecs!!!

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