“Diga o seguinte aos israelitas: Se alguém fizer um voto
especial, dedicando pessoas ao Senhor, faça-o conforme o devido valor (Lv
27:2)”.
Tanto o último versículo do capítulo precedente quanto o
deste 27º capítulo de Levítico, indicam que os mandamentos deste livro foram
dados por Deus quando o povo de Israel se encontrava acampado junto ao monte
Sinai.
Neste último capítulo são descritos os procedimentos para os
votos voluntários relativos a pessoas (v.2-8), a animais (v.7-13), a casas
(v.14-15) ou a campos (v.16-25).
Nenhum voto era de caráter impositivo, mas uma vez sendo
feito pela iniciativa do próprio votante, deveria ser cumprido, conforme
prescrito pela lei.
A consagração de pessoas ao Senhor seria feita com base na
idade e no sexo, sendo que os valores a serem pagos ao sacerdote para ser usado
na administração do tabernáculo, foram fixados da seguinte forma, em siclos de
prata:
- Sexo masculino – de 1 mês a 5 anos – 5 siclos (v.6);
- De 5 a 20 anos – 20 siclos (v 5);
- De 20 a 60 anos – 50 siclos (v.3).
- Acima de 60 anos – 15 siclos (v.7)
- Sexo feminino - de 1 mês a 5 anos – 3 siclos (v.6);
- De 5 a 20 anos – 10
siclos (v 5);
- De 20 a 60 anos – 30 siclos (v.4).
- Acima de 60 anos – 10
siclos (v.7).
Em II Reis 12 nós vemos que estes recursos foram usados,
naqueles dias, para se fazer reparos no templo.
O princípio espiritual que podemos retirar como ensino deste
preceito da Lei relativo a votos de pessoas, é que há um preço a ser pago por
aqueles que desejam se consagrar a Deus.
Este preço é tanto mais alto quanto maior for a capacidade
desta consagração, em termos de realização de um maior serviço.
Aprendemos também que esta consagração, apesar do preço que
exige de nós, é inteiramente voluntária.
É certo que há uma chamada de Deus para cada ministério, mas
todos eles devem ser exercidos de modo voluntário, livre, espontâneo, de
coração, estando os que se consagram, muito mais dispostos em dar do que receber.
Os animais, casas e campos que fossem consagrados a Deus
poderiam ser resgatados posteriormente, por meio de troca por outro de igual
valor, ou se pagando a justa avaliação
do bem que deveria ser feita pelo sacerdote, com acréscimo da quinta parte do
valor da avaliação feita (v. 13, 15, v 19).
No caso de campo deveria ser observado o procedimento
relativo ao ano do jubileu (v .17-24).
Entretanto, os bens que houvessem sido consagrados de modo
irremissível ao Senhor não poderiam ser resgatados (v.28,29).
Finalmente, nos versos 30 a 33 é fixada a lei do dízimo
sobre tudo o que produz a terra como sendo pertencente ao Senhor.
Caso se pretendesse resgatar algum bem, isto somente poderia
ser feito se fosse acrescentado ao seu valor uma quinta parte.
Há muitos
princípios espirituais para serem aprendidos pela igreja na Lei de Moisés, mas
devemos dar graças a Deus por termos sido libertados por Cristo do jugo
cerimonial da Lei, ao qual os apóstolos chamavam de jugo pesado, que nem os
próprios israelitas conseguiram suportar (Atos 15.10).
Graças a Deus
pelo jugo de Jesus Cristo, que agora carregamos, que é leve e não pesado, como
era o jugo da lei.
OS VOTOS FEITOS A DEUS.
Explanando um pouco mais, no tocante aos votos:
Com relação aos votos, a palavra de conselho é a de que não
vote de modo algum, mas, se por acaso, votar – o que não está errado -, não
devemos tardar em cumpri-lo.
Ana, em sua aflição, votou ao Senhor e, depois de alcançada
a sua bênção, cumpriu seu voto, honrando assim a Deus que a atendera.
I Samuel 1:10 Ela, pois, com amargura de alma, orou ao
SENHOR, e chorou abundantemente.
I Samuel 1:11 E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos!
Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e
da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR
o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
O tema dos votos constitui um final apropriado para este
livro, bem depois das bênçãos e maldições que sucederam os estatutos,
ordenanças e leis que o Senhor falou a Moisés e este falou ao povo e nós agora
em Cristo falamos e pregamos.
“... Os votos devem ser mantidos, cumpridos e pagos. Se você
fizer um voto com o Senhor deve ser diligente e fazer tudo aquilo que prometeu
a Deus sob pena de ser cobrado por isso: “Façam votos ao Senhor, ao seu Deus, e
não deixem de cumpri-los” (Salmo 76.11a NVI).
I – A falta de cumprimento dos votos espirituais produz:
Toda pessoa que faz um voto a Deus e não o cumpre
experimenta consequências deste ato que não agrada ao Senhor.
1. Aborrecimento
no Senhor que espera o cumprimento das promessas. Não cumprir o seu voto é
provocar um sentimento desagradável no Senhor: “Se um de vocês fizer um voto ao
SENHOR, o seu Deus, não demore a cumpri-lo, pois o SENHOR, o seu Deus,
certamente lhe pedirá contas, e você será culpado de pecado se não o cumprir”
(Deuteronômio 23.21 NVI).
2. Desrespeito
para com a pessoa de Deus. Não cumprir o seu voto é revelar tremenda falta de
respeito para com o Senhor Deus: “Faça tudo para cumprir o que os seus lábios
prometeram, pois com a sua própria boca você fez, espontaneamente, o seu voto
ao SENHOR, o seu Deus” (Deuteronômio 23.23 NVI).
3. Tolices,
precipitações e tentativas de justificar-se. Pior do que não cumprir um voto é
ficar inventando desculpas para não fazê-lo. Cuidado com os votos precipitados
e com os sacrifícios de tolos: “É uma armadilha consagrar algo
precipitadamente, e só pensar nas consequências depois que se fez o voto”
(Provérbios 20.25 NVI).
4. Desobediência
expressa à vontade de Deus. Qual é a vontade de Deus em relação aos votos? Que
uma vez feitos devem ser pagos, ou cumpridos o mais breve possível: “Quando
você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus;
cumpra o seu voto” (Eclesiastes 5.4 NVI).”[1]
Os votos não são moedas de negócios que temos nas mãos
prontas para qualquer emergência espiritual de tal forma que as usando,
garantiremos o livramento, o socorro e a coisa desejada. Na verdade, somos
levados a fazer o voto por causa da grande aflição a qual o Senhor poderá
aceitar ou não.
Eu não posso obrigá-lo a aceitar meus votos e com isso
forçá-lo em sua vontade fazendo a minha vontade: isso é ignorância espiritual.
Eu não sou Deus, Deus é Deus. Eu sou apenas um instrumento de Deus o qual ele
usa como quiser – At 9:15.
Eu tenho de entender que se eu estou desejoso de fazer um
voto específico por uma causa específica e legítima para mim dentro do reino de
Deus é por que Deus está querendo exatamente isso de mim. Eu não forço nada
diante de Deus, simplesmente deixo acontecer para a glória de Deus!
O capítulo 27 está assim dividido: votos particulares e a
avaliação deles dos vs. 1 ao 15; voto de um campo e o resgate dele, dos vs. 16
ao 27; não há resgate para certas coisas consagradas, dos vs. 28 a 29; e, sobre
as dízimas dos vs. 30 ao 34.
Levítico termina dizendo que estes são os mandamentos que o
Senhor ordenou a Moisés para os filhos de Israel, no monte Sinai. Ele, o livro,
começou com a palavra que lhe deu origem o nome no hebraico: “E chamou”. O nome
Levítico vem do latim a qual é a forma latina do título grego do livro “acerca
dos levitas”.
O fato é que o Senhor chamou a Moisés e falou com ele da
tenda da congregação, dizendo: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:”.
Reparem na ordem, primeiro o chamado “e chamou”, depois a
fala “e falou” e finalmente a ordem “fale”. Começa chamando, falando e
ordenando a fala e conclui dizendo que esses foram os mandamentos que o Senhor
ordenou “falou” a Moisés para os filhos de Israel no monte Sinai.
É por isso que a palavra da fé diz: “Cri, por isso falei;
nós também cremos, por isso também falamos”
II Coríntios 4:13 E temos, portanto, o mesmo espírito de fé,
como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também
falamos.
II Coríntios 4:14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor
Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.
O apóstolo fala do espírito de fé o qual aponta para Cristo
Jesus!
Colossenses 1:15 O qual é imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação;
Colossenses 1:16 Porque nele foram criadas todas as coisas
que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para
ele.
Colossenses 1:17 E ele é antes de todas as coisas, e todas
as coisas subsistem por ele.
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o
princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência.
Colossenses 1:19 Porque foi do agrado do Pai que toda a
plenitude nele habitasse,
Colossenses 1:20 E que, havendo por ele feito a paz pelo
sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.
Jesus Cristo é a essência e o fim de todas as coisas.
Se há
lei, ela aponta para ele. Se há Antigo Testamento, esse indica que há um Novo
Testamento em Cristo Jesus. Se há palavra profética, ela aponta para Cristo. Se
há revelação, ela mostra Cristo. Se há aliança antiga – a qual não há, porque
cada nova aliança nunca desfez as antigas, antes confirmaram elas –, então há
aliança nova não no sentido de outra, mas de renovada. Se há novidades, a
novidade é Cristo Jesus! Deus bendito para todo sempre.
Com Amor... Pr. Alecs!!!
Bibliografia: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/,
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