“E ouvi o altar responder: Sim, Senhor Deus todo-poderoso, VERDADEIROS
E JUSTOS SÃO OS TEUS JUÍZOS. (Ap 16:7)”.
No capítulo 15, um dos quatro seres viventes deu as sete
taças da cólera de Deus aos sete anjos, e o santuário se encheu com a fumaça da
glória e do poder de Deus. Agora, neste capitulo vemos o trabalho dos anjos.
Cada um derrama a sua taça, trazendo uma série de sete flagelos para castigar
os adoradores da besta e os servos do dragão. Algumas dessas pragas nos lembram
das pragas que Deus enviou para castigar os egípcios quando Moisés foi libertar
o povo de Israel. A besta da terra tem poder para afligir e até matar os servos
de Deus, aqueles que recusam adorar a besta. Mas Deus mostra seu poder para
castigar com muito mais severidade os adoradores da besta. Os sete flagelos
trazem sofrimento incrível aos seguidores da besta, mas eles ainda não se
humilham diante de Deus. VEMOS DEUS E SUA JUSTIÇA EM AÇÃO.
Gostaria hoje de frisar sobre Justiça de Deus, ou seja,
Justiça Divina. Entenda neste pequeno texto do Pr. Josemar Beça:
[Justiça
significa dar a cada um o que merece. A justiça de Deus é a retidão de sua
natureza, aquilo pelo qual faz o que é reto e de igual medida. "E não
pagará ele ao homem segundo as suas obras?" (Pv 24.12). Deus é um JUIZ
IMPARCIAL. Ele julga a causa. Os homens geralmente julgam a pessoa, mas não a
causa. Isso não é justiça, mas malícia. "Descerei e verei se, de fato, o
que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim" (Gn
18.21). Quando o Senhor está diante de um ato punitivo, pesa as coisas na
balança, não pune de qualquer maneira; não age desordenadamente, mas de maneira
lógica contra os ofensores.
Em relação à justiça de Deus, devo apresentar as seis
seguintes posições:
a. A justiça de
Deus é santa
Deus só pode ser justo. Sua santidade é a causa de sua
justiça. A santidade não permitirá que faça outra coisa senão o que é justo.
b. A justiça de
Deus é o padrão de justiça
A vontade de Deus é a suprema regra de justiça; é o padrão
de eqüidade. Sua vontade é sábia e boa. Deus deseja somente o que é justo e,
portanto, é justo porque deseja ser.
c. A justiça é
natural ao ser de Deus
Deus faz justiça voluntariamente. A justiça flui de sua
natureza. Os homens podem agir injustamente, pois são forçados ou subornados.
A vontade de Deus nunca será subornada, por causa de sua
justiça. Não pode ser forçado, por causa de seu poder. Ele pratica a justiça
por amor à justiça: "Amas a justiça" (SI 45.7).
d. A justiça de
Deus é perfeita
A justiça é a perfeição da natureza divina. Aristóteles
disse: "A justiça engloba em si todas as virtudes". Dizer que Deus é
justo é dizer que é tudo o que há de excelente: as perfeições se encontram nele
como linhas convergem para um centro. Ele não é somente justo, mas a própria
justiça.
e. A justiça de
Deus é exata
Deus nunca cometeu nem nunca cometerá o mínimo erro em
relação às suas criaturas. A justiça de Deus já foi distorcida, mas nunca
distorceu. Deus não segue de acordo com o rigor da lei, ele alivia sua
severidade. Pode infligir penas mais pesadas do que impõe: "Xos tens
castigado menos do que merecem as nossas iniquidades" (Ed 9.13). As
misericórdias para conosco são mais do que merecemos, e nossas punições são
menos do que merecemos.
A justiça de Deus é definitiva
A justiça de Deus é tal que não é apropriado para qualquer
homem ou anjo censurá-lo ou exigir uma razão por suas ações. Deus não tem só a
autoridade do seu lado, mas a eqüidade. "Farei do juízo a régua e da
justiça, o prumo" (Is 28.17). E algo inferior a ele, dar razão para nós de
seus procedimentos. Qual destes dois é mais apropriado prevalecer, a justiça de
Deus ou a razão humana? "Quem és tu. ó homem, para discutires com
Deus?!" (Rm 9.20). A linha de prumo de nossa razão é muito curta para
compreender a profundidade da justiça de Deus. "Quão insondáveis são os
seus juízos" (Rm 11.33). Devemos adorar a justiça de Deus mesmo onde não
vemos razão para tal.
Onde identificamos a justiça de Deus?
A justiça de Deus corre em dois canais. Ela é vista em duas
coisas: na distribuição de prêmios e de punições.
a. A justiça de Deus é vista na premiação dos justos
Deus premia o virtuoso. "Na verdade, há recompensa para
o justo" (SI 58.11). Os santos não devem servi-lo sem recompensa, ele
recompensará os clamores e as lágrimas: embora os justos possam ser derrotados
por causa dele, não serão derrotados por ele. "Porque Deus não é injusto
para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o
seu nome" (Hb 6.10). Ele nos dá um prêmio, não porque mereçamos, mas
porque nos prometeu.
b. A justiça de Deus é vista na punição dos ímpios
Ele é justo em punir os ofensores. Por que Deus é justo em
punir os pecadores?
i. Porque Deus
pune os pecadores baseado em uma lei. "Onde não
há lei, também não há transgressão" (Rm 4.15). Mas Deus
deu uma lei aos
homens e eles a quebraram, portanto os pune justamente.
ii. Porque Deus
pune os pecadores fundamentado em provas
concretas. Ele é justo em punir os ímpios, pois nunca os
pune senão depois
de obter prova e evidência. Que maior evidência há do que a
própria
consciência de uma pessoa como testemunha contra si. Não há
nada que
Deus lance sobre um pecador que a consciência não sele como
verdade.
APLICAÇÕES
Primeira aplicação: veja aqui mais uma flor da coroa de
Deus: ele é justo e reto. Ele é exemplo e padrão de justiça.
3. Deus é justo ao permitir que o ímpio prospere?
Como fica a prosperidade do ímpio neste mundo em relação à
justiça de Deus? "Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz
todos os que procedem perfidamente?" (Jr 12.1).
Tal dúvida tem sido uma grande pedra de tropeço e tem levado
muitos a questionar a justiça de Deus. Os que são mais pecaminosos são mais
poderosos. Diógenes,52 quando viu o ladrão Harpalus prosperando, disse: "É
certo que Deus jogou fora o governo do mundo e não se importa como as coisas
acontecem aqui embaixo".
Deus se relaciona com a prosperidade do ímpio das seguintes
maneiras:
a. Usando-a como
instrumento de sua vontade
Os ímpios, às vezes, podem ser instrumentos da obra de Deus.
Embora não tenham em vista a glória de Deus, podem promovê-la. Ciro (Ed 1.7)
foi um instrumento na construção do templo de Deus em Jerusalém. Deus permite
que esses prosperem sob as asas de quem seu povo é protegido. Deus não fica em
débito com homem algum. "Tomara houvesse entre vós quem feche as portas,
para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar" (Ml 1.10).
b. Usando-a para
torná-los ainda mais indesculpáveis
Deus permite que os homens pequem e prosperem de maneira que
fiquem ainda mais indesculpáveis. "Dei-lhe tempo para se arrependesse...
da sua prostituição" (Ap 2.21). Deus adia o julgamento, estica suas
misericórdias para com os pecadores e, se não se arrependem, sua paciência será
testemunha contra eles e sua justiça será mais clara na condenação deles.
"Serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar" (SI 51.4).
c. Usando-a para
destacar ainda mais sua justiça
Deus nem sempre deixa o ímpio prosperar em seu pecado.
Alguns ímpios, Deus pune abertamente, para que sua justiça seja observada.
"Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa" (SI 9.16), isto
é, sua justiça faz homens caírem no ato do pecado. Assim fez com Zimri e Cozbi
no ato da impureza.
d. Usando-a para
encher plenamente o cálice de sua ira
Quando Deus permite que os homens prosperem um pouco em seus
pecados, o cálice de sua ira está sempre enchendo, sua espada está sempre
afiada: e embora Deus possa evitar os homens por um pouco, a demora em agir não
é perdão. Quanto mais Deus demorar em tomar uma atitude, mais pesado será no
final. Enquanto existir a eternidade, Deus tem tempo o suficiente para lidar
com seus inimigos.
A justiça pode ser como um leão adormecido, mas o leão
acordará e rugirá sobre o pecador. Nero, Júlio e Caim já não se depararam com a
justiça de Deus?
É tempo de todos os homens se aperceberem que é inevitável,
e a justiça de Deus, por fim, os encontrará. (fonte: Pr. Josemar Bessa)]
Saiba que Deus não é injusto quando pune alguém ou quando
beneficia outrem, Ele SABE O QUE FAZ e como vemos, Ele não tem o culpado por
inocente. Um exemplo é que muitas pessoas quando pedem justiça a Deus estão
pensando somente em seu LADO PARTICULAR, Deus não age assim, pois se alguém
pede Justiça a Deus no sentido de que alguém lhe pague o que lhe deve, Deus vai
querer que você também seja um BOM PAGADOR, entendem? BALANÇAS JUSTAS, isto é o
que Deus é, o ser humano é falho e sempre DÁ UM JEITINHO, Deus não dá jeitinho,
não PASSA A MÃO NA CABEÇA, não ACOITA, não tem preferidos, não é subornável.
Precisamos aceitar mais a vontade de Deus e agradecer pelas suas
ricas misericórdias... Pr. Alecs!!!