terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

É correto usar o dízimo para sustentar pastores?

Um dos assuntos mais discutidos e controversos da fé cristã é em relação aos dízimos e ofertas. Mesmo quem frequenta a igreja há algum tempo tem dúvidas sobre como deve ser a contribuição e a administração financeira da igreja evangélica. Alguns não entendem por que os evangélicos dão o dízimo, outros questionam o destino do dinheiro arrecadado nas igrejas. Neste texto fizemos um levantamento baseado na bíblia sobre o uso dos dízimos e ofertas, pois muitos cristãos questionam se é correto um pastor (presbítero, ou qualquer outro líder de igreja) ser sustentado pela igreja. Não é o objetivo do presente texto explicar o porquê dos dízimos e ofertas, mas focar o texto na utilização das finanças da igreja.

Para ler mais sobre o dízimo e as ofertas, leia também:

Origem dos dízimos e ofertas
Lobos em pele de cordeiros

Acredito que o maior motivo desta dúvida pairar no pensamento do crente é porque ouvimos falar de muitos líderes que acabam utilizando o dinheiro arrecadado com o dízimo da igreja para fins de ostentação e enriquecimento pessoal. Também, infelizmente, não é raro pessoas se engajarem na vida ministerial visando uma forma de sustento próprio e não como um chamado de Deus. Curiosamente, na igreja primitiva já existiam tais parasitas, como podemos ver em 2 Pedro 2:3.

Diante disso, eliminando os motivos errados, vamos começar nosso estudo bíblico levando em consideração que estamos falando de membros das igrejas evangélicas e não visitantes, pois o visitante deve ser estimulado a contribuir apenas se quiser.

O instruído e o instrutor

No texto que se estende de Gálatas 6:6 a Gálatas 6:10 podemos ler a orientação de que o cristão deve contribuir  para o sustento do líder da igreja. No versículo seis, o termo “faça participante de todas as coisas” era uma orientação para que houvessem contribuições materiais pelo sustento daquele que instrui à Palavra.

A orientação neste caso é bem clara: “E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui”, Gálatas 6:6. Atualmente, não é necessário repartir todos os bens, para isso existe o dízimo.

Os que são instruídos devem ajudar no sustento daquele que instrui, pois é isso que se espera de um discípulo, que ele demonstre sua gratidão com ajuda material na vida de seu líder espiritual. A orientação em Gálatas 6:10 também é clara sobre o dever que temos de ajudar a comunidade na qual estamos inseridos, mas priorizar aqueles que seguem nossa fé, por isso é importante que as igrejas mantenham as obras sociais, para que os fiéis possam colaborar na obra da igreja e não precisem ajudar com obras sociais vinculadas a outras denominações religiosas.

Se você ainda não achou este texto claro, vamos dar uma passada em 1 Coríntios 9. O capítulo todo é bem interessante, mas vamos focar nos versículos 7 a 14, para compreender melhor como administrar o dízimo.

“Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”.

Paulo orienta a igreja de Corinto a compartilhar os bens com os que pregam o evangelho. O texto é ainda mais radical na referência que faz ao compartilhar de tudo, o que demonstra como os cristãos foram orientados a colaborar pelo sustento de seus líderes religiosos, esta é a função dos dízimos e ofertas.

O trabalhador é digno de seu trabalho

A frase acima é uma referência a Lucas 10:7 e está em 1 Timóteo 5:18. Ao lermos 1 Timóteo 5:17 e 18 vemos que o autor revela que devemos contribuir financeiramente com os presbíteros da igreja, pois, como diz o texto, eles se fadigam de pregar o evangelho, além disso, primam pela igreja, pelo bem estar dos fiéis e consolam seus irmãos. O termo “dobrado honorário” também pode ser lida como dupla honra, que seria uma analogia ao dever do cristão de honrar seus líderes com respeito e financeiramente. No contexto desta passagem, acredita-se que a igreja passava por algumas dificuldades financeiras e estava ficando difícil os presbíteros viveram apenas da obra. A oferta do povo, inclusive o dízimo, serviria para ajudar aquela liderança.

Ofertar com amor

Existem diversas referências bíblicas sobre o sustento dos líderes da igreja. Passagens que orientam o cristão a sustentar seu líder, para que este viva focado na pregação do evangelho e servindo à igreja. No entanto, ressaltamos que devemos sempre agir com fé e amor, entendendo que nossos dízimos e ofertas serão administradas para o bem da igreja e não para satisfação de oportunistas.

O textos de Hebreus 11:6 e Romanos 1:17 falam da importância de realizarmos todas as obras por amor a Deus acima de tudo mais.


Da próxima vez que você separar o dízimo, lembre-se que você está sendo fundamental para a continuidade da igreja cristã.

Fonte: http://www.materialgospel.com.br/e-correto-usar-o-dizimo-para-sustentar-pastores/

Com Amor Pr. Alecs!!!

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